THE DELAGOA BAY WORLD

02/06/2013

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE, 1901

Filed under: Mouzinho de Albuquerque, Mouzinho de Albuquerque — ABM @ 19:05
A última fotografia de Mouzinho de Albuquerque, 1901.

A última fotografia de Mouzinho de Albuquerque, 1901, que restaurei e coloquei umas cores para efeito. Ele falecerá em circunstâncias misteriosas a 8 de Janeiro de 1902. A prisão de Gungunhana e, não menos importante, a sua acção crucial no terreno enquanto o segundo Comissário Régio de Moçambique tornam-no uma figura incontornável da história de Moçambique. Um monárquico convicto, mas brusco, inconstante e irreverente, desprezava sem fim os políticos portugueses da sua época. Para os seus contemporâneos, foi um herói muito inconveniente. O seu famoso prisioneiro ainda viveria em Angra por mais cinco anos após a sua morte.

13/09/2012

O MONUMENTO A CALDAS XAVIER NA BEIRA, ANOS 1970

Monumento a Caldas Xavier, um militar português que morreu algum tempo depois do combate em Marracuene na madrugada de 2 de Fevereiro de 1895, considerada uma batalha que marcou a viragem crítica na instabilidade no Sul de Moçambique na altura e salvou a pequena Lourenço Marques de ser atacada. O monumento estava numa praça da Beira e foi apeado após 1975. Caldas Xavier foi considerado pelos seus contemporâneos “o” verdadeiro herói do momento, entre eles Paiva Couceiro. Mas na altura quase tudo foi ofuscado pelo insane assalto e aprisionamento de Gungunhana por Mouzinho de Albuquerque.

 

A Wikipédia refere o seguinte, sobre Caldas Xavier: ”

A expedição partiu de Lourenço Marques a 28 de Janeiro de 1895, adoptando um dispositivo de marcha que facilitava a rápida formação em quadrado, estratégia que havia sido ensaiada como a melhor resposta a nas regiões de savana aberta a um eventual ataque das forças africanas, de longe mais numerosas, mas mal armadas. A formação consistia na formação de um vasto quadrado, com as forças auxiliares africanas no exterior e a artilharia e as metralhadoras nos vértices, deixando as forças europeias protegidas e móveis no seu interior para poderem responder a qualquer brecha que o inimigo abrisse.

A expedição passou a noite de 28 de Janeiro bivacado em Anguane, e chegou a Marracuene pelas quatro da tarde do dia seguinte. Depois de ter permanecido no local durante três dias de tranquilidade, na madrugada de 2 de Fevereiro, a coluna foi violentamente atacada. Neste confronto, que ficou conhecido pelo Combate de Marracuene, o dispositivo em quadrado chegou a ser penetrado pelas forças inimigas, pondo em risco toda a estratégia defensiva que havia sido montada.

Contudo, Caldas Xavier, que comandava a coluna por doença do major Ribeiro, ajudado pelos capitães Roque de Aguiar e Eduardo Costa e os tenentes Paiva Couceiro e Aires de Ornelas, rapidamente conseguiram refazer a face do quadrado que havia colapsado e após hora e meia de descargas cerradas as forças da resistência africana foram repelidas.

Estava consumada a primeira de uma série de vitórias militares que terminariam com a destruição de Manjacaze, a capital do Império de Gaza e o aprisionamento de em Chaimite do poderosos Ngungunhane. Mas, para além de ter sido a primeira grande vitória portuguesa nas campanhas de pacificação de Moçambique, a vitória em Marracuene ficou célebre por ter permitido demonstrar que a estratégia do quadrado, mesmo quando penetrada, era defensável, pois até então, quadrado roto era considerado perdido.

A expedição vitoriosa regressou a Lourenço Marques a 5 de Fevereiro, trazendo à frente Caldas Xavier, pois o estado do major José Ribeiro Júnior tinha-se agravado, tendo desfilado pelas ruas da cidade.

Depois da expedição a Marracuene, e porque Caldas Xavier não estava em comissão militar em Moçambique, mas sim ao serviço do Ministério dos Negócios Estrangeiros, não lhe foi dado comando de tropas. Apesar disso, o comissário régio António Enes, aproveitou as suas qualidades militares e prestígio nas operações seguintes, nomeando-o comandante do Serviço de Etapas, o órgão de apoio logístico e de socorro imediato às colunas empenhadas nas campanhas de pacificação.

Porém, a doença tropical, que há muito o minava, não lhe permitiu muito mais tempo de actividade. Teve de se recolher em casa de uma família amiga de Lourenço Marques numa tentativa de se restabelecer. Tal não aconteceu e Alfredo Augusto Caldas Xavier faleceu, na então cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, vítima de doença contraída em África, a 8 de Janeiro de 1896, poucos dias após a chegada como prisioneiro àquela cidade de Ngungunhane (o Gungunhana), o principal inimigo das pretensões portuguesas no território que viria a ser Moçambique. “

08/05/2012

PAINEL NA ESTÁTUA DE MOUZINHO DE ALBUQUERQUE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1970

Fotografia da Colecção de Jorge Henriques Borges.

O painel pode ser visto estes dias numa parede da chamada Fortaleza de Maputo. Assinala a prisão do Régulo Gungunhana por Mouzinho e os seus correligionários, no dia 28 de Dezembro de 1895. Nota do Paulo Pires Teixeira: “Alto relevo da autoria de Leopoldo de Almeida. Este escultor é também autor dos baixos relevos da via sacra da Sé Catedral”.

19/04/2012

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE, FIM DO SÉC XIX

Filed under: Mouzinho de Albuquerque — ABM @ 08:41

Mouzinho de Albuquerque.

16/04/2012

O REGRESSO DE MOUZINHO DE ALBUQUERQUE A LISBOA APÓS CHAIMITE, 1897

Um aspecto do dia da chegada de Mouzinho de Albuquerque a Lisboa, 3ª feira, 14 de Dezembro de 1897. Na imagem, que colori para dar mais um ar da sua graça, a galeota real, um raro privilégio, é rebocada (com os ministros da Guerra e da Marinha) para junto do Peninsular, que trouxe o então já Comissário Régio e a sua mulher desde a Cidade do Cabo até à capital portuguesa. No cais, aguardava uma enorme multidão, incluindo toda a família real portuguesa. Para saber mais, leia o excerto do excelente texto de António Mascarenhas Galvão em baixo, a seguir às restantes fotografias.

Após os eventos de Chaimite, em que António Ennes já estava de regresso a Portugal (ele terá sabido da prisão de Gungunhana durante a viagem, por telégrafo) Mouzinho permanece em Moçambique, tendo sido nomeado Comissário Régio (na História de Moçambique, só houve dois, ele e Ennes). Mouzinho só vai a Lisboa no final de 1897. Pouco tempo volvido, demitiu-se, num dos habituais braços de força entre Lisboa e as periferias.

Mouzinho com a sua mulher Maria José Gaivão no Peninsular.

Mais uma imagem do reboque da galeota real até ao Peninsular. Reparem na multidão apinhada no Cais do Arsenal, uma espécie de "Sala VIP" para quem vinha de barco.

Ainda uma imagem da galeota real. Acreditem ou não, as fotos estão no espólio da Fundação Calouste Gulbenkian e foram aturadamente restauradas por mim.

Um excerto da interessantíssima obra de António Mascarenhas Gaivão "Mouzinho de Albuquerque" (Lisboa: Oficina do Livro, 2008), cuja leitura recomendo. O António descende da família da mulher de Mouzinho e o seu cunhado João foi um importante membro da sua equipa durante a sua curta mas crucial governação de Moçambique, até 1898. Para os Maputógrafos sem nada que fazer um sábado à tarde, se forem ver a "pedra fundamental" na fachada do antigo Hotel Clube, que agora é o Centro Cultural Franco-Moçambicano, creio que o João Mascarenhas Gaivão que está lá mencionado e que o inaugurou, era o bisavô dele.

A segunda das três imagens do excerto sobre a chegada de Mouzinho a Lisboa.

A 3ª imagem do excerto. A nota 20 em baixo faz referência ao livro "Ecos do Centenário de Mouzinho" (Lisboa: Comissão Nacional para a Comemoração do Centenário de Mouzinho, 1958, página 31).

30/06/2011

A PRAÇA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

A Praça Mousinho de Albuquerque, anos 60. Consta-me que quando começaram as hostilidades, mandou-se colocar no passeio aquela frase "Aqui é Portugal". A Praça, que hoje se designa da Independência, já não tem a estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque e parece que vai ser alvo de uma profunda alteração, mais condicente com a actual conotação.

26/12/2010

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE, 1897

Filed under: HISTÓRIA, Mouzinho de Albuquerque — ABM @ 16:54

O Comissário Régio Mouzinho de Albuquerque e a sua comitiva, em Lourenço Marques, 1897.

24/12/2010

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE, 1901

A ÚLTIMA FOTOGRAFIA DE MOUZINHO, 1901

12/12/2010

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE – DADOS

Filed under: HISTÓRIA, Mouzinho de Albuquerque — ABM @ 18:14

A estátua de Mouzinho, da autoria de Simões de Almeida (sobrinho), em exposição em Lisboa antes de ser transportada para Lourenço Marques. Ilustração Portuguesa, n.º 313 de 111939. A estátua foi inaugurada em LM a 29121940. Fonte: Paulo Pires Teixeira, fb 12.10.2010.

A estátua, no seu pouso actual, no átrio da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição em Maputo.

Um dos murais ilustrando uma carga da cavalaria, uma inovação bélica de Mouzinho, que decoravam o pedestal onde outrora estava a estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque, hoje no interior da Fortaleza de NS da Conceição em Maputo.

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