Um desfile na antiga Praça Mousinho de Albuquerque, então recentemente rebaptizada de Independência, na altura da realização do 3º Congresso da Frelimo, já então o único partido político autorizado em Moçambique.
Uma maneira simpática de descrever o III Congresso foi que ali os intelectuais de serviço do Regime deram-se ao trabalho de dar o nome às coisas e consubstanciar o regime que já era. Sendo o primeiro congresso do movimento guerrilheiro depois da Independência, transformou-se num partido (único), adoptou formalmente a ideologia marxista-leninista e passou a defender a criação de um “estado proletário e socialista”. Na realidade Moçambique era cada vez mais dependente dos apoios que recebia dos países comunistas – URSS, China, RDA, etc – e passou também a contar com a aberta hostilidade dos países ditos “ocidentais”. Em termos regionais, a África do Sul e a Rodésia (Zimbabué) vêem esta opção e o apoio logístico do regime aos movimentos guerrilheiros a eles hostis como uma ameaça e ripostam.