Imagem da incomparável colecção de Manuel Martins Gomes, com copyright, para mais detalhes ver aqui.
Em Julho deste ano o Hotel Polana celebrou o primeiro centenário da sua inauguração.
Imagem da incomparável colecção de Manuel Martins Gomes, com copyright, para mais detalhes ver aqui.
Em Julho deste ano o Hotel Polana celebrou o primeiro centenário da sua inauguração.
A voluptuosidade ávida com que se alterava a toponímia das ruas de Lourenço Marques precedeu em muito a febre militante marxista pós-independência (mas claro). Por acaso, notei este pequeno caso, ao observar um mapa de Lourenço Marques de 1926. (ver em baixo).
Eu sabia que a artéria adjacente à Barreira da Polana, que hoje tem a designação do ideologicamente duvidoso Friedrich Engels, o camarada e patrocinador do mais conhecido e ideologicamente colorido Carlos Marx, durante muitos anos se designou Avenida dos Duques de Connaught (o duque era um filho da Rainha Vitória do Reino Unido, que visitou a pequena cidadezinha em 1906 com a mulher e a filha, a Princesa Patrícia).
O que não sabia era que, em 1926, essa Avenida se chamava Duque de Connaught, e que a (mais tarde) Avenida de António Ennes (um dos fundadores do Moçambique colonial, efectivamente), e que hoje é chamada Avenida Dr. Julius Nyerere (patrono e patrocinador efectivo da Frelimo e logo “fundador” do Moçambique pós-1975) se chamava Avenida da Duquesa de Connaught.
Parece que, quando baptizaram a Avenida António Ennes, os autarcas locais juntaram os Duques e a outra avenida se passou a chamar Avenida dos Duques de Connaught.
A isto se pode chamar trívia coca-cola.