THE DELAGOA BAY WORLD

28/09/2019

A PERFUMARIA HOFALI NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, 1950

Muito grato ao Rogério Baldaia, cujo Pai foi um dos sócios da Perfumaria Hofali (um outro era o Sr. Lobo), que ficava situada no lado da Praça 7 de Março no Prédio Fonte Azul, com uma montra dando para a entrada do prédio e que, pelo menos em 1964, ainda existia. Nesta imagem, que retoquei, vê-se o então pequeno Rogério, na entrada da loja.

 

A Perfumaria Hofali na Baixa de Lourenço Marques, 1950. À entrada, o Rogério.

26/09/2019

A BAIXA DA BEIRA, INÍCIO DA DÉCADA DE 1960

Filed under: Beira - Baixa — ABM @ 23:57

Imagem retocada, com vénia a Amimartins.

 

A Baixa da Beira, década de 1960.

24/09/2019

TETE, POR WEXELSEN, INÍCIO DO SÉCULO XX

Filed under: Tete, Tete início do Séc. XX — ABM @ 23:07

Postais de Wexelsen, retocados. Wexelsen era um fotógrafo baseado na Beira, àcerca do qual aguardo o livro do Paulo Azevedo, que as minhas fontes dizem que será publicado ainda em 2019.

 

Uma rua de Tete, início do Século XX. A imagem em baixo foi tirada do edifício que aparece aqui à esquerda.

 

Vista de Tete.

A PRAIA DA POLANA E O HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1920

Imagens retocadas, a partir de postais da Bayly Ltd.

 

O Hotel Polana e, em primeiro plano, a Estrada do Caracol, que ligava a parte Alta da Polana com a Praia da Polana.

 

A Praia da Polana, o Hotel Polana em cima à esquerda. Nesta altura a Estrada Marginal ainda não existia e este era o único passeio marítimo acessível aos residentes da Cidade.

19/09/2019

AS PRAIAS DO DRAGÃO E DO MIRAMAR EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

 

As praias do Dragão e, mais ao fundo, do Miramar, anos 60. O mesmo local hoje está irreconhecível, praticamente todos os espaços públicos foram privatizados e bloqueiam a vista da praia. O Dragão de Ouro foi demolido e no seu lugar foi construído um hotel.

A AVENIDA PINHEIRO CHAGAS EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Filed under: LM Alto-Maé, LM Av. Pinheiro Chagas — ABM @ 23:03

Imagem retocada, postal da Livraria Progresso.

 

A ponta mais a poente da Avenida Pinheiro Chagas em Lourenço Marques (hoje a Avenida Dr. Eduardo Mondlane) no Alto-Maé. Para mim que vivia na Polana, isto era praticamente o fim do mundo. Daqui ia de bicicleta a seguir para a Rua dos Irmãos Roby e ao Bazar do Xipamanine, com um cesto de palha, comprar tsintsiva, que ali era a melhor da Cidade e a um bom preço.

RAPARIGA DE MOÇAMBIQUE, 1927

Filed under: José dos Santos Rufino, Rapariga de Moç 1927 — ABM @ 22:56

Postal da Colecção de José dos Santos Rufino (cerca de 1927), retocado e pintado por mim.

 

Não sei identificar o grupo étnico de origem. A legenda é digamos que tongue and cheek.  Enfim

17/09/2019

O BILENE E A ESTRADA DE ACESSO, DÉCADA DE 1960

Filed under: Bilene, Bilene e Estrada de acesso 1960s — ABM @ 23:36

Imagem retocada.

Pouca gente refere que a água doce da zona do Bilene é espectacular.

O Bilene e, à direita, a estrada de acesso à localidade, Década de 1960.

O CAMINHO DE FERRO DO XAI-XAI, INÍCIO DO SÉC.XX

Filed under: Caminho de Ferro do Xai-Xai — ABM @ 20:37

Imagem retocada.

 

Postal de H. Ferreira, mostrando uma locomotiva na linha férrea que passou a ligar Lourenço Marques ao Xai-Xai, início do Século XX. Era de bitola curta, à semelhança da primeira linha entre a Beira e a Rodésia, que foi uma barraca e que obrigou os investidores, logo a seguir, a fazer uma nova linha com bitola mais larga. Provavelmente, foi usado trabalho forçado para a sua construção, uma das peculiaridades (e uma das vergonhas) da era colonial moderna.

 

16/09/2019

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES EM 1933

Imagem retocada.

 

A Baixa de Lourenço Marques em 1933, vista de Poente para Nascente. Em frente, o Bazar, ainda com um belo jardim ao lado. À sua direita a Avenida da República (hoje 25 de Setembro). Ao fundo, a Ponta Vermelha.

O CAMPO DE PRISIONEIROS ALEMÃES EM LOURENÇO MARQUES, 1918

Filed under: Campo de prisioneiros alemães em LM 1918 — ABM @ 23:43

Imagem retocada.

Durante um período na segunda metade da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi montado em Lourenço Marques, num descampado a Norte da zona onde ficava a estação e estaleiros dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques, um campo de prisioneiros alemães, presumivelmente capturados em território moçambicano. Findo o conflito e após a sua repatriação, o campo foi desmontado.

 

Desenho indicando como era o campo de prisioneiros do Reich Alemão em Lourenço Marques na segunda metade da Primeira Guerra Mundial. A legenda à direita refere “Lembrança – Acampamento dos 470 prisioneiros alemães em Lourenço Marques, África Oriental Portuguesa”.

 

 

LOURENÇO MARQUES EM 1960 E EM 1887: UMA COMPARAÇÃO

Comparação feita por mim, a “olhómetro”.

 

A Baixa de Lourenço Marques cerca de 1960.

 

A- Definida pela linha cor de rosa, a antiga Enseada da Maxaquene, aterrada a partir de 1919; B – Definida pela linha a vermelho, a “ilha” que constituía o núcleo original da Cidade; C- Definido pela linha a verde, o Pântano que separava a “ilha” de (digamos) terra firme; 1- o aterro esteve quase intocado durante 40 anos, coberto por arvoredo; 2 – a antiga Câmara Municipal de Lourenço Marques em frente ao Desportivo, que originalmente ficava mesmo em frente à Praia da Câmara; 3- O Jardim Vasco da Gama, agora Tunduru, que tocava o Pântano a Sul; 4- O terreno na esquina da Avenida da República com a D. Luiz (hoje 25 Setembro com Samora Machel) onde ficava a estrada de acesso pelo Pântano ao núcleo original da Cidade; 5- O Presídio de Nossa Senhora da Concieção, que ficava directamente em frente à Baía; 6- A Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) originalmente Praça da Picota, o primeiro espaço público da Cidade; 7- A Avenida da República (hoje 25 de Setembro) coincide mais ou menos com a margem Sul do Pântano.

 

A Cidade em 1887. A verde azeitona, o Pântano. 

15/09/2019

A RUA ARAÚJO E O TEATRO VARIETÁ EM LOURENÇO MARQUES, 1927

Imagem retocada, a partir de uma das imagens do Volume 1 dos álbuns de José dos Santos Rufino.

O Varietá foi uma das primeiras casas de òpera em África (depois de Cairo e de, penso….Port Elizabeth), existiu entre cerca de 1910 e 1968, quando foi demolido para dar lugar aos mais modernos, comerciais e pirosos Estúdio 222 e Cinema Dicca. Após a mudança de regime, os imóveis foram confiscados pela Frelimo e actualmente parece que são a propriedade apetitosa do carismático empresário-ex-político e artista Gilberto Mendes.

Coloquei esta imagem para memorializar o facto de que, cem anos depois, segundo as notícias, ontem, 14 de Setembro de 2019, estreou em Maputo a primeira….ópera moçambicana. Sobre a qual não sei nada.

 

O Teatro Varietá na entrada da Rua Araújo, 1927, logo a seguir à Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) que não se vê bem aqui. Mas vê-se, topo direita, o telhado do Capitania Building, que existiu no extremo da Praça, ao lado das ruínas do Presídio,. No topo do lado esquerdo, vê-se a Ponta Vermelha e, logo abaixo, o telhado do Bank of Africa, que ficava na rua imediatamente a Norte das ruínas do Presídio.

A RUA CONSIGLIERI PEDROSO EM LOURENÇO MARQUES, 1932

Imagem retocada.

Até cerca de 1935, quando a Casa Coimbra foi inaugurada na vizinha Avenida da República (actualmente, Avenida 25 de Setembro), a principal rua de comércio da Cidade era a Rua Consiglieri Pedroso, seguida, talvez, pela Rua Araújo, que era uma mistura de hotéis, casinos, bares e empresas de navegação e afins, e pela Rua dos Irmãos Roby, a última artéria que, a seguir ao Alto-Maé, dava acesso ao principal centro urbano nativo que era o Xipamanine.

À esquerda, o John Orr’s, à direita, atrás do carro estacionado, a Casa Fabião.

O PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO CINE-TEATRO OLYMPIA NA BEIRA, JANEIRO DE 1943

Filed under: Beira - Cinema Olympia — ABM @ 12:49

Imagem retocada.

Postal do Cine-Teatro Olympia, inaugurado na Cidade da Beira no dia 1 de Janeiro de 1942, em plena Segunda Guerra Mundial e aqui retratado precisamente um ano depois.

Note-se que os desejos de um feliz ano novo ainda vem escrito em português e inglês.

Para mais informação, ver aqui e aqui.

xxx

10/09/2019

AUGUSTO CARDOSO EM 1887

Filed under: Augusto Cardoso, Hotel Cardoso LM, LM Hotel Cardoso — ABM @ 22:46

Imagem retocada.

Augusto de Melo Pinto Cardoso (Lisboa, 16 de Agosto de1859- Inhambane, 3 de Março de1930) foi um dos notáveis dos primórdios da colonização moderna do que veio a ser Moçambique, razão por que ele é conhecido em Portugal e Moçambique. Parece ter sido, digamos, uma figura multi-facetada e com vários talentos, que incluiram a arquitectura, a astronomia e a fotografia.

O actual Hotel Cardoso, na Polana, deve-lhe o seu nome.

Para ler mais sobre Augusto Cardoso, ler aqui e aqui. e aqui. e aqui.

Em 1930 faleceu em Inhambane. O seu corpo está sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier em Maputo.

Augusto Cardoso. Imagem publicada na revista portuguesa Occidente, edição de 21 de Janeiro de 1887.

Nota da Revista Zacatraz, Nº 186 (Janeiro de 2012) publicada pela Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. Pela Portaria 17320/63, de 21 de Dezembro, Metangula passou a chamar-se Augusto Cardoso. Após a indepedência, voltou a chamar-se Metangula. No entretanto, toda a gente continuou sempre a chamar Metangula a Metangula.

 

Outras fontes:

“Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 123)

Click to access revista112_3.pdf

PEÇA DE TEATRO ESCOLAR EM LOURENÇO MARQUES, 1901

Imagem retocada.

Em baixo, uma reportagem da Ilustração Portugueza, 29 de Junho de 1908, sobre os primórdios da escolaridade em Lourenço Marques. Correctamente, a peça começa referindo o lamentável estado da educação portuguesa de então, como preâmbulo para o facto da educação quase inexistente na sua segunda maior colónia, que era uma espécie de Faroeste português em África.

1 e 2

2 de 2

09/09/2019

O PETER’S RESTAURANT EM LOURENÇO MARQUES, 1935

Filed under: LM Restaurante Peter's — ABM @ 22:17

Imagem retocada.

 

O Peter’s Restaurant, situado a meio caminho entre a Cidade e a Costa do Sol, mais ou menos onde fica actualmente o Clube Marítimo, logo a seguir à extrema Norte da Concessão Somershield em 1935.  Um ano depois abria o Restaurante da Costa do Sol, ainda mais longe da Cidade.

O OBSERVATÓRIO CAMPOS RODRIGUES E A ESTAÇÃO DE TELEGRAFIA DE LOURENÇO MARQUES, 1935

Imagem retocada.

 

A fachada do Observatório Campos Rodrigues em Lourenço Marques, cerca de 1935. Atrás, em pleno Parque José Cabral (actualmente o Parque dos Continuadores) as duas torres que sustentam a enorme antena da estação de telegrafia sem fios da Cidade, que operava a partir dum pequeno edifício situado algures no parque.

08/09/2019

A SEDE DO BNU EM LOURENÇO MARQUES E O BANCO DE MOÇAMBIQUE

Filed under: Banco Nacional Ultramarino, LM BNU — ABM @ 21:01

A primeira imagem foi retocada.

Foi uma loucura do início do fim da era colonial portuguesa em Moçambique, uma espécie de afirmação de fé do Portugal Uber Alles, numa altura em que a maior parte do mundo estava a acabar os arranjos coloniais e em Lisboa se insistia  que nada se passava de mais cá dentro. Pelo contrário – o futuro era róseo (e foi enquanto durou).

O centenário Banco Nacional Ultramarino, que, para além de banco comercial, era uma espécie de banco do Estado e, melhor ainda, era o banco que emitia a moeda em Moçambique (posteriormente a Abril de 1974, também chamado “dinheiro macaco”, desvalorizado e completamente inconvertível), precisava de uma delegação maior em Moçambique e festejava o seu centenário.

E o que fizeram? mandaram construir o maior mastodonte de luxúria alguma vez edificado em Moçambique até à altura, mais luxuoso que o Palácio da Ponta Vermelha ou até aquele outro elefante branco concluído uns anos antes na Beira, o Grande Hotel. Aquilo, que milagrosamente se manteve até hoje, é praticamente um palácio, um museu de arte contemporânea e um escritório, tudo ao mesmo tempo.

Foi quase caricato, após Junho de 1975, ver primeiro uma espécie de prolongamento do chamado Governo de Transição com Carlos Cassimo e o bem-intencionado Carlos Adrião Rodrigues (dos lendários Democratas de Moçambique), expeditamente sucedido, após o famoso Terceiro Congresso de 1977, pelo Dr. Sérgio Vieira, frelo, comuna rábido, e anti-português como nunca, 37 anos de idade, cheio de sangue na guelra e que via um colono traidor em cada esquina, vestindo a farda verde escura da guerrilha, rodeado de (então inventados) “cooperantes” portugueses, sentado naquele deslumbre de luxos, presidindo à destruição quase completa da economia, enquanto forma de “criar o novo homem moçambicano” e acabar com os males do Mundo, nomeadamente aquela obscenidade nos dois países ao lado que a nascente oligarquia moçambicana achou por bem chamar a si resolver – ao tiro, nada menos.

Depois veio o Prakash (o mesmo que faliu o Moza), o Dr. Eneias Comiche, culto, que hoje, com 80 e tal anos, é o insigne presidente da Câmara de Maputo, depois o Dr. Adriano Maleiane (o actual ministro das Finanças de Moçambique, coitado), afável e simpático, institucional e discreto e que, a partir de 1990, basicamente faziam o que o FMI mandava fazer. Mais ou menos.

E a seguir (2006-2016) veio Ernesto Gove, nomeado pelo Presidente Armando Guebuza, Inc., que interessa para aqui.

Durante a Era Gove, fez-se algum progresso na economia local, mas principalmente, fizeram-se grandes negociatas, desde a “reversão” de Cabora bassa, aos esquemas do Aeroporto de Nacala, da Vale, das privatizações dos portos, linhas dos caminhos de ferro, das concessões mineiras, etc etc etc. E foi o início da grande entrada de Moçambique na Era da economia global dos recursos: alumínio, carvão, rubis e gás. Muito, muito gás.

Os bancos locais, apesar de um pouco à margem disto tudo, com margens de lucro quase obscenas (e com custos e alguns riscos correspondentes), cresceram e multiplicaram-se, destacando-se a entrada, algo tardia, dos grandes bancos sul-africanos. O novo negócio era muito rentável. Especialmente para o banco central.

E portanto, para gerir o crescente sistema, preferencialmente em algum conforto, alguém achou que o palácio do BNU já não servia e que era preciso mais alguma coisa.

Maquete da nova sede do BNU em Lourenço Marques, que foi inaugurada em Julho de 1964.

Esssa “alguma coisa” materializou-se numa nova, enorme, sede para o banco central, construída à sua direita em 2013-2017 e ocupando um espaço gigantesco, que incluiu comprar e mandar abaixo a Casa Coimbra e ocupar o espaço histórico na esquina oposta ao Continental. Pelo meio, a velha Casa Marta da Cruz e Tavares, do outro lado da rua, foi também abaixo e o espaço serviu de estaleiro para a obra. O mastodonte, construído pela então incontornável e pré-falida Teixeira Duarte, custou centenas de milhões de dólares (penso que nunca disseram, mas as más línguas de idoneidade incerta referem entre 300 e 500 milhões de USD) e tem os seus próprios parque de estaconamento e …heliporto (aparentemente não homologado).

Portanto, duas obras faraónicas, no espaço de cinquenta anos, uma ao lado da outra.

Não sei bem o que irão fazer com a velha sede do BNU. Penso que o melhor negócio seria converter aquilo num museu de arte contemporânea, mudar para ali o Museu da Moeda e ali fazer uma sala de exposições. Moçambique precisa de apostar no turismo, pois não é nem o gás nem o carvão que vão criar os empregos que faltam em Maputo.

No fim, caído em algum desfavor, Ernesto Gove foi substituído pelo Dr. Rogério Zandamela, que acabou por ser o seu primeiro e o actual ocupante.

O “novo” Banco de Moçambique, ocupando a antiga ponta nascente do núcleo original de Lourenço Marques, quando aquilo era praticamente uma ilha. À direita a ponta do velho BNU. Para além do heliporto devia ter sido feito um porto com jangadas para quando aquela zona inunda na época das chuvas.

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, PRIMEIRA DÉCADA DE 1900

Filed under: LM Baixa, LM Bazar, LM Igreja N S Conceição — ABM @ 18:57

Imagem retocada. 

 

A fachada frontal do Bazar de Lourenço Marques que ocupava o centro da então chamada Praça Vasco da Gama, pouco depois da sua inauguração em 1903. Ao fundo, vê-se a velha Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1885-1944) a Imaculada, onde hoje fica a sede do Rádio Clube. A bandeira hasteada é a da monarquia.

MERGULHANDO NA PISCINA DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada.

 

Hóspedes do Hotel Polana a dar uns mergulhos na sua piscina, década de 1950. Até aos anos 70 a maior parte dos seus hóspedes consistiam em viajantes de negócios com dinheiro e famílias sul-africanas com dinheiro, algumas das quais lá ficavam ano após ano. A ideia que muitos fazem que os residentes da Cidade usavam o hotel ávida ou regularmente é simples e totalmente falsa e parte da mitologia colonial no periodo pós-colonial. A maior parte sabia do hotel mas nunca lá entrou e a percentagem que o utilizava regularmente era muito pequena. Antes da Independência formal em 1975, a minha família só lá entrou uma única vez. Uma, e a meu pedido, no início de 1975, dias antes de eu sair de LM para estudar em Coimbra, pois eu insisti com os meus pais que pelo menos uma vez na vida gostava de jantar lá para ver como era.  Surpreedentemente, os meus pais acederam. E para variar, a experiência foi indistinta e esquecível. Comi um bife, bebi uma Coca-Cola e fui-me embora.

07/09/2019

A ENTRADA DO JARDIM VASCO DA GAMA EM LOURENÇO MARQUES, 1935

Imagem retocada.

 

Na pequena praça em frente à entrada principal do Jardim Vasco da Gama, em 1939 seria colocado um monumento a assinalar a passagem pela Cidade do Presidente Óscar Carmona, em 1939. A mesma seria retirada em 1975 e uns anos depois seria ali colocada uma pequena estátua do Presidente Samora machel.  Na esquina do terreno em cima à esquerda, seria colocada em 1972 a Casa de Ferro. Note-se,, ainda no cimo da fotografia, o topo da velha Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que seria demolida em 1944, e onde depois seria construída a sede do Rádio Clube de Moçambique.

A SEDE DO RÁDIO CLUBE E A IGREJA DA IMACULADA CONCEIÇÃO EM LOURENÇO MARQUES

Imagens retocadas.

No preciso local onde fica a entrada da sede do Rádio Clube de Moçambique – actualmente a Rádio Moçambique, EP – existiu durante quase 60 anos uma igreja, a primeira igreja católica em Lourenço Marques, edificada no âmbito da conhecida missão liderada por Joaquim José Machado e que desembarcou em Lourenço Marques em 7 de Março de 1877. O templo foi dedicado à Imaculada Conceição que permanece como a Padroeira da Cidade. Num quase inexplicável rearranjo da Cidade iniciado na década de 1930, a igreja seria demolida no início da década de 1940, sendo, simultaneamente, edificada, mais abaixo na mesma rua, a Sé Catedral, também dedicada à Imaculada Conceição, que seria inaugurada pelo Cardeal Cerejeira em Agosto de 1944.

A Sede do RCM, anos 50. Ao fundo, a Sé Catedral.

 

A mesma perspectiva. À esquerda, o depósito de água do Jardim Vasco da Gama.

 

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, década de 1890. 

 

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, década de 1890, no mesmo local onde viria a ser edificada a sede do Rádio Clube.

01/09/2019

A ESCOLA PRIMÁRIA REBELO DA SILVA EM LOURENÇO MARQUES, 1935

Filed under: LM Escola Rebelo da Silva — ABM @ 20:43

Imagem retocada.

Aqui, num folheto publicitário de meados da década de 1930, a Rebelo da Silva (agora chamada 3 de Fevereiro, data em que o Dr. Mondlane foi assassinado em 1969) era apontada como um exemplo do investimento da então Colónia na educação primária. A escola, que frequentei entre 1965 e 1970, era, quando a frequentei, um relativo luxo, quase exclusivamente para brancos (na minha turma durante os cinco anos que lá estive havia apenas um negro e mesmo assim). Na década de 1930 as escolas primárias públicas em Moçambique eram quase inexistentes. Enfim.

A Escola Primária Rebelo da Silva na Polana, cerca de 1935.

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