THE DELAGOA BAY WORLD

17/04/2023

NOITE DE FADO NO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida.

Vista da parte nascente do hotel, durante o evento.

ALUNOS NO LICEU SALAZAR EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, retocada e colorida.

Alunos do liceu durante um intervalo.

16/04/2023

SALA DE AULA DA ESCOLA PRIMÁRIA PAIVA MANSO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida dos arquivos nacionais portugueses.

Sala de aula na Escola Primária Paiva Manso em Lourenço Marques.

ALUNOS NO RECREIO NA ESCOLA INDUSTRIAL EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 60

Imagens retocadas e coloridas dos arquivos nacionais portugueses.

Brincando no recreio na Escola Industrial de Lourenço Marques.
Outra imagem no recreio. Se, por um lado, era claro que o sistema educacional em Moçambique não era racialmente segregado como nas vizinhas África do Sul e Rodésia (para horror de alguns dos de lá) por outro lado havia ainda uma desproporção abissal entre o número de brancos e negros que frequentavam as escolas. Penso que não tanto em escolas como as escolas comercial e industrial. Ao longo da última década de 60 e início dos anos 70 isso mudaria muito rapidamente, até porque a economia estava a crescer a taxas de 8 por cento por ano e exigia cada vez mais mão-de-obra formada. Mas por exemplo na Rebelo da Silva, uma escola primária da Polana onde andei entre 1965-1971, lembro-me de ter apenas um colega de raça negra, e, apesar disso, ainda de uma vez o professor, Armando Lobo, ter dito numa aula que “não gostava de pretos na aula”, o que mesmo mufana, na altura registei e achei no mínimo estranho.

09/04/2023

O FUTURO LICEU SALAZAR EM LOURENÇO MARQUES, EM CONSTRUÇÃO, 1949

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, retocada e colorida.

O futuro Liceu Salazar (hoje ES Josina Machel) em construção, 1949- Imagem tirada do final da Rua dos Aviadores (actual Rua da Argélia).

AS CANDIDATAS A MISS MOÇAMBIQUE, 1972

Foto retocada e colorida do arquivo pessoal José Bonito Ramos, com vénia.

José Bonito Ramos e Courinha Ramos durante filmagens de Miss Moçambique. Na segunda fila à esquerda em fato amarelo está a Iris Maria, que venceria o concurso e depois o título de Miss Portugal – merecido. Mulheres de raça negra, népia.

08/04/2023

O GOVERNADOR-GERAL GABRIEL TEIXEIRA ENTREGA PRÉMIOS A JOVENS DA MOCIDADE PORTUGUESA EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1950

Imagens dos arquivos nacionais portugueses, retocadas e coloridas. Não sei quem são os jovens contemplados.

Gabrial Maurício Teixeira foi Governador-Geral de Moçambique entre o final de 1948 e 1958.

1 de 2.

2 de 2.

A FÁBRICA DE CERVEJA DE CRETIKOS EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1930

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, retocada e colorida.

A fábrica de cerveja perto da estação ferroviária na Baixa de Lourenço Marques, vista da Av. General Machado (hoje a Avenida Guerra Popular). À direita o Edifício Santa Maria. Mesmo à frente o cruzamento com a Avenida da República (actual Av. 25 de Setembro). A nota que acompanha esta imagem refere uma “Fábrica Estrela”, o que deve ser um erro. De facto em Portugal existiu brevemente uma Companhia de Cervejas Estrela – Campo Pequeno – Lisboa, anterior à fundação da Sociedade Central de Cervejas em 1934. Mas em Moçambique, penso que não.
Vista parcial de um copo de imperial da CCE – Companhia de Cerveja Estrela, de Portugal.

07/04/2023

CASAMENTO THIERSTEIN-SIMÕES FERREIRA EM LOURENÇO MARQUES, 26 DE JUNHO DE 1933

A primeira imagem foi retocada.

O casal recém casado posa à entrada da Igreja Paroquial de Lourenço Marques, 26 de Junho de 1933, uma segunda-feira. O Dr. José Simões Ferreira, que nasceu em Albergaria, Portugal, casou-se com Irene Thierstein uma jovem de ascendência alemã cujos pais viviam em Lourenço Marques. Esta imagem foi publicada no Ilustrado de Lourenço Marques.

O Casal Simões Ferreira teve uma filha em 1938 a quem deram o nome de Teresa, que é hoje casada com o antigo senador norte-americano John Kerry, democrata e ainda activo politicamente. Anteriormente, esteve casada com John Heinz, também senador dos EUA, que faleceu num acidente aéreo. Com considerável fortuna, Teresa é descrita como filantropa. Hoje tem 84 anos de idade e vive nos Estados Unidos. Nesta imagem, Teresa está sentada ao lado de John Kerry.

UMA TARDE NA PRAIA DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 40

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, colorida e retocada.

Residentes gozam a vista e a maresia ao princípio da tarde na Praia da Polana em Lourenço Marques, o Pavilhão de Chá da Polana atrás, década de 1940. Ir à praia fazia parte das actividades de lazer, numa cidadezinha em que aos fins de semana não havia assim tanto para fazer para além de ir ao cinema e estar com os amigos.

06/04/2023

BIOGRAFIAS DO CINEMA DE MOÇAMBIQUE, 1951-1975

Filed under: Biografias do Cinema de Moçambique 1951-75 — ABM @ 10:27

Imagens retocadas.

Alexandre Ramos e Paulo Miguel Martins deram-se ao trabalho exaustivo de escrever um livro sobre este tema (Publicações Cidehus, 2022) , em que encontrei o texto do Capítulo 3 que pode ser lido premindo AQUI, apresentando breves biografias dos homens que trabalharam no cinema em Moçambique nas cerca de duas décadas que precederam a entrega da colónia à Frelimo, em muitos casos seguindo os seus percursos posteriores, alguns dos quais são quase alucinantes e fazem parte da história do Grande Êxodo Branco de Moçambique. Aqui são mencionados Albano Melo Pereira, Álvaro Alves da Silva, António José Lemos Ferreira (da família de Eurico Ferreira), Eurico Charraz, Fernando Morgado, Manuel Guilherme Faria de Almeida, Jorge de Sousa, João Terramoto, José Bonito Ramos, Joaquim Lopes Barbosa, José Brito Serras Fernandes e Rui Marote.

Adicionalmente,

Capítulo 2 – Protagonistas – para ver, premir AQUI; fala de Courinha e Ramos, António de Melo Pereira, Augusto José dos Santos, Eurico Ferreira, José Eduardo Eliseu, Viriato Barreto, Luis Beja

Capítulo 4 – Análise de 6 Filmes – ver AQUI.

António Ferreira, à esquerda, filho de Eurico Ferreira, que fez o Zé do Burro, com o burro Cacilhas, à entrada do Cinema Dicca na Baixa de Lourenço Marques, numa acção promocional aquando a estreia do filme em Moçambique, 27 de Julho de 1971. À direita, Mário Ferreira.

José Bonito Ramos quando trabalhava no Visor Moçambicano.

05/04/2023

RECIBO DE ÁGUA E ELECTRICIDADE DOS SMAE DE LOURENÇO MARQUES, FEVEREIRO DE 1969

A primeira imagem retocada, gentilmente cedida po João Gamelas, amigo de infância, colega na Rebelo da Silva e vizinho na Rua dos Aviadores (hoje, Rua da Argélia). Ele hoje vive perto de Lisboa.

Recibo de 24 de Fevereiro de 1969 dos Serviçõs Municipalizados de Água e Electricidade de Lourenço Marques. Para a água, o aluguer de contador era de 6$00/mês e a água a 3$00 o metro cúbico. Para a electricidade, o aluguer do contador era de 6$00 e o quilowatt a 97 centavos. Sem Ivas nem taxas e taxinhas. Pressupondo que isto era para um mês, o consumo de água parece uma exorbitância – quase mil litros por dia – e a electricidade uma ninharia – 8 quilowatts por dia. Uma curiosidade: Elisabeth Gamelas foi professora na General Machado.
Numa altura em que quase ninguém sabia que já se usavam computadores (enfim básicos), muito menos em Moçambique, os SMAE já processavam as facturas de água e electricidade mediante o uso de um computador UNIVAC (precursora da Unysis) que tinha mais ou menos o aspecto da imagem em cima. Um vulgar Iphone actual deve ter milhares de vezes a capacidade de processamento e de armazenagem de dados de uma máquina destas.
Cópia de um relatório interno dos SMAE, indicando a produção, o consumo, as reservas, tudo em metros cúbicos e o índice de turbidez da água, em partes por milhão, entre os dias 9 e 23 de Fevereiro de 1955. A turbidez é um dos parâmetros de qualidade para avaliar as características físicas da água bruta e da água tratada.

04/04/2023

O PADRÃO DE ÓSCAR CARMONA EM LOURENÇO MARQUES, JULHO DE 1939

Imagens retocadas e coloridas dos arquivos nacionais portugueses, as duas últimas imagens são de postais.

Literalmente, só reparei que isto existia não porque estava lá no meio da Cidade naquele tempo, mas com a sofreguidão com que a Frelimo do Governo de Transição o mandou demolir antes que a independência se abatesse sobre o território. E só hoje descobri que era um “padrão”. Hum, bem pensado se calhar. Lendo a inscrição, apenas assinala que Óscar Carmona, o presidente dilecto de Salazar, chegou à Cidade em 17 de Julho de 1939, trazendo a reboque o ministro das Colónias, Francisco Vieira Machado, de que pouco reza a história. Ele de seguida deu umas voltas da praxe pela colónia, foi de comboio até Pretória em visita de Estado (foi o primeiro chefe de Estado a visitar a União Sul-Africana desde a sua formação em 1910) e depois regressou a Portugal de barco via Cape Town. Chegando a Lisboa escassos dias antes de Hitler atirar os seus cães contra a Polónia, inaugurando a II Guerra Mundial.

Quando Américo Tomás visitou a Cidade em 1964, os poderes constituídos fizeram o Supositório (perdão: o obelisco evocativo) ali na Mafalala City no início da estrada para o Aeroporto, outro que nunca li. Aliás, quando era miúdo pensava que todos os obeliscos vinham do Egipto.

Curioso que quando o Príncipe D. Luis Filipe visitou em 1907, não fizeram nada a não ser um gigantesco party que durou uns dias.

O Padrão em 1939.
Para quem como eu nunca tinha lido.
A inauguração do Padrão Carmona, Julho de 1939. A senhora com as peles deve ser a Madame Carmona.
O Padrão numa praceta em frente a uma das entradas do Jardim Vasco da Gama.
A última vez que vi neste local estava uma estátua digamos que menos impressionante, evocativa de Samora Machel. A anteriormente Avenida Dom Luís, em frente, agora aporta o nome dele, com o sumptuoso título de Marechal – acho que ele é o único com este título na República. E no lugar do Mouzinho e do cavalo, está outra estátua dele, com o corpo rechonchudo do anterior líder da Coreia do Norte, que é de onde veio. Uma pena pois Samora até era um gajo elegante e bem parecido Os moçambicanos ainda não acertaram uma no que toca a monumentos, a começar pela de Eduardo Mondlane no Alto-Maé. Receio pelo dia em que erguerão uma estátua do Joaquim Chissano. De Nyusi nem quero pensar.

03/04/2023

A MISSÃO FRANCISCANA EM INHAMBANE

Filed under: A Missão Franciscana em Inhambane 1948 — ABM @ 22:51

A primeira imagem foi retocada e colorida por mim.

Em 3 de Junho de 1898, três padres franciscanos e três auxiliares embarcaram em Lisboa a caminho de Moçambique (abriram primeiro na Beira, a que então chamavam a sede da Companhia de Moçambique) e lentamente foram abrindo em alguns locais, um deles Inhambane, cerca de 1903, com o objectivo de “evangelizar e civilizar o indígena”, presumo que por Deus e pela Pátria. Cito isto de um livro comemorativo do cinquentenário da presença em Moçambique desta ordem religiosa em 1948, altura em que se diziam estas coisas assim, tal e qual. Ah o colonialismo. Mas apesar de tudo algo de bom terão feito, que mais não seja ensinar os miúdos a ler e a escrever e tratar os locais com nadinha mais de humanidade que a administração colonial. Da parte da religião prescindo mas respeito quem goste.

Do mesmo livro – Edição Especial Nº 62 de Missões Franciscanas, Junho-Outubro de 1948 – que pode ser descarregado AQUI (num sítio de uma instituição portuguesa ou moçambicana? não. De uma universidade norte-americana) e que faz uma leitura deliciosa, copiei um breve texto em baixo, escrito na primeira voz, de um dos padres que foi abrir a operação franciscana em Inhambane, chamada Missão de Nossa Senhora da Conceição de Inhambane, o Padre Alberto Teixeira de Carvalho.

A tropa toda posa para uma foto em frente à escola da missão em Inhambane, com o patriótico nome do grande navegador português que chamou àquela zona Terra da Boa Gente quando por ali passou. Isso penso que em parte porque todos os sítios onde Gama parou a partir daí eram habitados por grandessíssimos filhos da P que só queriam roubar e dar cabo dos marinheiros portugueses. Mouros, ainda por cima. Enfim.

O artigo do Padre Teixeira de Carvalho, escrito em 1948:

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02/04/2023

AS TRASEIRAS DA ESCOLA PRIMÁRIA REBELO DA SILVA EM LOURENÇO MARQUES, 1949

Filed under: LM Escola Rebelo da Silva — ABM @ 19:42

Imagem retocada e colorida, dos arquivos nacionais portugueses.

As traseiras da escola, que ficava na Polana junto da Avenida Pinheiro Chagas (agora Av. Dr Eduardo Mondlane) vendo-se, para além do corredor e das casas de banho, o sino que marcava a hora das aulas e dos intervalos. Eu fiz toda a escola primária aqui, entre cerca de 1965 e 1971.

O PARQUE DE CAMPISMO DE LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1940

Filed under: LM Parque de Campismo — ABM @ 19:36

A primeira imagem colorida e retocada, é dos arquivos nacionais portugueses.

O Parque de Campismo de Lourenço Marques, década de 1940, frequentado especialmente entre o Natal e o Ano Novo por inúmeras famílias boers, que vinham pelo calor, pelo sol e pela praia.

Actualmente, os prédios em baixo ocupam a ponta a Sul do antigo Parque de Campismo, onde agora estão também o Centro Joaquim Chissano, até à Embaixada norte-americana, que está implantada onde antes ficava o Prédio 4 Estações, que foi demolido.

01/04/2023

CONSULTÓRIO DO DR. LACERDA NA BEIRA, 1904

Filed under: Consultório do Dr. Lacerda na Beira, 1904 — ABM @ 20:14

Imagem retocada e colorida. Parece que era um dentista.

Consultório do Dr. Lacerda, acho que um dentista, na Beira, 1904.

BARRACÃO DA WITWATERSRAND NATIVE LABOR ASSOCIATION (WENELA) EM PAFÚRI, GAZA, ANOS 40

Imagem dos arquivos nacionais portugueses, retocada e colorida.

A prática de recrutamento de centenas de milhares de moçambicanos para trabalhar em condições de exploração, nalguns casos de quase escravatura (que fora abolida no Cabo em 1834), nas minas naquilo que é hoje a África do Sul, remonta à década de 1860 nas minas de diamantes, quando ocorreu a consolidação da exploração sob os sindicatos controlados por Barnato, Cecil Rhodes e outros em Kimberley. Expandiu-se massivamente quando foi descoberto o maior filão de ouro do mundo no Witwatersrand em 1886. Para melhorar a posição negocial dos recrutadores, regular o mercado e melhorar a eficácia, os donos das minas criaram o departamento de Trabalho em 1893, seguido pelo Rand Native Labour Association e eventualmente (em 1900) fundaram a Witwatersrand Native Labor Association, ou Wenela, que operava em toda a África Austral e até partes da África Central – África do Sul, Basutolândia, Suazilândia, Sudoeste Africano, Bechuanalândia, Rodésia do Norte, Rodésia do Sul, Niassalândia, Angola, Moçambique, Congo Belga e Tanganica.

Nestes territórios, a WNLA estabelecia acordos com os governos coloniais e estabelecia os termos, as quotas, os escritórios e bases operacionais a partir das quais recrutava os mineiros nas zonas rurais previamente definidas, como a que se pode ver na imagem em baixo.

No caso de Moçambique, era conhecido o acordo em que os sul-africanos pagavam os salários dos mineiros em ouro a um preço pré-estabelecido, que os portugueses recebiam, pagando uma parte desses salários em escudos de Moçambique, mandando o ouro para Portugal. Consta que a maior parte das reservas de ouro portuguesas actuais tiveram essa origem, no entanto nunca li nenhuma informação a comprová-lo pois os portugueses, que em tempos tiveram problemas com o ouro supostamente recebido pelos nazis pelo pagamento do volfrâmio, nem querem ouvir falar do assunto.

Culturalmente, é referido que os sul-africanos preferiam os moçambicanos porque alegadamente não chateavam, “não se importavam” de trabalhar em locais subterrâneos e até havia todo um folclore tribal afro-machismo em que trabalhar na mina era um atributo de verdadeiros homens, que voltavam para a terra com dinheiro na mão. Penso que a verdade é um bocado mais tenebrosa que o folclore. Mas é inegável o impacto desta experiência especialmente no Sul de Moçambique, quer em termos dos costumes, quer da penetração da língua inglesa, da música e das relações sociais.

Ao longo das décadas, a presença maciça dos magaíças (nome dos mineiros na gíria moçambicana) nas minas da África do Sul, foi uma importante arma negocial das autoridades coloniais nas relações económicas com o colosso vizinho, nomeadamente na obtenção de tratamento diferenciado no uso dos caminhos de ferro e do porto de Lourenço Marques.

Barracão da Wenela em Pafúri, Gaza, onde eram processados os mineiros que iam e que regressavam das minas do Witwatersrand. Apesar do folclore, a história destes homens é um horror de exploração, de doença e de morte. Ainda hoje, a Wenela opera em Moçambique, pagando reformas baixas aos pensionistas.

Fontes:

https://www.sahistory.org.za/article/history-migrant-labour-south-africa

https://en.wikipedia.org/wiki/Witwatersrand_Native_Labour_Association

The Night Trains, escrito por Charles van Onselen.

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