Imagem retocada.
12/05/2024
30/08/2021
12/06/2021
A AVENIDA ANTÓNIO ENNES E O HOTEL POLANA, INÍCIO DOS ANOS 70
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
08/06/2021
30/05/2021
LOURENÇO MARQUES VISTA DO AR, INÍCIO DA DÉCADA DE 1970
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
19/05/2021
O EDIFÍCIO DRAGÃO, DE PANCHO GUEDES, EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Imagens retocadas e pintadas.
Segundo escreveram a Ana e a Daniela no sítio HPIP:
Amâncio d’Alpoim Miranda Guedes (aka Pancho Guedes, 1925-2015) desenhou, para uma família amiga, um edifício de habitação com 4 pisos localizado junto da Avenida Pinheiro Chagas (hoje, Eduardo Mondlane), orientado paralelamente à primeira, segundo uma planta rectangular de aproximadamente 35 metros de comprimento por 12 metros de largura, num total de 420m2 de área de implantação. Elevado do solo, sobre pilotis, o espaço exterior coberto desnivelado da rua funciona como um espaço comunitário de convívio em relação directa com a cidade. O átrio de entrada, através do qual se acede à escada principal está por sua vez elevado do solo três degraus, o espaço restante da área exterior coberta era utilizada como estacionamento. Destaca-se ainda o mural no embasamento que representa um dragão concebido em cubos de pedra com 15 metros de extensão (ver imagem 2 de 2).
A circulação vertical é hierarquizada. Além da escadaria principal, existem duas escadas de serviço, localizadas na fachada posterior, dando acesso também à cobertura.
Nos 4 pisos os apartamentos organizados de forma simétrica a partir dos dois núcleos de escadas. São habitações com 2 quartos semelhantes à das habitações do edifício Prometheus (1951-1953), também da autoria de Pancho Guedes, em que a organização interna do edifício é simples e funcional.
A resposta às necessidades de ventilação e protecção solar levam Pancho Guedes a definir um conjunto de sistemas de sombreamento que contribuem para a identidade do edifício.
A fachada principal caracteriza-se por uma sequência entre uma grelha geometrizada composta por elementos de betão e pelas varandas salientes, desenhadas através de uma superfície curva. Na fachada posterior, o volume é encerrado através grelhas de dois tipos: uma quadrícula disposta a meia esquadria, e outra formada por quebra-luzes horizontais em betão.
04/04/2021
O CLUBE DE PESCA DESPORTIVA E A PONTA VERMELHA EM LOURENÇO MARQUES, 1971
Imagens retocadas.
Desejo aos Exmos. Leitores cristãos uma Feliz Páscoa, fechadinhos em casa por causa da Pandemia.
O Clube de Pesca de Lourenço Marques foi formado, algo tardiamente, em 1959, num local que na realidade foi concebido na década de 1910, aquando da concepção da gigantesca muralha de cimento que suportou o Aterro da Maxaquene – que se estendia até meio da colina da Ponta Vermelha propriamente dita (ver em baixo). Concluído o aterro nos primeiros anos da década de 1920, curiosamente, para além da futura doca propriamente dita, parte do local onde o Clube foi implantado ao princípio não foi…aterrado. Até à década de 1940, havia um enorme buraco inundado, por detrás da muralha. que eventualmente foi também aterrado, e a apenas a barra exterior havia sido concluída.
Em miúdo, eu sempre tive a impressão que o Clube de Pesca, cujas festas de passagem de ano eram vagamente badaladas na Cidade, tal como as do Clube Militar e as do Grémio de Lourenço Marques, seria um tanto elitista e de acesso algo restrito (jóia cara, quotas caras, acesso via bola branca bola preta, entrada por convite, pais alegadamente betos, filhos alegadamente betos) comparado com quase todos os outros clubes da Cidade, que eram maiores e que constituíam a maioria arrasadora dos residentes – e onde se praticavam desportos mais populares. Eu era do Desportivo, e penso que serei até morrer. Mas era o que eu ouvia, não tenho factos e muito menos tinha qualquer interesse em alguma vez lá meter os pés. Penso que para quem gostava de pesca desportiva no alto-mar (algo que eu pagaria para não fazer) devia ser muito bom. Sendo que a prática da pesca desportiva era muito cara e muito especializada, obviamente que não era para todos. E fazia parte da mística de um local privilegiado em termos mundiais para a sua prática como Lourenço Marques. A piscina, onde eu meti os pés uma única vez por obrigação de serviço, dava apenas para se dar um mergulho tímido e a maior parte do tempo o sítio era fustigado por uma ventania tal que não se podia estar lá.
Num texto soberbo do Nuno Castelo Branco àcerca dum texto publicado por uma gaja e em que ele abordou tangencialmente o tema dos clubes da Cidade enquanto ambos lá crescíamos, ele entrou nalgum detalhe sobre o assunto. Cito: “o tal Grémio e as imaginativas piscinas dos country-clubs (!) – deve unicamente querer aludir ao Clube de Pesca – eram locais tão alheios à maioria dos naturais de Moçambique, como algumas das curibecas regimenteiras da Lisboa ou dos Estoris/Cascais de hoje. Quantas centenas de licenciados, chefes de serviços, directores de organismos do Estado ou pequenos empresários, jamais colocaram os pés – ou quiseram colocá-los – no dito Grémio? Por regra, os seus frequentadores eram gente olhada com um certo – ou despeitado – desdém pelos hegemónicos remediados e amplamente considerados como os patetas, parvalhões, pedantes ou páchiças-pretensiosos. Há sempre que contar com a clássica pontinha de inveja. De facto, a maioria destes privilegiados pela Situação – os Almeidas Santos e adjacentes incluídos – foi sempre gente que pouco mais de uma vintena de anos residiu no território, enriquecendo depressa e juntando os cabedais, calculadamente entesourados na Metrópole. Com eles convivia um punhado de velhos colonos, mas eram a excepção que confirmava a regra.”
A impressão existia. Tanto assim que, quando veio a Frelimo fardada e com o seu discurso do comunismo anti-elitista (excepto para eles, claro) em 1975, os desgraçados do Clube de Pesca que se esqueceram de ir embora um dia anunciaram um curso de pesca desportiva – “aberto a todos”, o que motivou logo um estúpido mas esperado comentário de um escriba medíocre, dinâmicamente afecto à nova nomenclatura, aludindo ao prévio estatuto exclusivista do Clube. Não houve, e não há, pachorra.
Numa iniciativa de dúbia eficácia, comum na altura, o novo regime pura e simplesmente apropriou-se do espaço e ali fez mais tarde uma “escola náutica”, que, parece, cinquenta anos depois ainda não se conseguiu desalojar dali para fora e restaurar ao espaço ao uso exclusivo pelos cidadãos – excepto a piscina, que, agora já na era do nascente “capitalismo moçambicano”, foi estrategicamente alugada e onde se instalou um restaurante, ajudando a dar mais cabo do lugar.
Informações adicionais:
https://ccbibliotecas.azores.gov.pt/cgi-bin/koha/opac-MARCdetail.pl?biblionumber=218473
http://memoria-africa.ua.pt/Catalog/ShowRecord.aspx?MFN=139520
https://housesofmaputo.blogspot.com/2016/06/clube-de-pesca-desportiva-de-lourenco.html
https://macua.blogs.com/files/livroouromoc2.pdf (ver pags 60-62)
https://delagoa1.rssing.com/chan-6200616/article9-live.html
CLUBE DE PESCA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 70
https://housesofmaputo.blogspot.com/2018/06/doca-dos-pescadores-clube-de-pesca.html
https://estadosentido.blogs.sapo.pt/1082781.html?thread=3976605
04/03/2021
O AERÓDROMO DA CARREIRA DE TIRO EM LOURENÇO MARQUES, 1937
Imagens retocadas, de uma cópia guardada nos arquivos da Universidade de Wisconsin em Milwaukee, EUA.
As três imagens em baixo são cópias de uma maior, que encontrei nos arquivos acima e que aqui dedico com prazer ao Voando em Moçambique, o maior e melhor sítio do Mundo sobre a aeronáutica de Moçambique e à Exma. Senhora Comandanta Luisa Hingá que espero copiem isto tudo.
Em baixo a seguir ao texto e às fotografias, a história de quem tirou a fotografia.
Encontrei no sítio do HPIP o seguinte texto, que tive que editar ligeiramente para o adequar ao meu gosto e que contextualiza as imagens:
(início)
A primeira infraestrutura aeronáutica construída em Lourenço Marques data de 1911. Tratava-se de uma pista provisória, aberta em terrenos da Machava, onde o pioneiro aviador sul-africano, John Weston, realizou alguns voos de demonstração.
Em 1917, perto do término da I Guerra Mundial, construiu-se um novo campo de aviação, com os respectivos hangares e edifícios de apoio, no alto da Matola. Ali se instalou a Esquadrilha de Aviação, composta pelos aviões militares que tinham operado no Niassa, no decorrer daquele conflito. Esta esquadrilha ali permaneceu até 30 de Janeiro de 1921, altura em que foi extinta.
Uma nova pista viria a ser aberta na Carreira de Tiro (Polana) em Julho de 1928. Encontrava-se instalada em terrenos da Delagoa Bay Lands Syndicate, próximo do Clube de Golfe e ao lado da actual Cadeia Civil. A construção desta pista, de areia batida, foi entregue ao tenente Luciano Granate. Ao que parece, a única estrutura de apoio existente era um velho hangar, que viria a ser demolido em 1937, tendo sido construído um outro em sua substituição. Em Outubro desse mesmo ano viria a ser iluminado, com quatro projetores. O primeiro avião a aterrar ali, foi um Moth “Slotted Wing”, do major Allister Miller, da African Airways, Ltd, em 2 de Julho de 1928. Esta companhia sul-africana pretendia estender a sua atividade a todo o sub-continente, e não estava posta de parte a hipótese de uma ligação com a capital moçambicana. Os voos de demonstração realizados por este aviador devem ter levado os entusiastas locais à fundação do Aero-Clube de Moçambique.
Após a criação do aeroporto internacional de Mavalane, em Abril de 1938, dava-se notícia que a pista da Carreira de Tiro tinha sido fechada ao público. Posteriormente, viria a ser transformado em “aeródromo particular e de turismo”, sob a responsabilidade do Clube Aeronáutico Desportivo. Após ter sofrido obras de beneficiação, viria a ser inaugurado em 7 de Julho de 1940, ficando à responsabilidade daquela colectividade. Não sobreviveu muito tempo pois o clube debatia-se com grandes dificuldades financeiras.
(fim)
Nos anos 50 e 60, ali foi edificado um conjunto de infra-estruturas, desde moradias ao Bairro Militar e outras instalações. Hoje o local está meio delapidado e inclui um conhecido centro de venda de droga para a capital moçambicana.
A imagem em baixo, desdobrada por mim em três para extrair detalhe, foi tirada obviamente a partir de um avião, na segunda-feira, dia 29 de Novembro de 1937, pela milionária norte-americana Mary Light Meader.
Rachael Mary Upjohn Light Meader (15 de Abril de 1916 – 16 de Março de 2008) foi uma fotógrafa aérea e exploradora norte-americana. Herdeira da fortuna da Upjohn Company, ela é mais conhecida em círculos aéreos pelo seu voo de 56.000 km em 1937–1938, durante o qual ela fotografou imagens sem precedentes da América do Sul e da África. As suas fotografias africanas foram posteriormente apresentadas no livro Focus on Africa. Quando passou por Lourenço Marques, no final de 1937, tirou algumas fotografias aéreas da pequena cidade moçambicana.
24/09/2019
06/08/2019
09/07/2019
23/06/2019
02/10/2018
CASAS JUNTO À IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1960
Imagem colorida por mim.
15/04/2018
18/02/2018
O PAVILHÃO DE CHÁ E A PRAIA DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, 1931
Fonte: Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, Maio de 1931.
26/10/2017
CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA PRAIA DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, 1927
Detalhe de uma fotografia de um dos álbuns de José Santos Rufino, retocado.
01/02/2017
A PRAIA DA POLANA E O CAIS ALMEIDA EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX
Postal dos fotógrafos Joseph e Maurice Lazarus, acerca dos quais o Paulo Azevedo recentemente publicou um livro com os resultados de uma aturada pesquisa e a que farei referência brevemente.
02/10/2012
15/09/2012
NA PRAIA EM LOURENÇO MARQUES JUNTO AO DRAGÃO DE OURO E O MIRAMAR, 1973
Foto de Laurentino Anjos, restaurada.
12/09/2012
A IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA POLANA, 1968
Fotografia do Sr. Luis Boleo, restaurada.
11/09/2012
A IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, 1968
Foto do Sr. Luis Bóleo, restaurada.