A dança das toponomias não foi um exclusivo do pós-independência de Moçambique. Talvez a mais famosa fosse mesmo a que respeitava ao pequenino Presídio de Lourenço Marques, a que os anglófonos, impenitentemente, designavam de Delagoa Bay, para irritação de alguns portugueses, que achavam ser sua a prerrogativa o que chamar às localidades nas terras que consideravam suas e que queriam assim homenagear o tal de navegador/comerciante sobre quem afinal ninguém aparenta saber praticamente nada.
Mercê dos eventos mais a Sul e a Oeste, o pequeno presídio, que era essencialmente habitado e utilizado por estrangeiros, entretanto evoluiu para Vila, Cidade, e a seguir capital provincial e epicentro de uma série de eventos que atraíram a atenção internacional, desde a decisão de Mac-Mahon em 24 de Julho de 1875, até ao escândalo do confisco da Concessão McMurdo, o Ultimato de 1890 e a seguir a segunda guerra Anglo-Boer. Invariavelmente, quando se falava de Lourenço Marques, a designação usada pelos estrangeiros era Delagoa Bay.
E até 1900, a língua portuguesa deveria ser a 6ª ou 7ª língua mais falada localmente, a seguir ao inglês, ao afrikaans, o ronga, o hindi e o shangana. E talvez o Suázi.
A Postura Municipal de Lourenço Marques sobre letreiros e tabuletas, aprovada em Agosto de 1926: