Um texto dos Wikipédias refere o seguinte (editado por mim, claro):
“Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de Março de 1922; Lourenço Marques, 30 de Junho de 1959) foi um poeta que realizou toda a sua obra em Moçambique. Filho do chamado Repórter X, Reinaldo Ferreira chegou a Lourenço Marques com 19 anos de idade, em 1941, completou o 7º ano do liceu e ingressou como aspirante no Quadro Administrativo de Moçambique, tendo subido até Chefe de Posto.
Os seus primeiros poemas começaram a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adaptou para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colaborou no teatro de revista no Rádio Clube de Moçambique. Foi autor da letra de canções ligeiras.
Em 1959 foi-lhe detectado cancro do pulmão e morreu em Junho desse ano. Não editou nenhum livro em vida. Está sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier em Maputo.
A colectânea dos seus poemas surgiu em 1960.
António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no a Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».
(Fim)
E ele era gay, o que os Wikipédias parece que não suspeitam o que é.
Eis duas das suas letras, criadas na actual Maputo, musicadas pelo Maestro Artur Fonseca do Rádio Clube de Moçambique e Vasco de Matos Sequeira, um seu amigo e companheiro em Lourenço Marques:
Aqui uma versão retro do Kanimambo pelos Manos Catita:
Outro dia o Nuno Pacheco deu todos os detalhes que descobriu sobre como esta canção surgiu num interessante artigo.
E graças ao hercúleo esforço do grande Sr. MAGNO ANTUNES, pela primeira vez, o exmo. Leitor poderá ver a obra Poemas de Reinaldo Ferreira (Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique, 1960) naquele monumento da moçambicanidade que é o sítio Malhanga.com. Para ver, prima AQUI.