THE DELAGOA BAY WORLD

21/04/2024

ANÚNCIO DO REFRIGERANTE TOMBAZANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

A Tombazana era um refrigerante vagamente parecido com a Vimto, comercializado pela Fábrica de Cervejas da Reunidas. O termo “tombazana” penso que se refere a uma mulher negra. Não faço ideia de onde veio a ideia de dar este nome a este refrigerante, que tenho a vaga ideia de em certa fase ter sido produzido numa fábrica no Xai-Xai. Era um dos meus favoritos.

Anúncio da Tombazana.

04/12/2023

O ANÚNCIO DA FÁBRICA DE CERVEJAS REUNIDAS EM LOURENÇO MARQUES EM 1940 E A NOVA SIMBOLOGIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA EM 2023

A primeira imagem, retocada e colorida, de um esboço publicitário a lápis, para publicar em revistas e jornais, alusivo aos oito séculos da fundação de Portugal (1140-1940), encomendado pela empresa, «Fábricas de Cerveja Reunidas de Lourenço Marques». Idealizado e criado por António Cruz Caldas. A gravura, a preto e branco, pode ser vista AQUI. O documento original está depositado nos arquivos da Câmara Municipal do Porto.

Como no restante império, Lourenço Marques celebrou de forma efusiva os chamados Duplos Centenários, o da independência de Portugal em 1140 e a restauração da independência em 1640, no caso da capital de Moçambique um pouco mais cedo, para coincidir com a histórica viagem do Marechal Óscar de Fragoso Carmona (1869-1951) a Moçambique, que aconteceu em Agosto de 1939, a escassos dias antes do ataque de Hitler à Polónia, que iniciou a II Guerra Mundial. Para a ocasião, a pequena capital moçambicana engalanou-se e levou a cabo várias celebrações, a que se associaram, naturalmente, as empresas locais. No entanto, não tenho registo desta imagem ter sido usada.

Em 1940, o estilo patriótico exaltado estava muito na moda.

Independentemente do grau do patriotismo dos cidadãos, e da forma como o manifestam, esta dialéctica gráfica entretanto fez uma volta de 180 graus, numa altura em que, sob a égide do demissionário partido Socialista de António Costa, o número de imigrantes residentes duplicou em 10 anos e vindos das proveniências anteriormente mais improváveis (vi na televisão que na pequena cidade alentejana de Odemira vivem neste momento sete mil -sete mil – imigrantes maioritariamente Sikhs, oriundos da Índia, que são mais que os anteriores residentes “originários”). Como corolário desta evolução, talvez para acomodar o Novo Portugal, o governo português esta semana anunciou ter alterado o seu logotipo, que custou a ninharia de 74 mil euros, encomendado a – surpresa – a Eduardo Aires, professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, ou seja, como António Cruz Caldas, também um criativo do Porto:

Os símbolos do governo central. Esta “coisa” em baixo, que aprece a bandeira italiana com um borrão amarelo no meio, é suposta representar o Novo Portugal e, segundo o comunicado do governo, “trazer sofisticação à bandeira nacional e torná-la mais inclusiva, plural e laica. Os Sikhs de Odemira (e a breve trecho cidadãos portugueses) e o milhão de pessoas que se espera entrem pelas fronteiras nos próximos anos, agradecem.

Segundo a peça que li, “o Governo português reformulou a sua imagem institucional, revelando uma bandeira de Portugal simples, geométrica e privada da esfera armilar e do escudo. O novo ícone é composto por dois retângulos, um verde e um vermelho, separados por um círculo amarelo, com o objetivo de trazer sofisticação à bandeira nacional e torná-la mais “inclusiva, plural e laica”.

Gonçalo de Sousa, um oponente da medida, comentou: “o governo retirou do seu símbolo oficial a esfera armilar, as quinas e os castelos conquistados aos mouros. Agora temos esta palhaçada feita no Paint para “combater a discriminação”. Portugal não tem de ter vergonha dos Descobrimentos e da sua história. Tem de ter orgulho.”

O debate prossegue.

08/04/2023

A FÁBRICA DE CERVEJA DE CRETIKOS EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1930

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, retocada e colorida.

A fábrica de cerveja perto da estação ferroviária na Baixa de Lourenço Marques, vista da Av. General Machado (hoje a Avenida Guerra Popular). À direita o Edifício Santa Maria. Mesmo à frente o cruzamento com a Avenida da República (actual Av. 25 de Setembro). A nota que acompanha esta imagem refere uma “Fábrica Estrela”, o que deve ser um erro. De facto em Portugal existiu brevemente uma Companhia de Cervejas Estrela – Campo Pequeno – Lisboa, anterior à fundação da Sociedade Central de Cervejas em 1934. Mas em Moçambique, penso que não.
Vista parcial de um copo de imperial da CCE – Companhia de Cerveja Estrela, de Portugal.

19/08/2021

RÓTULO DA CERVEJA LAURENTINA, ANOS 60

Imagem retocada.

“Laurentina” significa “nascida em Lourenço Marques”. Que também poderia ser um “Coca-Cola” ou Lourenço-Marquino.

12/05/2021

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 1960

Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

A fachada frontal do Bazar de Lourenço Marques, início dos anos 60. Ao fundo, a fachada das Fábricas de Cervejas Reunidas.

07/03/2021

DESFILE MILITAR NA AVENIDA DA REPÚBLICA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

 

Tropa desfilando junto da esquina da Avenida da República com a Avenida Dom Luis I (actualmente Avenida 25 de Setembro com Marechal Samora Machel), anos 50. Aqui pode-se ver a Simal, a loja de Marta da Cruz e Tavares e, ao fundo a fachada da Fábrica Victória.

22/07/2018

AS FÁBRICAS DE CERVEJA REUNIDAS NA BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1970

Grato ao PPT e ao AHM.

 

As Fábricas de Cerveja Reunidas na Baixa de Lourenço Marques, 1970.

07/03/2018

AS FÁBRICAS DE CERVEJAS REUNIDAS EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

 

 

O edifício das Fábricas de Cervejas Reunidas na Baixa. Ao fundo pode-se ver parte da estação ferroviária de Lourenço Marques.

02/03/2018

A AVENIDA DOM CARLOS EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Fotografia dos estúdios de Joseph e Maurice Lazarus.

A Avenida Dom Carlos I, então o Soberano de Portugal, início do Século XX, sucessivamente re-baptizada Avenida da República e, mais recentemente, Avenida 25 de Setembro. À esquerda dos jovens com a bicicleta será edificado, no início da década de 1930, o complexo do Scala. Na altura em que a imagem foi recolhida, a Avenida, para nascente, terminava mais ou menos onde se vêem as árvores ao fundo(mais ou menos onde está o Prédio 33 Andares). Só após a I Guerra Mundial é que se fizeram os aterros, a partir das areias na Barreira da Maxaquene, que permitiram prolongá-la até ao sopé da Ponta Vermelha (e mais tarde fazer-se a Estrada Marginal). Na parte Poente e até ao lado da antiga Fábrica de Cervejas Reunidas, esta Avenida foi construída directamente sobre o enorme pântano que separava a actual Baixa da Cidade da encosta em frente. Ainda hoje, nesta avenida, se vende o metro quadrado mais caro de Moçambique.

07/07/2012

VISTA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 1950

Fotografia da colecção de Fernando Morgado.

 

Uma vista de Lourenço Marques, anos 1950.

 

A mesma fotografia, com alguma toponímia indicada. Devo salientar que, nos edifícios situados por detrás do Hotel Club, foi onde pela primeira vez se fizeram bebidas gaseificidas para venda (chamadas “sodas”) em Lourenço Marques, era uma fabriqueta tosca mas era aqui que se faziam.

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