THE DELAGOA BAY WORLD

16/08/2023

O GOVERNADOR-GERAL DE MOÇAMBIQUE VISITA A FACIM EM LOURENÇO MARQUES, 1971

Imagem retocada e colorida, gentilmente enviada por Jorge Costa Esteves, a quem muito agradeço, e cujo Pai, o Eng. Costa Esteves, figura na mesma.

A FACIM – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Moçambique, era um dos rituais da Cidade enquanto eu crescia. Durava umas semanas e eu visitava-a mais do que uma vez. E, nesse ritual, havia outro, que era a visita do Governador-Geral, que penso que “inaugurava” a Feira. Curiosamente, toda esta tradição se manteve depois de 1975, até que houve aquele negócio dos terrenos da Feira (nunca percebi quem abarbatou aquilo e depois vendeu por milhões) e a Feira foi despachada para os confins do planeta.

O Eng. Arantes e Oliveira, então Governador- Geral de Moçambique, visita um stand na FACIM, 1971, rodeado pelos “executivos” da economia e indústria de Moçambique colonial.
14-?; 13 – Eng. Costa Esteves – Director Provincial dos Serviços de Indústria até 1974 (Pai do Jorge Costa Esteves); 12 – Felix Naharro Pires – Director da FACIM; 11 – Dr. Catalão – Director Provincial da Economia (antes assim designada), que antecedeu nesse cargo o Eng. Costa Esteves; 10- Eng. Arantes de Oliveira – GG de Moçambique; 9- ?; 8 – Dr. Hugo de Jesus- Secretário Provincial do Comércio e Indústria; 7-?: 6-Dr. Matos (ligado à Indústria); 5-?, 4-?; 3 – Dr. Viana Simões (também estava ligado à Industria; 2-?; e 1-?

Se o Exmo. Leitor conhecer alguém não identificado ou quiser fazer alguma correcção, por favor envie uma nota para aqui.

22/06/2012

ARANTES E OLIVEIRA, NOVO GOVERNADOR GERAL DE MOÇAMBIQUE, CHEGA A LOURENÇO MARQUES, 9 DE MARÇO DE 1970

Fotografias gentilmente cedidas pelo Paulo Pires Teixeira e restauradas.

Eduardo de Arantes e Oliveira sucedeu Baltazar Rebelo de Sousa e foi sucedido por Manuel Pimentel Pereira dos Santos . Engenheiro com um currículo brilhante, a sua missão primária foi tecnocrática – assegurar que a barragem nos Rápidos de Cabora-Bassa (agora com “h”) no Rio Zambeze fosse construída. Na altura o chefe das forças armadas em Moçambique era o General Kaúlza de Arriaga, que centrou em si a condução da guerra e que dentro de pouco tempo mandava executar uma operação militar cara e de alguma envergadura em Cabo Delgado, chamada Nó Górdio. Iniciativa perante a qual a Frelimo, completamente dentro dos detalhes, pois até tinha informadores no círculo restrito do General, calmamente recuou e mudou-se para outras bandas mais para o Sul, tendo servido o episódio essencialmente como trampolim para a consolidação no poder do senhor que sucedeu o Dr. Eduardo Mondlane, o outrora comandante militar Samora Moisés Machel. Na ditadura portuguesa, a breve abertura ocorrida com a morte de Salazar e a sucessão por Marcelo Caetano começava a chegar ao fim. Mesmo assim, em Moçambique notou-se, por exemplo, com a autorização da publicação de uma revista em Lourenço Marques chamada “Tempo”.  Mas em breve o regime voltava às suas. Em Tete, a edificação da barragem, vendida pelo governo de José Sócrates por tuta e meia ao governo de Moçambique quatro décadas depois de concluída, prosseguiu sem qualquer perturbação.

Aeroporto de Lourenço Marques (então com o nome de Gago Coutinho), segunda-feira, 9 de Março de 1970. De chapéu na mão, o então novo Governador-Geral de Moçambique, ao centro, era recebido protocolarmente. À direita, de branco parece ser o General Kaúlza de Arriaga, Se alguém souber quem são as restantes personalidades, agradeço envie uma nota para aqui. A grelha: P1, P2, General Santos, Arantes e Oliveira, P4, P5 e P6 (talvez Kaúlza de Arriaga).

Uma jovem beldade dá o ramo de flores da praxe ao Governador-Geral. Arantes e Oliveira não parece estar lá muito impressionado, o que aliás marca desde logo a diferença com o seu antecessor Rebelo de Sousa, que aposto que aproveitaria logo para fazer ali um comício. Segundo o meu caro Francisco Duque Martinho, o 1º à direita do GG Engº Arantes é o Engº Brasão de Freitas (na altura Secretário Provincial de Obras Públicas e Transportes) e logo em seguida o Engº Martins Santareno (Secretário Provincial de Agricultura). O primeiro da esquerda é o Dr Francisco Maria Martins, na altura Secretário Provincial de Educação.

12/02/2012

O ENG. ARANTES E OLIVEIRA VISITA A CÂMARA MUNICIPAL DE LOURENÇO MARQUES, 1970

Foto descoberta em Maputo pelo grande Paulo Pires Teixeira. Restaurada.

O Eng. Eduardo de Arantes e Oliveira, na altura o novo Governador-Geral de Moçambique, quando era recebido pelo então Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques para a apresentação protocolar de cumprimentos, no dia 10 de Março de 1970. Para ver a fotografia com maior tamanho, prima na imagem duas vezes com o rato do seu computador.

Sobre o Eng. Arantes e Oliveira, diz um texto inserido na Wikipédia:

“Eduardo de Arantes e Oliveira (Tomar, 1907 – 1982) foi um engenheiro e político português.

Arantes e Oliveira realizou os estudos preparatórios de engenharia na Escola Politécnica de Lisboa, entrando depois para a Escola do Exército onde se formou em engenharia militar.

No âmbito da sua actividade profissional como engenheiro, Arantes e Oliveira realizou projetos de estruturas de betão armado, de hidráulica sanitária e de habitação. Foi um dos pioneiros da hidráulica sanitária em Portugal, tendo publicado a obra Os Esgotos de Lisboa, de cuja elaboração foi encarregado pela Câmara Municipal de Lisboa. No que se refere à habitação, foi um dos principais responsáveis pela concepção e planeamento do bairro de Alvalade, em Lisboa.

Arantes e Oliveira desempenhou a função de diretor do Serviço de Urbanização e Obras da Câmara Municipal de Lisboa até 1947. A 2 de abril de 1947, tomou posse como o primeiro diretor do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A 2 de abril de 1954, Salazar nomeou-o ministro das Obras Públicas, cargo que desempenhou até 12 de abril de 1967. A partir de 1967, desempenhou a função de presidente do Conselho Superior de Fomento Ultramarino.

Em 1970, foi nomeado Governador-Geral de Moçambique,[sucedendo a Baltazar Rebelo de Sousa] numa altura em que arranca o projeto da Barragem de Cahora Bassa. Mantém-se nesse cargo até 1972. Entretanto foi nomeado membro vitalício do Conselho de Estado.

Arantes e Oliveira era titular dos seguintes graus honorários e condecorações:

Doutor honoris-causa pela Universidade de Lisboa (Faculdade de Ciências);
Grã-cruz da Ordem de Cristo;
Grã-cruz da Ordem de Santiago da Espada;
Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique;
Grã-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil);
Grã-cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil).
Era cidadão Honorário de quase todos os municípios portugueses. O seu nome está ligado a uma das principais avenidas no município de Esposende.”

Create a free website or blog at WordPress.com.