THE DELAGOA BAY WORLD

25/02/2024

O KIOSK ORIENTAL EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagem retocada e colorida por mim.

Os Kiosks na Praça Mouzinho de Albuquerque (depois 7 de Março e hoje 25 de Junho) foram um marco da Cidade até ao início da década de 1940, quando a Praça foi completamente refeita.

O Kiosk Oriental. Na altura a Praça estava “cortada” ao meio por uma estrada que era efectivamente um prolongamento da Rua Araújo (hoje de Bagamoyo) e este kiosk estava situado nesse prolongamento, do lado nascente.

01/01/2024

1 DE JANEIRO DO ANNO DE 2024

Imagem retocada.

Desejo aos Exmos. Leitores um bom ano.

Capa de folheto promocional de Lourenço Marques, década de 1930, mostrando parte da Praça 7 de Março (actualmente, 25 de Junho).

27/08/2022

O PRIMEIRO TEATRO GIL VICENTE EM LOURENÇO MARQUES, CERCA DE 1926

Imagens retocadas e coloridas.

A fachada do primeiro Teatro Gil Vicente, cerca de 1926. Ardeu no final dos anos 1920 e depois disso construiu-se o segundo, na Avenida Aguiar, mais tarde a D. Luis I e hoje a Marechal Samora Machel.
Imagem ampliada de uma fotografia dos álbuns de Santos Rufino, cerca de 1926, onde se pode ver o primeiro Teatro Gil Vicente na esquina na Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) e a entrada da Rua Joaquim José Lapa (actual Joe Slovo) onde mais tarde se construiu o prédio Fonte Azul e mais ou menos onde ficava a Papelaria Académica. Curiosamente, directamente por cima do edifício do Teatro Gil Vicente, um pouco à direita, pode-se ver a parte de trás do …. Teatro Varietá. No meio, fora de vista, está a Praça 7 de Março.

19/06/2022

TURISTAS NA BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Fotografia do inigualável Carlos Alberto Vieira, colorida por mim.

Turistas passeiam na Baixa, no passeio em frente à Casa Amarela, em frente à sede do Banco Standard Totta, anos 60. A Praça 7 de Março fica atrás, do lado direito. Ao fundo, o Prédio Rúbi.

28/05/2021

TRAINEIRAS EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

Traineiras atracadas no porto de embarcações ligeiras de Lourenço Marques, situado mais ou menos à frente da Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) e da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição em Lourenço Marques, anos 60.

29/03/2021

O PRIMEIRO TEATRO GIL VICENTE EM LOURENÇO MARQUES

Imagens retocadas.

A fachada do primeiro Teatro Gil Vicente, meados da década de 1920. Ardeu em 1931. No seu lugar construiu-se em seguida o Prédio Fonte Azul, tendo Manuel Rodrigues edificado outro teatro com o mesmo nome a meio da Avenida Aguiar (depois Dom Luiz I e hoje Avenida Marechal Samora Machel) que inauguriu cerca de 1933.

A localização do primeiro Tetatro Gil Vicente, onde esteve durante décadas (onde está a notação “GV”).

Na Praça 7 de Março, aqui num postal de meados dos anos 50, do lado direito, o Prédio Fonte Azul, que ocupa todo o quarteirão onde ficava, entre outros, o primeiro Teatro Gil Vicente.

O que resta do Teatro Gil Vicente que foi inaugurado em 1933 na então Avenida Aguiar. À esquerda a vermelho era o bar do Teatro, que penso funciona hoje autonomamente. Os sucedâneos dos Lourenço-Marquinos simplesmente não vão ao cinema como se ia e o edifício mingua.

18/03/2021

O KIOSK CENTRAL NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES

Imagem retocada.

Os Sorgentini. italianos de origem, foram uma família que teve impacto na vida empresarial de Lourenço Marques, em duas fases. A primeira foi a dos Irmãos Sorgentini, que abriram negócios na Cidade – um hotel e o Kiosk referido em baixo, que ficava num canto da Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho), na esquina mesmo em frente à mais antiga casa feita de alvernaria na então pequena povoação (hoje a Casa Amarela) – o Kiosk Central.

Na altura, a Praça estava disposta de forma diferente, em três rectângulos.

Após a morte de um dos Sorgentini, a víuva de um deles, Aida Sorgentini, aproveitou um aluguer do então Hotel Cardoso, ficou com o negócio e nas décadas seguintes foi edificando o que é hoje o Hotel Cardoso, no topo das barreiras, encaixado entre a Polana e a Ponta Vermelha.

Para ler a história do Hotel Cardoso, ler aqui.

Anúncio do Kiosk Central na Praça 7 de Março. Atrás, pode-se ver parcialmente a fachada do que é hoje a Casa Amarela. Note-se na publicidade que na altura o Kiosk explorava também o bar do então original Teatro Gil Vicente, que ficava situado no lado da Rua da Lapa do Prédio Fonte Azul. e que ardeu em 1931, tendo o seu promotor e dono, Manuel Rodrigues, construído o ainda existente Cinema Gil Vicente na Avenida D. Luis I (actualmente, Avenida Marechal Samora Machel) em frente ao Jardim Vasco da Gama (hoje Tunduru), inaugurado em 1932.

04/04/2020

PESSOAS NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, FIM DO SÉC. XIX

Imagem retocada.

 

Não faço ideia quem sejam as pessoas que estão a posar à esquerda, em frente a um dos kiosks da Praça 7 de Março (na altura era a Praça Mouzinho de Albuquerque e hoje é a Praça 25 de Junho). A rua em frente é a Avenida Aguiar, mais tarde Avenida D. Luis e, mais recentemente, Avenida Marechal Samora Machel.

28/09/2019

A PERFUMARIA HOFALI NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, 1950

Muito grato ao Rogério Baldaia, cujo Pai foi um dos sócios da Perfumaria Hofali (um outro era o Sr. Lobo), que ficava situada no lado da Praça 7 de Março no Prédio Fonte Azul, com uma montra dando para a entrada do prédio e que, pelo menos em 1964, ainda existia. Nesta imagem, que retoquei, vê-se o então pequeno Rogério, na entrada da loja.

 

A Perfumaria Hofali na Baixa de Lourenço Marques, 1950. À entrada, o Rogério.

15/09/2019

A RUA ARAÚJO E O TEATRO VARIETÁ EM LOURENÇO MARQUES, 1927

Imagem retocada, a partir de uma das imagens do Volume 1 dos álbuns de José dos Santos Rufino.

O Varietá foi uma das primeiras casas de òpera em África (depois de Cairo e de, penso….Port Elizabeth), existiu entre cerca de 1910 e 1968, quando foi demolido para dar lugar aos mais modernos, comerciais e pirosos Estúdio 222 e Cinema Dicca. Após a mudança de regime, os imóveis foram confiscados pela Frelimo e actualmente parece que são a propriedade apetitosa do carismático empresário-ex-político e artista Gilberto Mendes.

Coloquei esta imagem para memorializar o facto de que, cem anos depois, segundo as notícias, ontem, 14 de Setembro de 2019, estreou em Maputo a primeira….ópera moçambicana. Sobre a qual não sei nada.

 

O Teatro Varietá na entrada da Rua Araújo, 1927, logo a seguir à Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) que não se vê bem aqui. Mas vê-se, topo direita, o telhado do Capitania Building, que existiu no extremo da Praça, ao lado das ruínas do Presídio,. No topo do lado esquerdo, vê-se a Ponta Vermelha e, logo abaixo, o telhado do Bank of Africa, que ficava na rua imediatamente a Norte das ruínas do Presídio.

30/05/2019

LOURENÇO MARQUES E A DELAGOA BAY DEVELOPMENT CORPORATION, LTD,1905

 

O estudo de como Lourenço Marques evoluiu, especialmente da óptica de quem realmente tomou as decisões e meteu lá o dinheiro ainda está um pouco por esclarecer, uma vez que a maior parte dos académicos que li ou ainda estão a bater nas teclas da libertação e do racismo ou de como o colonialismo era isto e aquilo, ou de como os portugueses eram isto ou aquilo. Claro que não deixa de ser interessante e relevante como foi construir Roma e Joanesburgo – e se calhar é tudo verdade- mas haja santa paciência: há mais que isso para analisar.

Veja-se por exemplo, como realmente foi desenvolvida e financiada parte da infra-estrutura de Lourenço Marques: com capital britânico e sul-africano.

Em baixo, o anúncio, publicado no jornal londrino The Standard, de 10 de Março de 1905, de uma emissão pública de dívida, no valor de 180 mil libras, para financiar os investimentos que a The Delagoa Bay Development Corporation, Limited estava a fazer em Lourenço Marques, nomeadamente no sistema de fornecimento de água à Cidade, do qual a empresa era a concessionária exclusiva, no sistema de transporte público de eléctricos, na compra da companhia local de telefones, de alguns terrenos e ainda na edificação do Capitania Building. Anos mais tarde (1910) a empresa adquiriria ainda a concessionária do fornecimento de electricidade (a Compagnie Genérale d’Electricité de Lourenço Marques).

Duas curiosidades: as presenças de Baltazar Freire Cabral no Board da Delagoa Bay Development Corporation Ltd, e de William Pott no Board da Henderson’s Transvaal Estates Ltd. Eles deviam ser a “Maputo connection” para estas empresas, um pouco como se faz hoje em Moçambique com os notáveis da Frelimo.

Se o Exmo. Leitor ler a língua inglesa, os textos em baixo são uma delícia der ler.

Em segundo plano, o Capitania Building, pertencente à Delagoa Bay Development Corporation, Limited e sua sede em Lourenço Marques. Em primeiro plano, a futura Praça 7 de Março, ainda um pardieiro, a ser aterrada para ali se fazer um jardim, 1903. Esta imagem surge num estudo de Zamparoni para ilustrar (segundo ele) as condições de exploração e mau tratos infligidos aos indígenas, nomeadamente que não usavam camisa no trabalho. Ao fundo, a Ponta Vermelha.

Não menos interessante era perceber a quem pertencia a The Delagoa Bay Development Corporation: ao conglomerado anglo-sul africano Henderson’s Transvaal Estates, Limited. Para ver quem era esta entidade, ler em baixo.

A

SOBRE A HENDERSON’S TRANSVAAL ESTATES

Cito a referência contida na obra de Walter H. Hills, The Anglo-African Who’s Who and Biographical Sketch-Book, página 47:

The enormous interests and holdings of Henderson’s Transvaal Estates, Limited, in the Transvaal and other parts of South Africa, place it in the front rank of land and mining corporations in that country. Henderson’s Transvaal Estates, besides carrying  on operations on some of its own properties in various parts of the Transvaal for the  purpose of proving the existence of and developing gold or other ore bodies, controls  several companies, and, generally speaking, as far as present conditions will allow, it is doing its share to advance the material interests of the country.

The capital of the company is 2,000,000 £, and the directors include Messrs. J. C. A. Henderson (chairman),
W. Bryson Butler (general manager), Alfred Gaussen, E. J. Halsey, Geo. Lawson Johnston, and Roger C. Richards. The local committee at Johannesburg is composed of Messrs. T. W. G. Moir, Emrys Evans, C.M.G., Samuel Thomson, G. W. Cooke, and William Pott.

The companies under the control of Henderson’s Transvaal Estates are : Consolidated South Rand Mines Deep, Limited ; Daggafontein Gold Mining Co., Limited ; Tyne Valley Colliery, Limited ; and the Delagoa Bay Development Corporation, Limited.

09/05/2019

O PRESÍDIO DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS SÉCS. XX E XXI

Imagens retocadas.

 

O Presídio de Lourenço Marques, também conhecido como Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, início do Século XX.

 

A mesma imagem, anotada. Notas: 1) Parte Sul da Praça Mouzinho de Albuquerque, mais tarde Praça 7 de Março e actualmente Praça 25 de Junho; 2) Igreja Paroquial de Lourenço Marques, implantada no mesmo local onde fica a antiga sede do Rádio Clube de Moçambique; 3) a entrada principal do Presídio de Lourenço Marques (ou “Fortaleza” de N.S. da Conceição”); 4) fachada principal do Bank of Africa, que ficava mesmo atrás do Presídio; 5) Parte Sul do Presídio, posteriormente os aterros aqui feitos, que avançaram o terreno para Sul uns 100 metros, enterraram esta muralha e ali fez-se uma muralha “fictícia” na década de 1940 para dar o ar de “forte” que se vê hoje (obra do arquitecto Pancho Guedes); 6) margem Norte da Baía do Espírito Santo.

 

O Presídio fica mesmo à esquerda da casinha que se vê no lado esquerdo desta imagem do início do Séc. XX. Ao fundo, vê-se a Ponta Vermelha.

 

Imagem tirada duma varanda do Capitania Building, cerca do início do Séc.XX, mostrando, à direita, a “nova” ponta Sul da Praça 7 de Março, ajardinada, e, em frente e à esquerda, os novos aterros onde se fizeram as duas ruas em frente, o porto e, ao fundo, a primeira estação ferroviária de Lourenço Marques.

 

Vista aérea da Baixa de Lourenço Marques nos anos 50. Veja-se o antigo Presídio, agora recuado das águas da Baía e já na sua versão “Hollywood”. Para uma melhor contextualização, ver o mapa em baixo.

 

Mapa que copiei (e pintei) dum estudo dum académico sul-africano, sobrepondo o núcleo original do que era a Vila de Lourenço Marques, com o traçado posterior do que veio a ser a capital de Moçambique.  A parte em castanho era a parte “continental” de terra firme. A parte em verde era o anterior pântano (e praia) em redor da “ilha”, posteriormente aterrado. A “ilha” está pintada em amarelo. A parte pintada a azul mostra onde ficava a margem da Baía, a maior parte da qual, nesta zona, foi posteriormente aterrada também. Dentro da “ilha” e a Sul, pode-se ver o quadrado pintado a preto saliente e que indica a localização do Presídio.

23/04/2019

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1928

Imagem retocada.

 

A então Baixa de Lourenço Marques, 1928. Foto tirada da varanda do 1º andar do primeiro Teatro Gil Vicente, que ficava à entrada da Rua (mais tarde) Joaquim José Lapa, no mesmo local onde depois se instalou a Papelaria Académica, no Prédio Fonte Azul.  Onde está um homem a atravessar a rua para o lado esquerdo na imagem, fica a esquina entre a (então) Avenida Aguiar, mais tarde designada Av. Dom Luiz e a actual Avenida Marechal Samora Moisés Machel. À esquerda começava a Praça 7 de Março. Do lado direito vê-se o Consulado do Reino Unido da Grã-Bretanha, com a bandeira hasteada. Ao fundo vê-se a Rua Consiglieri Pedroso, que desemboca na Praça Azeredo, mais tarde designnada Praça Mac-Mahon e a actual Praça dos Trabalhadores. No topo e lado esquerdo da imagem, em primeiro plano, vê-se a ponta do primeiro Teatro Gil Vicente, que arderia no final do ano seguinte, motivando o seu dono a construir outro com o mesmo nome, em estilo Art Deco, a meio da Avenida Dom Luiz. Mais a seguir vê-se um edifício com a frase “(re)frescos” na fachada, que era o Kiosk Chalet, o verdadeiro epicentro geográfico e social da Cidade naquela altura e que ficava na ponta a Norte e a Nascente da Praça 7 de Março. Logo a seguir, lá longe no horizonte, pode-se ver a cúpula da Estação de Caminhos de Ferro de Lourenço Marques, na altura das edificações mais altas da Baixa. Com tanta gente na rua, ou era fim de semana ou dia de festa na Cidade.

16/10/2018

O KIOSK LEÃO D’OURO NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1920

Filed under: LM Kiosk Lião D'Ouro, LM Praça 7 de Março — ABM @ 02:49

Detalhe de uma imagem da Casa de Santos Rufino.

 

O Kiosok Leão d’Ouro na Praça 7 de Março em Lourenço Marques, final da década de 1920

23/08/2018

O CORETO NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: LM Praça 7 de Março — ABM @ 06:26

Imagem retocada e pintada por mim.

O coreto no centro da Praça 7 de Março (actualmente, Praça 25 de Junho), em dia de concerto, início do Séc. XX. Ao fundo, a Catembe.

10/07/2018

A FORTALEZA DE LOURENÇO MARQUES, BEFORE & AFTER PANCHO GUEDES

 

A fortaleza de Lourenço Marques na década de 1930, before o trabalho de “restauro”do Arquitecto Pancho Guedes, adjudicado pela Câmara Municipal da Cidade, que decorreu mais ou menos durante a II Guerra Mundial. Antes dos primeiros aterros feitos para fazer desaparecer a “ilha” que era a cidade, a parte Sul da fortaleza, que é aquele murinho baixo que se vê em primeiro plano, tocava nas águas da Baía. À esquerda, o Capitania Building, esplêndido mas que foi feito no sítio errado e estragava a fotografia, por isso foi demolido. Ao fundo, a Praça 7 de Março.

 

A fortaleza na década de 1960, after Pancho Guedes. Nada mau. 

12/05/2018

O MIRADOURO DE LISBOA E A PRAÇA 7 DE MARÇO EM lOURENÇO MARQUES, 1950

Grato ao Paulo Azevedo.

O Miradouro de Lisboa na Avenida dos Duques de Connaught em Lourenço Marques (actualmente Avenida Friedrich Engels, memorializando o pouco nefático inglês amigo e patrocinador de Karl Marx).

O longo processo de “monumentalização” da Baixa de Lourenço Marques na sua zona fundacional em redor da Praça 7 de Março (actualmente, designada como Praça 25 de Junho, memorializando a data que a Frelimo escolheu para formalizar a independência da colónia em relação a Portugal em 1975) a partir dos anos 40, e que arrancou com o projecto do Arquitecto Pancho Guedes para a criação dum núcleo museológico a partir das ruínas do antigo Presídio de Lourenço Marques, teve como consequência directa uma reconfiguração a meu ver algo infeliz no tecido social e comercial de então, pela gradual retirada do local de quase todos os restaurantes e kiosks que ali existiam e onde a população da cidade e visitantes conviviam. Mas as sucessivas vereações camarárias caminharam inexoravelmente nesse sentido, provocando, entre outras, a reacção que se pode ler em baixo, assinada por “Sócrates” e publicada no Lourenço Marques Guardian em 12 de Janeiro de 1950.

 

A Praça 7 de Março, durante a segunda década do Século XX, quando ainda se chamava Praça Mouzinho de Albuquerque. Era uma espécie de feira popular, cheia de restaurantes e kiosks, um coreto onde tocavam bandas aos sábados, dum lado o velho Teatro Gil Vicente, do outro o Varietá, hotéis, casinos, o porto e a estação de caminhos de ferro, uma considerável praça de táxis e quase todas as lojas da Cidade, tudo a menos de cinco minutos de distância a pé.

 

A Praça no início dos anos 1960, depois da Fase 1 da espectacular vassourada municipal. A seguir ainda viriam a descaracterização do edifício ainda chamado Casa Amarela, a alteração do que veio depois a ser a chancelaria da futura Universidade de Lourenço Marques, a demolição do Capitania Building (expondo a obra evocativa de Pancho Guedes) e, ao lado, a demolição do Varietá e da velha filial do Banco Nacional Ultramarino. Enfim.

 

O artigo de opinião publicado a 12 de Janeiro de 1950, reclamando a falta do convívio da antiga Praça 7 de Março e a necessidade de espaços alternativos para a Cidade. Numa profecia malograda, antecipava que, à falta de acomodação administrativa no Jardim Vasco da Gama (hoje Tunduru) o Miradouro de Lisboa seria uma alternativa para esse convívio, o que só parcialmente se concretizou. Muitas destas questões confrontam os actuais residentes, sendo que as actuais vereações em Maputo se têm entretido a “povoar” alegremente quase todos os espaços públicos de lazer da Cidade com restaurantes e lojas e lojinhas (para não mencionar a insólita implantação de nada menos que um balcão do Banco Standard em pleno Parque José Cabral, hoje designado “Parque dos Continuadores”, referindo-se não sei bem a quem) a meu ver destruindo quase por completo o seu propósito. 

26/10/2017

A PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: LM Praça 7 de Março — ABM @ 23:29

Postais de F. Peters, fotógrafo da Cidade do Cabo.

 

O canto Norte a Nascente da Praça, que na altura se chamava Mousinho de Albuquerque, tendo em primeiro plano o Chalet Kiosk.

 

A Praça vista da ponta Sul e a Nascente (tirada do Capitania Building).  Entre os dois edifícios mesmo em frente é a Rua Araújo.

13/10/2017

O KIOSK LIÃO D’OURO NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1920

Filed under: LM Baixa, LM Kiosk Lião D'Ouro, LM Praça 7 de Março — ABM @ 13:52

Detalhe de imagem de um dos álbuns de Santos Rufino, publicado em 1929.

 

O kiosk Lião D’Ouro, na Praça 7 de Março na Baixa de Lourenço Marques, meados da década de 1920. Segundo o Rogério S, ficava situado mesmo em frente à muralha Sul, em frente à Praça 7 de Março, logo a seguir ao Capitania Building, que se pode ver atrás nesta fotografia.

 

26/08/2017

O KIOSK CHALET NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: LM Baixa, LM Kiosk Chalet, LM Praça 7 de Março — ABM @ 15:51

 

O Kiosk Chalet, numa esquina da Praça 7 de Março, cerca de 1900.

04/03/2017

A RUA CONSIGLIERI PEDROSO EM LOURENÇO MARQUES, 1910

 

praca-mousinho-lm

A fotografia mostra onde a Rua Consiglieri Pedroso desemboca na Praça 7 de Março em Lourenço Marques, que se vê à esquerda, vendo-se o passeio e dois quiosques. A seguir ao quiosque mais distante pode-se ver a primeira construção de argamassa da Cidade, mais tarde a Casa Amarela e actualmente o Museu da Moeda. O segundo edifício à direita, com a varanda superior, na altura era o consulado britânico. Note-se neste postal a designação da Praça como “Praça Mousinho de Albuquerque”. Posteriormente a Praça alterou a designação para 7 de Março e após a Independência foi novamente alterado para Praça 25 de Junho.

07/05/2016

O CHALET KIOSK NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, 1900

Filed under: LM Chalet Kiosk, LM Praça 7 de Março — ABM @ 19:14

A Praça 7 de Março é hoje a Praça 25 de Junho em Maputo.

 

O Chalet Kiosk em Lourenço Marques, no início do Séc. XX. Na altura, havia muitos kiosks pela Cidade, especialmente na Praça 7 de Março, onde este se situava, no alinhamento com a Rua Consiglieri Pedroso.

O Chalet Kiosk em Lourenço Marques, no início do Séc. XX. Na altura, havia muitos kiosks pela Cidade, especialmente na Praça 7 de Março, onde este se situava, no alinhamento com a Rua Consiglieri Pedroso. Em primeiro plano, pode ver-se um cartaz publicitando um filme no Teatro Varietá, que ficava a um quarteirão de distância.

01/01/2014

CAFÉ NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960

Filed under: LM Baixa, LM Café Nicola, LM Praça 7 de Março — ABM @ 16:30

Fotografia de Artur Monteiro de Magalhães, gentilmente cedida pelo seu filho Artur Magalhães e restaurada por mim. Para ver a foto devidamente, abra com a máxima resolução.

 

Um café na Praça 7 de Março em Lourenço Marques, anos 1960.

Um café na Praça 7 de Março em Lourenço Marques, anos 1960. Hoje é a Praça 25 de Junho.

25/12/2013

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, MEADOS DOS ANOS 1960

Fotografia de Artur Monteiro de Magalhães, gentilmente cedida pelo seu filho Artur Magalhães e restaurada por mim. Para ver a foto devidamente, abra com a máxima resolução.

 

Vista da zona da Baixa de Lourenço Marques que inclui a esquina do Continental e do Scala, o prolongamento da Avenida D. Luiz até à Praça 7 de Março (actual 25 de Junho)

Vista da zona da Baixa de Lourenço Marques que inclui a esquina do Continental e do Scala, o prolongamento da Avenida D. Luiz até à Praça 7 de Março (actual 25 de Junho), a fachada dos Prédios Fonte Azul e Rúbi e o jardim em frente ao Museu Militar da Fortaleza de Lourenço Marques. Do lado direito, por detrás do Prédio da Seguros Lusitânia, pode-se ver parte do Edifício Pott. Ao fundo, o porto onde está atracado um navio de guerra e a Catembe. Meados dos anos 60.

26/10/2013

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES NOS ANOS 1970, POR DANA MICHAHELLES

 

 

A Baixa de Lourenço Marques, desenho de Dana Michaelis, início dos anos 70.

A Baixa de Lourenço Marques, desenho de Dana Michahelles, início dos anos 70. À esquerda, o Scala e o Continental, o Avenida Building (ou Prédio Pott), ao fundo a Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) e a Catembe. À direita a Casa Coimbra.

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