Imagem retocada.
16/01/2024
14/05/2023
A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES EM 1972, POR DANA MICHAELLES
Imagem retocada e colorida por mim. O original é a preto e branco.
19/08/2021
08/06/2021
15/05/2021
OS AVENIDA BUILDINGS EM LOURENÇO MARQUES, FINAL DOS ANOS 50
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
Os Avenida Buidings, imóvel fulcral da iconografia da anterior e actual capital moçambicana, também é conhecido como Prédio Pott, designação que formalmente nunca teve, sendo que o edifício foi mandado construir e pertenceu a Gerard Pott, uma figura incontornável na vida da Cidade, na última década do Século XIX e nas duas décadas seguintes, não só por si mas também por alguma da sua descendência, nomeadamente, Karel Pott.
Esta é, na minha opinião, a melhor foto que já vi de como era o icónico edifício antes do incêndio que o arruinou no início da década de 1990 e que aguarda projecto para a sua merecida reabilitação, o que teria um impacto brutal na Cidade Baixa.
26/04/2021
O SCALA E O CONTINENTAL EM LOURENÇO MARQUES, 1970
Imagens retocadas.
Eram talvez os dois cafés (e pastelarias, e restaurantes) mais paradigmáticos de Lourenço Marques entre a década de 50 e 70. Certamente os mais centrais do centro da Cidade. Sobre eles se diz que eram pontos de encontro de tudo e todos, entre intelectuais diletantes, reaccionários em conspirações, turistas encantados, transeuntes anónimos, adeptos do Benfica dum lado, do Sporting do outro, burocratas no dolce fare niente, etc. Ficavam lá todos o que me pareciam ser eternidades, a ler jornais, a falar, a beber cafés e Laurentinas com camarões e tremoços, a verem as pessoas a passar. Pessoalmente, nos anos em que vivi na Cidade (até aos 15 anos de idade acabados de fazer), tirando a ocasional Tombazana e uma arrufadinha, nunca lá comi nem sequer me sentei.
Na verdade, os pecados do sistema colonial (etc e tal, com os habituais revisionismos em curso estes dias) aparte, Lourenço Marques devia ter entre as melhores pastelarias do mundo. A Pigalle, a Princesa, a Teresinha, a Mimosa (cujo letreiro estava estragado no “r” e que dizia “Pastelapia”), a Cristal, os Criadores de Gado, vêem-me à mente. Mas havia muito mais. As melhores arrufadas do mundo eram vendidas por uma lojinha mesmo abaixo do Liceu António Ennes no único ano em que lá andei (1973-4, levei com o 25 de Abril nos cornos no fim desse ano escolar) e nem sequer me lembro do nome do sítio. Custavam uma quinhenta ($50) e quando havia dinheiro (não era frequente), lá marchavam duas ou três no intervalo das aulas.
Para além disso, fora de casa. quando sózinho, comia raramente no bar do Desportivo, onde eu passava muito do meu tempo livre, que, por sete e quinhentos (7$50) fazia o melhor bitoque do Planeta – bife, batatas fritas, ovo, uma rodela de limão, uns picles ao lado e um molho indescritível. O que surpreendia, pois uma vez cometi o acto audaz de entrar pela cozinha do bar dentro, e o que vi era que aquilo era o maior pardieiro, a maior imundice, a maior desorganização que eu já vira. Era um milagre que sempre me mistificou, como é que num sítio daqueles os empregados (que eu conhecia todos por nome) confeccionavam uma iguaria tão divina.
Ocasionalmente, os Pais Melo levavam a família a comer fora, invariavelmente num sábado à noite. Os lugares eram habitualmente o Restaurante Hong Kong a seguir ao Bazar, e o Restaurante Nacional (acho que era esse o nome) que ficava nos Avenida Buildings (ou Prédio Pott, como alguns lhes chamam agora). Os meus pais viveram quase dez anos em Macau (tendo três irmãos meus nascido lá) e a presença da comida e cultura chinesas lá em casa era digamos que muito mais familiar que no casa da maioria das famílias em Lourenço Marques. O hábito ficou comigo até hoje, se bem que, por causa desta coisa da Pandemia, já nem me lembro quando é que foi a última vez que comi fora de casa.
Depois do jantar, íamos ver as montras na Baixa.
23/04/2021
O PRÉDIO RÚBI EM LOURENÇO MARQUES
Imagem retocada e colorida.
Apesar de não ser o primeiro edifício de escritórios em Lourenço Marques (suspeito que os pioneiros fossem A Casa Coimbra e o Prédio Fonte Azul), certamente que foi o primeiro em altura, inaugurando a fase, a seguir à escassez de materiais da II Guerra Mundial e aos negócios esperados a seguir, que Lourenço Marques iniciou o primeiro “boom” imobiliário na Baixa e que nesta fase incluiu a parte nascente em relação à Praça 7 de Março, passando depois para a Avenida da República e depois para as que chamaria grandes avenidas – 24 de Julho, Pinheiro Chagas e António Ennes. O Prédio Rúbi em si, do exterior, é austero, já não Art Deco mas com a sua graça em termos de fachada. Por dentro – estive lá várias vezes depois da independência para tratar de um papel numa repartição qualquer – é um susto. Escuro, claustrofóbico, atravancado, cheio de gabinetezinhos por toda a parte em cada andar, criado deliberadamente para rentabilizar o espaço. Não sei quem o fez. Merecia um restauro a sério e de ser refeito.
29/03/2021
07/03/2021
DESFILE MILITAR NA AVENIDA DA REPÚBLICA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50
Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.
16/09/2019
01/09/2019
24/05/2019
VELHOS COLONOS NA BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1963
Imagens retocadas, a partir de um original, colhido por Ricardo Rangel.
23/04/2019
31/10/2018
20/09/2018
12/09/2018
10/07/2018
28/02/2018
13/02/2018
O TEATRO SCALA EM LOURENÇO MARQUES, 1932
O Scala foi inaugurado em 13 de Junho de 1931.
22/01/2018
O MONUMENTO A MOUZINHO DE ALBUQUERQUE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1940
A implantação de uma praça em frente à então futura sede da Câmara Municipal de Lourenço Marques, incluiu a ideia da colocação ali de uma estátua evocativa de Mouzinho de Albuquerque, o enigmático e previamente obscuro major que em 1895 galvanizou o então pequeno Reino de Portugal ao prender o Régulo Gungunhana e assim eliminar o perigo da fragmentação (pelo Reino Unido e o Império da Alemanha) da nascente colónia que se veio a transformar no que hoje é Moçambique.
Já em 1916 foi constituída uma comissão para se fazer uma estátua, que pelos vistos fez pouco ou nada durante quase vinte anos. Em 1928, só havia conseguido um terço dos fundos necessários para encomendar uma estátua e o resto dos fundos foi conseguido por uma doação de 45o contos do governo provincial em 1935.
O concurso da obra é ganho pelo projecto “África”, do arquitecto António do Couto e o escultor José Simões de Almeida (sobrinho).
Em 1936, realizou-se a cerimónia do lançamento da Primeira Pedra do monumento, que só viria a ser inaugurado com pompa no dia 28 de Dezembro de 1940, um Domingo e no dia do 45º aniversário da captura de Gungunhana por Mouzinho, em Chaimite.
Cito Gerheij: “A importância investida na Praça Mouzinho, a única praça que recebe a qualificação de “monumental”, é confirmada pela construção dos novos Paços do Concelho, prevista nela desde finais dos anos 20. Em 1931 decide-se levantar também aí a nova Catedral. Só a partir de 1935 os vários projectos vão ser implementados, devido,
porventura, à crise e à reestruturação administrativa das possessões ultramarinas destes anos. O Governo colonial completa o fundo para o monumento, enquanto a Câmara Municipal autoriza as obras da Catedral, concretizadas, com largo apoio estatal, em 1936-1944. O concurso camarário para os Paços do Concelho, em 1937-1939, é ganho pelo projecto de Carlos Santos, arquitecto português que vivera desde 1917 em São Paulo. O edifício é construído em 1940-1947. A praça é urbanizada em 1940, ano da inauguração do monumento, no âmbito do programa das comemorações centenárias deste ano. A Avenida Aguiar [mais tarde Avenida D. Luis e hoje Avenida Marechal Samora Machel] já fora prolongada e rectificada, passando a ligar directamente esta praça com a 7 de Março. Desta forma, monumento e palácio municipal rematavam uma avenida espaçosa que iniciava no Monumento a António Enes, criando um novo espaço público de referência do imaginário urbano que centralizava as sedes administrativa e religiosa à volta da figura equestre.”
Pouco antes da declaração formal da Independência de Moçambique, em Junho de 1975, o monumento foi demolido e a estátua equestre bem como os painéis laterais, foram colocados no núcleo museológico construído no local da antiga Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, na Praça 7 de Março, onde ainda se encontra.
Durante o segundo mandato de Armando Guebuza, terceiro presidente de Moçambique após a Independência, no espaço previamente ocupado pelo monumento, foi colocada uma estátua em homenagem ao primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel. A praça passou a designar-se Praça da Independência. Sendo que a declaração formal da independência foi declarada no antigo Estádio Salazar, na Machava, que até esta data nunca foi alvo de qualquer atenção quanto à solenidade do acto histórico ali ocorrido na noite de 24 para 25 de Junho de 1975.
Para mais detalhes, ver esta preciosidade do grande blogue com o nome errado, bem como o trabalho de Gerbert Verheij, a partir da página 34.
07/09/2017
01/01/2014
A AVENIDA DOM LUIZ EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960
Fotografia de Artur Monteiro de Magalhães, gentilmente cedida pelo seu filho Artur Magalhães e restaurada por mim. Para ver a foto devidamente, abra com a máxima resolução.
Esta é a minha primeira inserção de 2014. Aos visitantes que têm acompanhado este pequeno blogue, desejo um ano de sucessos e saúde.
25/12/2013
A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, MEADOS DOS ANOS 1960
Fotografia de Artur Monteiro de Magalhães, gentilmente cedida pelo seu filho Artur Magalhães e restaurada por mim. Para ver a foto devidamente, abra com a máxima resolução.