THE DELAGOA BAY WORLD

31/03/2024

TURMA DA ESCOLA PRIMÁRIA REBELO DA SILVA EM LOURENÇO MARQUES, 1970

Imagem retocada e colorida, encontrada pela Suzana Abreu Barros durante umas limpezas na arrecadação.

A minha turma na Escola Primária Rebelo da Silva (actualmente, 4 de Fevereiro), cerca de 1970.
A mesma imagem, indexada, em que: 10- Professor Feliciano Lobo; 15- eu; 18- José Manuel Abreu; 19- Mário João Baptista (NMG); 25- Diogo Cabrita. Se o Exmo. Leitor conhecer mais nomes, por favor envie uma nota para aqui.

A BANDA ATLAS EM LOURENÇO MARQUES, 1967

Imagem retocada e agora colorida. Quem está a cantar é o Grande Aurélio Le Bon.

Os Atlas, durante uma exibição na Associação Africana, 1967. Viola baixo – Humberto Coimbra; Guitarra solo . Tony Martins; Baterista – Álvaro Coimbra; Outro guitarrista – Faruk; Vocalista – Aurélio Le Bon.

30/03/2024

ANÚNCIO DA PAPELARIA COLONIAL EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagens retocadas.

Confesso que eu era mais da Papelaria Spanos e da COOP mas enfim.

1 de 4.
2 de 4. A Pentel ainda existe.
3 de 4.
4 de 4.

ANÚNCIO DO STANTARD BANK EM LOURENÇO MARQUES, 1966

Copiado da revista portuguesa O Século Ilustrado, 3 de Dezembro de 1966 e retocado.

O Standard Bank é o banco privado mais antigo ainda a operar em Moçambique (na minha pesquisa anterior, a data do início da sua presença é 1892 e não 1895 mas enfim). O Exmo. Leitor pode ver a sua história premindo AQUI.

No final de 1966, quando foi publicado este anúncio, ainda era propriedade de accionistas maioritariamente britânicos.

Claro que muito mais interessante é a história dos seus accionistas, primeiro britânicos da era imperial. Gradualmente o capital foi sendo transferido para mãos sul-africanas durante o apartheid, onde ainda é um dos big four, reafirmando a sua “africanidade” após 1994. Sempre muito rentável e relativamente bem gerido, navegando com sucesso entre os pingos da chuva da História.

Anúncio do Standard Bank. Cerca de dois anos depois, o Banco português Totta e Açores adquiriu a maioria do capital, resultando o Banco Standard Totta de Moçambique. Em Angola, onde o Standard também estava, resultou o Totta Standard de Angola.

ANÚNCIO DO BANCO DE CRÉDITO, COMERCIAL E INDUSTRIAL EM MOÇAMBIQUE, 1966

Copiado da revista portuguesa O Século Ilustrado, 3 de Dezembro de 1966.

O BCCI penso que foi uma criação do banco português Borges & Irmão. Ambos os bancos desapareceram em resultado do 25 de Abril de 1974, o primeiro nacionalizado em Moçambique (tudo foi parar ao … banco central) e o segundo nacionalizado depois do 11 de Março de 1975 em Portugal. Posteriormente, em Portugal, o Borges & Irmão foi adquirido pelo, e integrado em, o BPI, em meados da década de 1990.

Contrariamente à tese colonial(ista) do “isto é nosso” (as colónias, isto é), os portugueses em geral mantiveram as coisas separadas. Moçambique tinha a sua própria moeda e ambiente financeiro estanque. E contrariamente ao que se afirma frequentemente sem conhecimento, não era fácil – nem para os empresários portugueses – investir em Moçambique. Que, também contrariamente ao que se afirma, não tinham grande apetência para investir em África, pelos riscos e pelo desconhecimento do terreno. De facto, em 1974, de longe, o maior comércio português era com a EFTA. Sim, havia excepções, como por exemplo o genial Sr. António Champalimaud, que tinha um fascínio peculiar por Moçambique. Mas eram excepções.

Anúnicio do BCCI, Dezembro de 1966.

26/03/2024

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES INUNDADA, 5 DE FEVEREIRO DE 1907

Imagem de Joseph e Maurice Lazarus, retocada e colorida.

Inundação da Baixa de Lourenço Marques, 5 de Fevereiro de 1907. A Avenida Dom Carlos (depois da República e hoje a 25 de Setembro) na esquina entre o Scala e o Continental (que então não existiam). Atrás os Avenida Buildings. De todos os erros cometidos a construir a Cidade a partir da ilha original, este foi o maior: quando fizeram os aterros ligando a ilha à parte continental, o nível da Avenida ficou situado abaixo do nível da antiga ilha, sem nunca ter sido concebida uma forma de fazer escoar para a baía a água que ali se acumula e que escorre de toda a encosta desde o Alto Maé à parte central.

Uns meses depois de tirada esta fotografia, a Cidade receberia em apoteose o herdeiro da Coroa Portuguesa, D. Luis Filipe de Orléàns e Bragança. E em seguida os Irmãos Lazarus mudar-se-iam para abrir uma loja de fotografia em Lisboa, a Photographia Ingleza, onde faleceriam no princípio da década de 1940.

VASCO ABREU NO CLUBE NAVAL, ANOS 30 e 40

Filed under: LM Clube Naval, Vasco Abreu — ABM @ 17:28

Imagens retocadas, gentilmente cedidas por Suzana Abreu Barros.

Vasco Abreu fez parte de uma família que foi viver para Moçambique no início do Século XX. Nasceu em Lourenço Marques em 25 de Julho de 1924. Foi mais conhecido por ter sido piloto comandante da DETA (entre 1945 e 1980) e Pai da nadadora Suzana Abreu e seus irmãos Vasco, Rui e José Manuel. Dois dos seus irmãos, Jorge e João, eram conhecidos empresários de Moçambique.

Capa
Interior do BI de filho de Sócio Nº10, dando-lhe o estatuto de marinheiro.
Grupo de convivas no Clube Naval da Polana, primeira metade da década de 1930. O jovem Vasco de Abreu está sentado na fila da frente, terceiro a contar da direta, descalço e com camisa branca.

O FAROL DE COCKBURN EM LOURENÇO MARQUES

Imagem retocada e colorida.

O Farol de Cockburn, no meio da Baía do Espírito Santo em Lourenço Marques.

Cito (ligeiramente editado) o texto da obra Faróis de Moçambique, da autoria do António Sopa e Laura Chirinda:

O farol de Cockburn (designado, posteriormente, Farol dos Portugueses e Vasconcelos e Sá, em homenagem ao engenheiro português que finalmente o ergueu) encontrava-se situado no Baixo de Cockburn (Cockburn Shoals, nas cartas náuticas inglesas), e fazia parte do plano de balizagem e alumiamento da baía e porto de Lourenço Marques, elaborado por Augusto Cardoso, que previa ainda um sistema de bóias luminosas convenientemente dispostas no canal de acesso ao porto da Cidade.

A sua notoriedade deve-se ao facto de ali terem naufragado nove navios, entre 1894 e 1900, e às vicissitudes que rodearam a montagem do farol naquele perigoso local. Este resultou da iniciativa da Comissão de Melhoramentos do Porto de Lourenço Marques, criada em 17 de Dezembro de 1895, cujo primeiro e principal objectivo consistiu em promover a sua construção sobre o vértice norte daquele baixo. Das quatro propostas apresentadas para o fornecimento dos materiais e a montagem do farol, seria aceite a da casa francesa Schneider & Ge., De Creusot, que se propunha fabricar toda a infraestrutura, fornecimento da lanterna (casa Barbier & Bénard, de Paris) e montagem no local, pela quantia de £ 6.000.
A casa Schneider delegou os trabalhos de montagem aos engenheiros franceses L. Grunberg & Som. Léon, seus representantes em Johannesburgo, que fizeram quatro tentativas falhadas para a sua instalação, tendo depois pedido a rescisão do contrato. Seguiram-se depois mais duas tentativas, desta vez dos ingleses Bell & Wilson, regressados do porto de Melbourne (na Austrália), onde tinham feito a montagem dum outro farol com o mesmo material, também sem sucesso.
Foi no seguimento destas diversas tentativas, que foi convidado o tenente de engenharia josé Maria de Vasconcellos e Sá, na altura director interino das obras do porto de Lourenço Marques. A montagem do farol inicia-se em Abril de 1900 com o transporte do material e operários para aquele local, tendo a sua inauguração oficial ocorrido no dia 1 de Janeiro de 1901.

O farol foi destruído em Janeiro de 1966, pelos ventos da tempestade “Claude”.

(fim)

Vasconcellos e Sá publicaria um livro sobre este tópico:

VASCONCELLOS E SÁ, JOSÉ MARIA DE (1951) HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DO ANTIGO FAROL DE «COCKBURN». LISBOA: TIPOGRAFIA DA LIGA DOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA, 224PÁGS., ILUSTRADO.

23/03/2024

TURMA DA ESCOLA RAINHA SANTA ISABEL EM LOURENÇO MARQUES, JUNHO DE 1961

Imagem gentilmente cedida por Suzana Abreu Barros. A Escola Rainha Santa Isabel ficava ao lado da Escola Rebelo da Silva (actual 3 de Fevereiro) na Avenida Pinheiro Chagas (hoje Dr Eduardo Mondlane) na Polana.

Turma da Escola Primária Rainha Santa Isabel em Lourenço Marques, Junho de 1961.
A mesma imagem, indexada. Em que: 1-?, 2-?, 3-?, 4- Professora Adelaide; 5-?, 6-?; 7-?; 8-?; 9-?; 10-?; 11-?, 12-?, 13-?, 14-?, 15-?, 16-?, 17-? 18-?, 19.?. 20-Suzana Abreu; 21-?; e 22-?
Verso da fotografia com alguns nomes. Se o Exmo. Leitor souber quem é quem, por favor envie uma nota para aqui.

09/03/2024

A CERVEJARIA IMPERIAL NO ALTO-MAÉ EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Filed under: LM Rest. Cervejaria Imperial — ABM @ 16:39

Imagens retocadas. Grato pelos contributos de Exmos. Leitores.

A Cervejaria Imperial ficava numa esquina no “fim” da Pinheiro Chagas (actual Av. Dr Eduardo Mondlane) no Alto-Maé. Continua a operar actualmente sob o nome Xima.

A Cervejaria Imperial numa esquina com a Av. Pinheiro Chagas (actual Dr. Eduardo Mondlane).
Anúncio da Cervejaria na Lista Telefónica de LM em 1974.

LEONTINA

Filed under: Leontina Botelho de Melo — ABM @ 16:05

Imagens retocadas.

Antes de ontem fez 98 anos que a minha Mãe nasceu em Ponta Delgada, na ilha açoreana de São Miguel. Ela viria a ter oito filhos: dois nos Açores, três em Macau e três em Moçambique (eu o sétimo, nascido na esplêndida Lourenço Marques), sempre a reboque das decisões espúrias do meu Pai e das circunstâncias de um mundo em turbulência. Para assinalar a data, a minha Irmã Lelé enviou-me um poema que ela escreveu, e que mostro em baixo. Só quase no fim da sua longa vida (ela faleceu a 28 de Janeiro de 2005 nos Estados Unidos da América) é que eu soube que ela escrevia poemas, à mão, de uma assentada, que guardava numa caixa sem mostrar a ninguém.

Sinceramente, não sei como é que ela, numa vida que se revelou um turbilhão que incluiu recomeçar tudo literalmente do zero aos 50 anos, foi capaz de enfrentar os desafios que teve e ainda assim manter a serenidade, o discernimento e a perspectiva. E uma classe à prova de bala. É das muito poucas pessoas na vida por quem eu sentia respeito inquestionável e um afecto e uma cumplicidade ímpar, que dispensava palavras.

E só queria dizer que sinto uma imensa falta dela.

A minha Mãe, num parque público em Macau, pouco depois de se juntar ao Pai Melo, para onde ele foi prestar serviço militar, início da década de 1950. Em frente a ela, a minha irmã Lelé.
O poema escrito pela minha Mãe que a minha Irmã me mandou há dois dias.

Site no WordPress.com.