THE DELAGOA BAY WORLD

26/01/2023

O CLUBE DE PESCA E A PONTA VERMELHA EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 70

Imagem retocada e colorida.

Em primeiro plano, o Clube de Pesca de Lourenço Marques. Atrás, as barreiras junto à Ponta Vermelha, já depois da enorme intervenção na sequência da destruição causada em Janeiro de 1966 pelo Ciclone Claude. Vê-se ainda as obras em curso do Viaduto da Ponta Vermelha.

18/08/2022

O CLUBE DE PESCA E AS TORRES VERMELHAS EM LOURENÇO MARQUES, 1972

Imagens retocadas.

Em primeiro plano o Clube de Pesca e ao fundo as Torres Vermelhas, na Ponta Vermelha junto da residência do Governador-Geral, ainda em construção. As Torres Vermelhas estão entre os exemplos mais acabados dos “mamarrachos” que foram erguidos agressivamente na Cidade a partir do final da década de 1950, para acolher a vinda de principalmente portugueses, para fazer face às quase luxuriantes taxas de crescimento económico então a acontecer. A vista era bonita, mas o vento atroz. Por esta altura, as barreiras aqui estavam limpas e ordenadas, na sequência do trabalho feito após os efeitos do Ciclone Claude. Note-se a linha vermelha no topo da barreira, que revela o contorno de uma futura estrada de acesso à parte baixa a partir da Ponta Vermelha (uma de duas), mas que até hoje não foi construída.
A mesma localização, aproximadamente, recentemente. O Clube de Pesca foi convertido numa escola da Marinha mas a zona da piscina foi convertida num restaurante privado. As Torres Vermelhas só foram concluídas e ocupadas depois de 1975. As torres foram administradas durante décadas pelo APIE, a entidade que geria as propriedades confiscadas após a proclamação das nacionalizações, em que a torre da esquerda era alugada principalmente a estrangeiros, enquanto que a torre da direita era ocupada por, maioritariamente, nacionais moçambicanos. As condições desta torre, proverbialmente apelidada de “Red Tower”, eram frequentemente deploráveis, pois o APIE não mantinha a estrutura em condições. Hoje não sei em que estado estão. A estrutura de cimento a descer do edifício da Graça Machel é para escoamento de águas pluviais e residuais domésticas, cuja disposição é um dos maiores desafios que a Cidade actual enfrenta e que para além da questão sanitária, estão completamente a poluir e destruir a Baía. Penso que ainda hoje Maputo não tem um sistema de ETARs.

08/06/2021

LOURENÇO MARQUES EM 1933, VISTA DO AR

Imagens retocadas e coloridas. Grato como sempre ao Rogério Gens pelas suas correcções.

Penso que cerca dos anos 40-50 um fotógrafo que esteve em Lourenço Marques tirou uma fotografia de outra fotografia aérea, que estimo ter sido tirada cerca de 1933. Esta fotografia aérea foi captada por W. Norman Roberts da empresa aérea sul-africana African Flying Services (PTY) Limited, uma das pioneiras dos serviços e transporte aéreo na então União Sul-Africana. Esta fotografia, com alguns retoques, é a primeira que coloco aqui no topo. Todas as imagens que se seguem são cópias ampliadas, legendadas e coloridas, do que se vê nesta primeira fotografia, que mostra de forma inédita (para mim) alguns dos aspectos da topografia da Cidade que eu conhecia mas nunca tinha visto de uma forma global e objectiva.

lm-vista-aerea-ca-1931

A cópia da fotografia topográfica de Lourenço Marques, cerca de 1933.

37128581622_7f0b9d39e6_3k TESTE desportivo e sporting 2 colour

A – O então Museu Provincial, mandado construir por Pott (hoje sede to Tribunal Constitucional); B- A Imprensa Nacional, anteriormente a Cadeia; C – Estação dos Bombeiros (onde hoje fica o Prédio 33 Andares); D – a então Câmara Municipal de Lourenço Marques, depois Tribunal da Relação; E – o primeiro estádio de futebol do Grupo Desportivo Lourenço Marques; F- Sede e terrenos do Sporting Club de Lourenço Marques; G- Avenida da República (hoje 25 de Setembro); e H – o Aterro da Maxaquene.

 

37128581622_7f0b9d39e6_3k TESTE POLANA AERODROMO colour

O Aeródromo da Carreira de Tiro. Logo a seguir a Rua dos Combatentes de Nevala. Do lado direito, a Cadeia Civil e à direita desta, o primeiro Campo de Golfe da Polana.

 

37128581622_7f0b9d39e6_3k TESTE POLANA GOLFE colour

A – Cadeia Civil; B- o primeiro Campo de Golfe da Polana, em que a Clubhouse fica na ponta à direita em baixo; C- A Avenida Massano de Amorim (hoje Mau Tsé Tung); D – o Parque José Cabral (hoje, dos Continuadores); E- o Hotel Polana.

 

LM HOSPITAL MIGUEL BOMBARDA CA 1931

A- Complexo do Hospital Miguel Bombarda; B- Avenida Pinheiro Chagas (hoje Dr. Mondlane; C – A futura Escola Primária Rebelo da Silva (hoje 3 de Febereiro) em construção.

 

LM CLUBE DE PESCA ATERRO MAXAQUENE CA 1931

A – Aterro da Maxaquene; B- parte ainda inacabada do paredão de cimento junto ao futuro Clube de Pesca (hoje Escola Náutica); C – doca de pesca desportiva; D – Ponta Vermelha. Note o Exmo. Leitor que esta parte foi “comida” e inclinada posteriormente, pois nesta altura caía abruptamente, como aliás se via em partes da Catembe até aos anos 80.

 

LM eastern telegraph e casa rua dos aviadores ca 1931

A – o Liceu 5 de Outubro, junto à Av. 24 de Julho, que depois seria a Escola Comercial Azevedo e Silva; B- a Sinagoga de Lourenço Marques, ainda existente; C – a Estação Telegráfica da Eastern Telegraph Company, que seria demolida e aí edificado o Liceu Salazar (hoje ES Josina Machel; D- terreno onde seria edificado o Joardim Silva Pereira (hoje dos Professores. Note-se que na altura o terreno era muito maior que o existente hoje, pois as barreiras foram alteradas, especialmente depois do Ciclone Claude em Janeiro de 1965; E – o Hotel Cardoso estando logo ao lado as fundações do futuro Museu Álvaro de Castro (hoje Museu de História Natural); F – por curiosidade, a casa onde cresci em Lourenço Marques, pelos vistos uma das primeiras duas a serem construídas na Rua dos Aviadores (hoje Rua da Argélia).

 

LM AV D LUIZ I JARDIM VASCO DA GAMA HOSPITAL MILITAR E IGREJA CA 1931

A – Por baixo desta letra, o Hospital Militar, que seria demolido e no seu lugar construída a Sé Catedral de Lourenço Marques; B – a então Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no local onde depois seria construído o Palácio da Rádio do Rádio Clube de Moçambique; C- a Avenida Aguiar, depois Avenida Dom Luiz I (hoje Marechal Samora). Note o Exmo. Leitor que na década e meia seguinte seriam construídas a Praça Mouzinho no topo (hoje da Independência) e em baixo seria eliminada a Travessa da Fonte, que estenderia esta artéria até à Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho), que na altura ainda era rectangular, cheia de Kiosks e atravessada a meio pela Rua Araújo; D- Jardim Vasco da Gama (hoje Tunduru); E – Câmara Municipal de Lourenço Marques (hoje Tribunal da Relação) e mais em cima o Grupo Desportivo Lourenço Marques.

 

lm cemiterio s francisco xavier ca 1931

Na zona do Alto-Maé. A- Os cemitérios Maometano, Judaico e..(farsi?); o Cemitério de São Francisco Xavier; C – a Avenida Pinheiro Chagas (hoje Dr. Mondlane) com partes ainda com uma um estradinha nos dois sentidos.

 

LM fim da Pinheiro chagas e apar praca de touros ca 1931

Na zona de Alto-Maé. A – zona de Xipamanine; B- Em discussão com o genial Rogério Gens este deverá ser um depósito de água para servir a zona do Alto-Maé; C- a Avenida Pinheiro Chagas (hoje Dr. Mondlane) que acaba logo a seguir à esquerda; D – a Avenida 24 de Julho, que nesta altura também acaba logo a seguir e mais tarde seria estendida mais quase dois quilómetros.

04/04/2021

O CLUBE DE PESCA DESPORTIVA E A PONTA VERMELHA EM LOURENÇO MARQUES, 1971

Imagens retocadas.

Desejo aos Exmos. Leitores cristãos uma Feliz Páscoa, fechadinhos em casa por causa da Pandemia.

O Clube de Pesca de Lourenço Marques foi formado, algo tardiamente, em 1959, num local que na realidade foi concebido na década de 1910, aquando da concepção da gigantesca muralha de cimento que suportou o Aterro da Maxaquene – que se estendia até meio da colina da Ponta Vermelha propriamente dita (ver em baixo). Concluído o aterro nos primeiros anos da década de 1920, curiosamente, para além da futura doca propriamente dita, parte do local onde o Clube foi implantado ao princípio não foi…aterrado. Até à década de 1940, havia um enorme buraco inundado, por detrás da muralha. que eventualmente foi também aterrado, e a apenas a barra exterior havia sido concluída.

Em primeiro plano, O Clube de Pesca Desportiva de Lourenço Marques, cerca de 1971. Atrás, a Ponta Vermelha, após a profunda intervenção resultante dos desmandos causados pelo Ciclone Claude em Janeiro de 1966. O declive foi aplanado e coberto com um matope escuro,e espesso, feitas as clivagens que se podem ver, para captarem as águas pluviais, estando na altura já a ser construídos os acessos da Avenida Marginal até à Ponta Vermelha e à Avenida António Ennes. No topo, em amarelo, a que eu considerava a casa mais bonita de Lourenço Marques. No início dos anos 70, a casa estava fechada há décadas e guardada por um velho guarda, um senhor negro, cujas histórias eu adorava ouvir. Após a independência, ficou em ruínas e dizem-me que a propriedade depois foi “atribuída” à viúva de Samora Machel, Graça, que lá fez um enorme e pouco interessante (mas muito rentável) edifício de apartamentos.

Logotipo do Clube de Pesca de Lourenço Marques.

O local, junto à Ponta Vermelha, onde no final dos anos 1950 se instalou o Clube de Pesca Desportiva de Lourenço Marques, aqui fotografado em Novembro de 1937. Note-se que nesta altura a muralha se estendia até ao pontão que se vê em cima, na Ponta Vermelha. A Estrada Marginal já passava ao lado mas pouco mais havia que um barracão e a doca incipiente. Eventualmente fizeram-se muros em volta e uma rampa para os barcos a Nascente, a qual uns anos depois foi desactivada e feita outra, pois a construção do Viaduto para a Ponta Vermelha tornou impraticável o seu uso por falta de acesso. Mas servia lindamente para, de vez em quando, em dias quentes, eu ir de minha casa na Rua dos Aviadores até lá, com o meu cão pastor alemão, para tomarmos banhos de mar.
Parte do texto alusivo ao Clube de Pesca Desportiva de Lourenço Marques no “Livro de Ouro de Moçambique, 1970. Para ler o texto na sua totalidade, ver nas notas em baixo.

Em miúdo, eu sempre tive a impressão que o Clube de Pesca, cujas festas de passagem de ano eram vagamente badaladas na Cidade, tal como as do Clube Militar e as do Grémio de Lourenço Marques, seria um tanto elitista e de acesso algo restrito (jóia cara, quotas caras, acesso via bola branca bola preta, entrada por convite, pais alegadamente betos, filhos alegadamente betos) comparado com quase todos os outros clubes da Cidade, que eram maiores e que constituíam a maioria arrasadora dos residentes – e onde se praticavam desportos mais populares. Eu era do Desportivo, e penso que serei até morrer. Mas era o que eu ouvia, não tenho factos e muito menos tinha qualquer interesse em alguma vez lá meter os pés. Penso que para quem gostava de pesca desportiva no alto-mar (algo que eu pagaria para não fazer) devia ser muito bom. Sendo que a prática da pesca desportiva era muito cara e muito especializada, obviamente que não era para todos. E fazia parte da mística de um local privilegiado em termos mundiais para a sua prática como Lourenço Marques. A piscina, onde eu meti os pés uma única vez por obrigação de serviço, dava apenas para se dar um mergulho tímido e a maior parte do tempo o sítio era fustigado por uma ventania tal que não se podia estar lá.

Num texto soberbo do Nuno Castelo Branco àcerca dum texto publicado por uma gaja e em que ele abordou tangencialmente o tema dos clubes da Cidade enquanto ambos lá crescíamos, ele entrou nalgum detalhe sobre o assunto. Cito: “o tal Grémio e as imaginativas piscinas dos country-clubs (!) – deve unicamente querer aludir ao Clube de Pesca – eram locais tão alheios à maioria dos naturais de Moçambique, como algumas das curibecas regimenteiras da Lisboa ou dos Estoris/Cascais de hoje. Quantas centenas de licenciados, chefes de serviços, directores de organismos do Estado ou pequenos empresários, jamais colocaram os pés – ou quiseram colocá-los – no dito Grémio? Por regra, os seus frequentadores eram gente olhada com um certo – ou despeitado – desdém pelos hegemónicos remediados e amplamente considerados como os patetas, parvalhões, pedantes ou páchiças-pretensiosos. Há sempre que contar com a clássica pontinha de inveja. De facto, a maioria destes privilegiados pela Situação – os Almeidas Santos e adjacentes incluídos – foi sempre gente que pouco mais de uma vintena de anos residiu no território, enriquecendo depressa e juntando os cabedais, calculadamente entesourados na Metrópole. Com eles convivia um punhado de velhos colonos, mas eram a excepção que confirmava a regra.”

A impressão existia. Tanto assim que, quando veio a Frelimo fardada e com o seu discurso do comunismo anti-elitista (excepto para eles, claro) em 1975, os desgraçados do Clube de Pesca que se esqueceram de ir embora um dia anunciaram um curso de pesca desportiva – “aberto a todos”, o que motivou logo um estúpido mas esperado comentário de um escriba medíocre, dinâmicamente afecto à nova nomenclatura, aludindo ao prévio estatuto exclusivista do Clube. Não houve, e não há, pachorra.

Numa iniciativa de dúbia eficácia, comum na altura, o novo regime pura e simplesmente apropriou-se do espaço e ali fez mais tarde uma “escola náutica”, que, parece, cinquenta anos depois ainda não se conseguiu desalojar dali para fora e restaurar ao espaço ao uso exclusivo pelos cidadãos – excepto a piscina, que, agora já na era do nascente “capitalismo moçambicano”, foi estrategicamente alugada e onde se instalou um restaurante, ajudando a dar mais cabo do lugar.

Informações adicionais:

https://ccbibliotecas.azores.gov.pt/cgi-bin/koha/opac-MARCdetail.pl?biblionumber=218473

http://memoria-africa.ua.pt/Catalog/ShowRecord.aspx?MFN=139520

https://housesofmaputo.blogspot.com/2016/06/clube-de-pesca-desportiva-de-lourenco.html

https://macua.blogs.com/files/livroouromoc2.pdf (ver pags 60-62)

https://delagoa1.rssing.com/chan-6200616/article9-live.html

CLUBE DE PESCA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 70

https://housesofmaputo.blogspot.com/2018/06/doca-dos-pescadores-clube-de-pesca.html

https://estadosentido.blogs.sapo.pt/1082781.html?thread=3976605

09/07/2019

VISTA AÉREA DE LOURENÇO MARQUES, FINAL DA DÉCADA DE 1950

Imagem retocada.

O que se pode ver nesta imagem:

  1. Na Catembe ainda havia pouca construção;
  2. A FACIM ainda não existia e a zona do Aterro de Maxaquene ainda estava praticamente intocada e coberta de eucaliptal;
  3. Ainda havia poucos prédios na Maxaquene e na Polana;
  4. O Hotel Cardoso ainda tinha apenas um andar;
  5. À direita, já se vêm os campos de futebol do Sporting (1933) e do Desportivo (1949)
  6. Mais importante, as Barreiras da Ponta Vermelha e da Maxaquene ainda eram muito maiores e cobertas de mato denso. Isso seria radicalmente alterado pelos efeitos do Ciclone Claude (Janeiro de 1966) e das alterações levadas a cabo na sua sequência. O Parque Silva Pereira, em frente ao Liceu Salazar (1952), por exemplo, será significativamente reduzido e quer à sua frente, quer na Ponta Vermelha, em meados dos anos 60, serão feitos aterros para se segurar as barreiras e abrirem novas vias que ligariam a parte Alta da Cidade (Polana e Ponta Vermelha) com a Baixa. De facto em 1974 seria concluída a actual via (que incluiu a construção de um viaduto) ligava a Estrada Marginal na zona do Clube de Pesca com a Ponta Vermelha. Já a via que ligaria a Praça das Descobertas (em frente ao Museu Álvaro de Castro), responsável pela significativa redução do Parque Silva Pereira, e pela destruição do Miradouro que ali havia (ver em baixo), nunca foi construída até esta data. Mas os aterros feitos ali ainda se podem detectar.

 

Vista da Cidade, segunda metade da década de 1950.

 

O Miradouro do Parque Silva Pereira, em frente ao Liceu Salazar (actual Josina Machel) na primeira metade da década de 1960 mas antes da devastação causada pelo Ciclone Claude (início de Janeiro de 1966), em que desapareceria e o actual jardim é cerca de metado do antigo parque. Em segundo plano, o estádio coberto do Sporting de Lourenço Marques uma grande obra do clube na sequência da ida de Eusébio para…o Benfica de Lisboa.

25/12/2013

A ESTRADA MARGINAL DE LOURENÇO MARQUES, SEGUNDA METADE DOS ANOS 1960

Filed under: LM Clube de Pesca, LM Estrada Marginal — ABM @ 17:55

Fotografia de Artur Monteiro de Magalhães, gentilmente cedida pelo seu filho Artur Magalhães e restaurada por mim. Para ver a foto devidamente, abra com a máxima resolução.

 

A Estrada Marginal de Lourenço Marques, no local onde alguns anos mais tarde foi edificado o Viaduto da Ponta Vermelha.

A Estrada Marginal de Lourenço Marques, na segunda metade dos anos 60, no local onde alguns anos mais tarde foi edificado o Viaduto da Ponta Vermelha. À esquerda ao fundo pode-se ver parte do Clube de Pesca.

20/07/2013

A PEQUENA ROTUNDA EM FRENTE AO CLUBE DE PESCA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960

Filed under: LM Baía, LM Baixa, LM Clube de Pesca — ABM @ 18:51

Fotografia da colecção do Adriano Soares, restaurada.

 

A pequena rotunda em frente ao Clubde de Pesca em Lourenço Marques

A pequena rotunda situada (e ainda existente) em frente ao Clube de Pesca em Lourenço Marques, início dos anos 1960. Se repararem atrás, o recinto da FACIM ainda não existia, a zona era toda um parque.

02/07/2011

A ESTRADA DAS ESTÂNCIAS E OS ATERROS DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 1900

Infelizmente, pouca gente hoje que habita Maputo tem a noção de como era a zona até ao início do Século XX. Estes dois postais mostram o que foi a zona antes dos enormes aterros que foram feitos no início do século passado. As duas fotos mostram o que era a zona onde até recentemente ficava a FACIM, onde ainda está o “novo” edifício da Fazenda (que actualmente é o Gabinete do 1º Ministro de Moçambique), desde a zona do porto da cidade até ao antigo Clube de Pesca. Toda essa zona foi aterrada com terras retiradas das barreiras da Polana e da Maxaquene, que por isso “recuaram” quase duzentos metros para onde se podem ver hoje. Nessa enorme área aterrada, plantou-se um eucaliptal que serviu de parque para a cidade durante décadas, e se fez o “prolongamento” da antiga Av da República até à Estrada Marginal (que só por isso foi de seguida construída sobre a praia então existente). Anteriormente, só se podia aceder à Praia da Polana indo pela parte alta da cidade (que ali basicamente era mato). Aproveitou-se o ângulo de entrada da Baía e a morfologia do terreno para se construir a doca do Clube de Pesca.

A estrada das Estâncias, e todos os edifícios que podem ser vistos aqui, foram demolidos.

Vista da Estrada das Estâncias para Nascente. Ao fundo, a Ponta Vermelha. O antigo Clube de Pesca fica mais ou menos onde se pode ver a casinha à direita, junto ao mar. O tipo que fez este postal esticou-se um bocado nos embelezamentos. Na verdade, isto era mais um pântano mal-cheiroso, que a beleza azulada que aqui se retrata.

A Estrada das Estâncias para Poente. Ao fundo, o núcleo inicial de Lourenço Marques. Para se ter a noção de como era, a velha fortaleza vê-se à esquerda daquele primeiro pontão que de vê a entrar por água, debaixo do navio maior ancorado à esquerda.

Site no WordPress.com.