17/07/2012
MÉDICO INDÍGENA, 1905
Fotografia do espólio da Companhia de Moçambique na Torre do Tombo, restaurada.
A CASA DO CHEFE DA CIRCUNSCRIÇÃO DA GORONGOSA, INÍCIO DO SÉC. XX
Fotografia do espólio da Companhia de Moçambique na Torre do Tombo, restaurada.
O DONDO NO FINAL DOS ANOS 1920
Fotografia do espólio da Companhia de Moçambique na Torre do Tombo, restaurada.
O TRIBUNAL INDÍGENA EM SENA, 1930
Fotografia do espólio da Companhia de Moçambique na Torre do Tombo, restaurada.
LOJA INDIANA EM MANDEGOS, CHIMOIO, ANOS 1910
Fotografia do espólio da Companhia de Moçambique na Torre do Tombo, restaurada.
OS LOPES E O HOSPITAL MILITAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉCULO XX
Fotografias de Olinda Cavadinha e da Torre do Tombo, restauradas.
13/07/2012
TASHA DE VASCONCELOS – A PRINCESA DO ÍNDICO
Há algum tempo que estava para colocar aqui uma nota sobre Tasha Vasconcelos, retratada em cima, uma mulher mais conhecida pelo seu trabalho como modelo internacional. Pois ela nasceu na cidade da Beira e ali viveu até aos 9 anos de idade. Mas demorou algum tempo a abordar o tópico, pois queria aprofundar um pouco mais a minha primeira impressão de que havia nela muitos mais “brains”, suor e dureza do que alguns porventura possam pensar haver por detrás daquela cara laroca . Ontem, durante uma parte da tarde, debrucei-me sobre o assunto e mais ou menos confirmei essa impressão.
A um jornalista do Diário de Notícias, numa entrevista publicada em Março de 2010, Tasha disse que o seu nome de baptismo é “Sandra Tasha da Silveira Pereira Bravo Osório de Vasconcelos Cochofell Mota e Cunha”. Hum. Se calhar talvez não, mas o que interessa? Em tudo o que diz e se diz sobre ela sente-se-lhe um certo fascínio em redor da aristocracia hereditária, misturada com recordações vívidas, se algo idílicas, da sua infância na cidade da Beira, entre 1966 e 1974, manchadas pelo êxodo precipitado de Moçambique, aos 9 anos de idade, para a então Rodésia, para onde os pais (Fernando Mota e Cunha, engenheiro, e a mãe, Jacqueline Hards, de origem anglo-saxónica) foram viver. Ali viveu até aos 14 anos, quando Ian Smith saiu de cena e entrou (para o resto da vida, parece) Robert Mugabe. Os pais foram então para Portugal, onde ficaram alguns meses (oito, segundo um relato) e a seguir emigraram para o Canadá.
A jovem Sandra teria tido um percurso semelhante ao de tantos de nós forçados ao por vezes inenarrável e imprevisível êxodo colectivo de Moçambique e espalhados ao acaso no mundo não fossem dois pequenos detalhes: é que, enquanto crescia, alguém reparou que ela tinha 1.80 metros de altura e era muito bonita, o que mereceu-lhe a atenção de alguém da mega-indústria da beleza. “Descoberta”, eventualmente se destacou e aparentemente fez furor. Confesso que eu devia andar distraído pois na altura nem sabia que existia.
Pelo meio, sendo inegavelmente inteligente, culta, alerta e focada, para além de bonita, concluiu uma licenciatura em Paris (numa das áreas que eu estudei na Brown, para variar), cidade onde presumo se centrava o seu trabalho enquanto modelo – ainda que a foto em cima, a minha favorita de entre as centenas que se podem encontrar na internet, tenha sido tirada em Nova Iorque (actualmente, vive no Principado de Mónaco).
Quem era, ou melhor, o que era, eventualmente abriu-lhe as portas a um mundo quiçá estranho, ao mesmo tempo deslumbrante, perigoso, rarificado e por vezes deprimente, que ela deu-se ao trabalho de retratar com um despudor e franqueza quase brutais, numa auto-biografia que foi publicada no início de 2010, escrita em francês, chamada La beauté comme une arme. Nessa altura ela já respondia há muito pelo nom de guerre Tasha de Vasconcelos, tinha 44 anos e creio que o livro fazia parte de uma mudança do que ela considerava ser o caminho seguinte a trilhar, que para ela era combinava bem com as suas vocação, valências e apetências: o trabalho na área da beneficiência e apoio aos mais desfavorecidos. Para tal, e com apoio de amizades influentes feitas em anos anteriores, e muito trabalho, criou e lidera uma organização a que chamou Aide Mondiale Orphelim Réconfort – ou AMOR. Tornou-se também aquilo que os norte-americanos chamam goodwill ambassador para a União Europeia (aparentemente, no meio disto tudo, reteve a nacionalidade portuguesa).
Sobre a sua vida pessoal nada sei a não ser o que constitui uma quase inesgotável resma de baboseiras, diz-que-diz e parece-que-parece que essencialmente a imprensa cor-de-rosa publicou sobre ela, o que diz pouco ou nada de concreto. A sua auto-biografia refere as aparentemente incessantes investidas por parte dos machos, alguns latinos e outros não, levando-me vagamente a crer que essa parte da vida dela – surpresa – ainda estará por resolver.
É, apesar de tudo o que tem em comum com todos os que viveram e deixaram de viver em Moçambique, um invulgar percurso para uma menina que nasceu anónima na Beira, e cresceu para ser uma espécie de princesa do mundo.
09/07/2012
07/07/2012
A BAIA DE LOURENÇO MARQUES ANTES DOS ATERROS DOS ANOS 1910
Nesta imagem, de um álbum de MacMurdo de cerca de 1888, pode-se ver ao fundo a então pequena cidade de Lourenço Marques. As colinas à direita desapareceram para as suas terras serem utilizadas no aterro da lagoa em primeiro plano, que é hoje a extensão de terrenos entre a Fortaleza e o Clube de Pesca (actual Escola Náutica de Maputo). A fotografia foi tirada de Nascente para Poente, das colinas da Ponta Vermelha.
CARTÃO QTH DE LUIZ RODRIGUES NO AEROPORTO DE LOURENÇO MARQUES, 1956
Diz em baixo o exmo Leitor José Espírito Santo: “o cartão de QSL era usado e é ainda usado pelos Rádio Amadores de todo o Mundo. Era e é obrigatório cada rádio amador ter o seu cartão e o código era e é individual, o meu era CR7 JP sendo CR7 o indicativo de Moçambique. Este Sr., que eu tive o prazer de conhecer, era mecânico de bordo nos aviões da DETA ( Direcção de Exploração dos Transportes Aéreos dos CFM) onde eu trabalhei durante cinco anos, na Beira. QSL quer dizer “Eu confirmo o nosso contacto via radio em…” QTH refere-se à localização do transmissor. Como pode ver no lado esquerdo do cartão Pse QSL e Tks QSL, é para pedir que mande um cartão ao rádio amador com quem se falou e Tks QSL é a enviar e a agradecer o contacto via rádio. Só depois de se receber é que se confirmava o contacto…”
OS NADADORES DE MOÇAMBIQUE EM PORTUGAL, 1958
Fotografia gentilmente enviada por Rosa Freitas, filho de Carlos Freitas, campeão de natação, pertencente à primeira geração de ouro da natação de Moçambique.
Alguns dos exmos visitantes deste modesto blogue porventura desconhecem que o The Delagoa Bay World tem um blogue-irmão quase só de desporto de Moçambique, chamado The Delagoa Bay Company, onde há um pouco de tudo em termos do desporto de Moçambique. Neste momento tem cerca de duas mil fotografias (mas espero que ainda cresça mais, com a vossa ajuda). Excepcionalmente, como neste caso, mas também para chamar a atenção para a existência do The Delagoa Bay Company, colocarei aqui, ocasionalmente, uma fotografia de desporto, neste caso o desporto que pratiquei em Moçambique – a natação.
LOURENÇO MARQUES, ANOS 1880, VISTA DAS COLINAS DA MAXAQUENE
Do Álbum “Views of Lourenço Marques”, anos 1880, mandado editar por Edward Macmurdo, que na altura tinha a concessão para a construção da linha férrea ligando a então já cidade à fronteira da República Sul-Africana (Transvaal) de Paul Kruger.
FINALISTAS DO LICEU ANTÓNIO ENES EM LOURENÇO MARQUES, 1961
Fotografia da colecção de Fernando Morgado.
EXCURSÃO DOS ALUNOS DO LICEU ANTÓNIO ENES AO BILENE, MARÇO DE 1961
Fotografia da colecção de Fernando Morgado.
A BRIGADA MONTADA EM LOURENÇO MARQUES, 1958
Fotografia da colecção de Fernando Morgado.
A BAÍA DE LOURENÇO MARQUES VISTA DA PONTA VERMELHA, 1950
Fotografia da colecção de Fernando Morgado, que era do seu pai.
O LAGO NO JARDIM VASCO DA GAMA EM LOURENÇO MARQUES, 1950
Fotografia da colecção de Fernando Morgado.
VISTA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 1950
Fotografia da colecção de Fernando Morgado.