THE DELAGOA BAY WORLD

18/12/2023

AMÁLIA E ALBERTO RIBEIRO NO RESTAURANTE MIRAMAR EM LOURENÇO MARQUES, 1951

Imagens retocadas.

Conhecia vagamente o Restaurante Miramar e basicamente nunca fui lá salvo a compra de uma Coca-Cola ou uma chuinga da Chiclets. Mas era um dos locais conhecidos da Cidade. Penso que já não existe e praticamente a antiga zona pública junto à praia foi tomada por negócios, cortando ali a vista para o mar.

O Restaurante Miramar, na praia em frente ao Parque de Campismo de Lourenço Marques.
O Miramar atrás. Em primeiro plano, uma paragem de machimbombo.

No entanto, no que resta do local, há duas placas, uma, a referente à fadista portuguesa Amália Rodrigues, indicando a data em que o restaurante abriu: na noite de quinta-feira, dia 29 de Março de 1951.

E em que a diva do fado de Portugal actuou.

As placas no Miramar.

A Amália todos conhecem. Visitou Moçambique várias vezes e foi sempre bem recebida.

Mas quem era Alberto Ribeiro, cuja placa indica ter estado lá em 28 de Junho de 1951?

O sítio de A Voz de Ermesinde tinha isto a dizer sobre Alberto Ribeiro (editado por mim):

Alberto Dias Ribeiro nasceu em Ermesinde no dia 29 de fevereiro de 1920. Dono de uma excelente voz, que, desde muito novo, o catapultou como um autêntico ídolo, nas artes musicais e cénicas, notabilizou-se no teatro, cinema e televisão, gravando alguns discos de grande sucesso.

Actuou nas maiores casas de espectáculo de Portugal e do mundo, esgotando lotações e colhendo do público fortes aplausos. Foi um cantor de sucesso e, só não foi mais longe porque chegou a recusar muitos convites. Entre as canções interpretadas por Alberto Ribeiro há algumas que se consagraram como grandes êxitos, nomeadamente, “Coimbra”, “Adeus Lisboa”, “Carta do Expedicionário”, “Soldados de Portugal”, “Marianita”, “Serenata dos Olhos Verdes”, “O Porto é Assim”,“Senhora da Nazaré”, “Marco do Correio”, “Última Carta”, o “Fado Hilário” e “Eu Já Não Sei”.

Para ele foram feitas, especialmente, duas peças de Ópera, por um autor italiano, em que ele recusou tomar parte, pois não aceitou as propostas, considerando-as aberrantes.

Foi actor, cantor e cabeça de cartaz em muitos espetáculos. Entrou em vários filmes e atuou em muitas peças teatrais, especialmente em revista.

Um dos filmes em que ganhou grande popularidade foi o “Capas Negras” (1947), tendo contracenado com Amália Rodrigues. Outras películas em que participou foram: “Um Homem do Ribatejo” (1946), “Ladrão de Luva Branca” (1946), “Cantiga da Rua” (1950), “Rosa de Alfama” (1953), “O Homem do Dia” (1958), “Canção da Saudade” e “Manhã Submersa” (1980). Alberto Ribeiro foi, com António Vilar, um dos maiores galãs do cinema português do seu tempo.

Depois de deixar os palcos, partiu para o Brasil, onde terá vivido praticamente toda a década de 1950. Aí ter-se-á dedicado sobretudo à actividade comercial, no ramo imobiliário, o que lhe retirou tempo para continuar a dedicar-se ao labor artístico. O seu regresso definitivo a Portugal terá ocorrido já na década seguinte.

O seu regresso à Europa é acompanhado de grande sucesso. Para além de ter actuado em diversos palcos de Portugal, fez digressões por vários países europeus, regressando a Portugal, precisamente quando se iniciavam as filmagens do filme «Canção da Saudade», de acentuadas características musicais, onde toma parte como o mais representativo cantor. Essa película é uma co-produção com Espanha, tendo Alberto Ribeiro interpretado o «Fado Hilário», e na versão espanhola aparece a cantar o fado «Coimbra».

Alberto Ribeiro tinha casa em Lisboa, cidade onde também vivia uma sua irmã.

Faleceu no Porto, em Maio de 2002, com 82 anos.

23/08/2022

AMÁLIA RODRIGUES EM MOÇAMBIQUE, ANOS 50

Imagem retocada e colorida, de Graça Machado via Ernesto R. Silva.

A diva do fado português é recebida no aeroporto.

28/05/2021

FIM DE TARDE PERTO DO UMBELÚZI, ANOS 60

Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

Fim de tarde na residência dos Benini perto do Umbelúzi com, da esquerda, sentada no chão a jovem Bárbara Benini, a sua Mãe Manuela Arraiano, de pé Maria João Seixas, Maluda, de costas César Seabra e a fadista Amália Rodrigues, primeira metade da década de 1960.

Manuela Arraiano (Benini) foi, entre outras, uma popular locutora do Rádio Clube de Moçambique. – ouvir aqui.

Maria João Seixas – para mais detalhes ler aqui.

Amália Rodrigues foi a Diva do fado português no Século XX – para mais detalhes ler aqui.

César Seabra – marido de Amália Rodrigues.

Bárbara Benini – filha de Manuela Arraiano (Benini) e de Nicky Benini, que operava um negócio de fruticultura e agricultura perto de Lourenço Marques.

26/02/2021

AMÁLIA RODRIGUES EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagens retocadas.

Amália Rodrigues em Lourenço Marques.

Anúncio de uma actuação de Amália em Lourenço Marques, anos 60.

13/03/2018

AMÁLIA RODRIGUES EM NAMPULA, ANOS 50

Filed under: Amália Rodrigues, Nampula - Clube Ferroviário — ABM @ 00:16

 

A Diva portuguesa, ao centro, no Clube Ferroviário de Nampula, presumo que com umas senhoras daquela cidade, durante uma visita nos anos 50.

27/02/2018

AMÁLIA RODRIGUES NA INAUGURAÇÃO DA TERTÚLIA FESTA BRAVA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Filed under: Amália Rodrigues — ABM @ 20:24

Fotografia de Júlio Costa, retocada, mostrando o seu Pai com a fadista portuguesa, Amália Rodrigues.

 

Amália Rodrigues na inauguração da Tertúlia Festa Brava em Lourenço Marques, anos 50. Ela está a falar com o Pai de Júlio Costa, que era então o Sócio Nº1 da Tertúlia.

06/11/2017

AMÁLIA RODRIGUES EM DIGRESSÃO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1950

Fotografias de Júlio Costa, a quem muito agradeço, retocadas.

 

Numa recepção em Lourenço Marques, no dia da inauguração da Tertúlia Festa Brava, o Pai de Júlio Costa (de nome Júlio dos Santos Costa) , sócio Nº1 da Tertúlia, fala com a Diva, que havia convidado para o evento. O Júlio estima que a inauguração ocorreu em 1955-6.

 

Foto de grupo em Lourenço Marques com a Diva. O Pai de Júlio Costa está de chapéu e samarra, à direita. Entre ele e Amália está Manuel Gonçalves, um empresário. Na extrema esquerda pode-se ver o Fernando Pinheiro, que era um engolador, fazia as bandarilhas usadas em todas as corridas de touros em Lourenço Marques.

16/04/2014

EUSÉBIO E AMÁLIA RODRIGUES, 1990

 

 

09 de maio de 1990 de Eusébio e a fadista Amália Rodrigues, durante a viagem de avião para Viena, Áustria, para assistirem ao jogo de futebol da Taça dos Campeões. Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória, Lisboa, 5 de janeiro de 2014. GUILHERME VENÂNCIO/LUSA

Foto tirada no dia 9 de maio de 1990. Eusébio e a fadista Amália Rodrigues, durante a viagem de avião para Viena, Áustria, para assistirem ao jogo de futebol da Taça dos Campeões. Amália faleceu em 1999. Eusébio morreu a 5 de janeiro de 2014. Foto de Guilherme Venâncio, da Lusa, com vénia.

10/06/2013

REINALDO FERREIRA UM POETA EM LOURENÇO MARQUES

Reinaldo Ferreira.

Reinaldo Ferreira.

Um texto dos Wikipédias refere o seguinte (editado por mim, claro):

“Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de Março de 1922; Lourenço Marques, 30 de Junho de 1959) foi um poeta que realizou toda a sua obra em Moçambique. Filho do chamado Repórter X, Reinaldo Ferreira chegou a Lourenço Marques com 19 anos de idade, em 1941, completou o 7º ano do liceu e ingressou como aspirante no Quadro Administrativo de Moçambique, tendo subido até Chefe de Posto.
Os seus primeiros poemas começaram a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adaptou para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colaborou no teatro de revista no Rádio Clube de Moçambique. Foi autor da letra de canções ligeiras.

Em 1959 foi-lhe detectado cancro do pulmão e morreu em Junho desse ano. Não editou nenhum livro em vida. Está sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier em Maputo.

A colectânea dos seus poemas surgiu em 1960.

António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no a Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».

(Fim)

E ele era gay, o que os Wikipédias parece que não suspeitam o que é.

Eis duas das suas letras, criadas na actual Maputo, musicadas pelo Maestro Artur Fonseca do Rádio Clube de Moçambique e Vasco de Matos Sequeira, um seu amigo e companheiro em Lourenço Marques:

 

Aqui uma versão retro do Kanimambo pelos Manos Catita:

 

Outro dia o Nuno Pacheco deu todos os detalhes que descobriu sobre como esta canção surgiu num interessante artigo.

E graças ao hercúleo esforço do grande Sr. MAGNO ANTUNES, pela primeira vez, o exmo. Leitor poderá ver a obra Poemas de Reinaldo Ferreira (Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique, 1960) naquele monumento da moçambicanidade que é o sítio Malhanga.com. Para ver, prima AQUI.

07/02/2012

AMÁLIA RODRIGUES COM A ORQUESTRA RITMO EM LOURENÇO MARQUES, 1951

Foto de Edgar Marques. O contrabaixo é o seu pai (e homónimo).

A diva no centro. Os músicos da Orquestra Ritmo: Piano-Renato Silva, Contrabaixo- Edgar Marques(pai do Edgar Marques),Viola-Carlos Lopes, Saxofone-Costa, Bateria-Ruby Levy e Acordeão-Joca Fernandes.

Site no WordPress.com.