THE DELAGOA BAY WORLD

04/02/2023

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

Vista parcial do Bazar de Lourenço Marques, anos 60.

27/05/2021

UM DIA NO BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagens retocadas, tiradas por Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

Uma cena quotidiana na parte traseira do Bazar de Lourenço Marques, anos 60.

Outra imagem.

22/05/2021

JUNTO AO BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, SEGUNDA METADE DOS ANOS 60

Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

Imagem tirada do parque de estacionamento na Praça Vasco da Gama, onde se situava o Bazar de Lourenço Marques (à direita deste ângulo), segunda metade da década de 1960. Os dois grandes edifícios em frente são, à direita, o futuro Hotel Turismo em construção na esquina da Av. da República com a Manuel de Arriaga, e à sua esquerda a delegação do Banco Nacional Ultramarino, ambos situados na Avenida da República (actual 25 de Setembro). O edifício mais baixo à esquerda é o antigo Bazar LM, actualmente um centro cultural brasileiro. Junto ao local de onde o Manuel tirou a fotografia, havia quase sempre um senhor que era fotógrafo de rua, que tirava fotos tipo passe e as revelava nuns baldes. Posteriormente, foi edificado na esquina deste parque e do Kiosk Olímpia o Prédio do BCCI, e o estacionamento ficou para esse prédio. Lamentável mas foi o que aconteceu.

12/05/2021

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 1960

Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.

A fachada frontal do Bazar de Lourenço Marques, início dos anos 60. Ao fundo, a fachada das Fábricas de Cervejas Reunidas.

02/05/2021

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, SEGUNDA METADE DOS ANOS 60

Imagem retocada, tirada por Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico. Do pouco que vi, é espantoso.

A Baixa de Lourenço Marques, parte que estava na Avenida da República, segunda metade da década de 1960. Em baixo em primeiro plano vê-se o telhado do Bazar e a seguir o telhado do Kiosk Olímpia,

04/04/2021

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1968

Imagens retocadas.

Desejo aos Exmos. Leitores cristãos uma Feliz Páscoa, fechadinhos em casa por causa da Pandemia.

Vista, presumo que fotografada em 1968 a partir do topo do Hotel Tamariz, de um dos quarteirões originais de quando Lourenço Marques era uma ilha e o epicentro da população muçulmana da urbanização original do que, quase subitamente, se tornou na capital da colónia portuguesa. Para além da então Rua Salazar, onde se pode ver a Mesquita Velha, vê-se parte da Rua da Gávea e a Travessa da Palmeira. À direita vê-se parte da Avenida da República (hoje, 25 de Setembro) do outro lado da qual está o Bazar Central.

A descer, Rua da Gávea, no meio a Travessa da Palmeira. E um mar de telhados de zinco e de telha vermelha. A grande mudança aqui ocorreu com a expansão da Mesquita, que apanhou o edifício da esquina, onde o Pai do Magid Osman e do Irmão (que eu conheci) teve durante anos e anos a Camisaria Bem-fica.

Mapa de 1929, indicando aproximadamene o que se vê na imagem de cima.

04/10/2020

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagens retocadas, as segunda e terceira imagens são ampliações da primeira imagem, do interior do Bazar.

 

1 de 5.

 

2 de 5.

 

3 de 5.

 

4 de 5.

 

5 de 5. O complexo que se pode ver atrás do Bazar é a Compagnie Generále d’Electricité de Lourenço Marques, que produzia electricidade para a Cidade.

06/08/2020

MULHER NA AVENIDA DA REPÚBLICA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem de Ricardo Rangel, retocada, agora parte de uma exposição em Maputo dedicada à mulher moçambicana.

 

Uma senhora, levando um bebé atrás, atravessa a Avenida da República em Lourenço Marques, levando consigo uma ovelha (acho eu), cedo de manhã, anos 60. Presumo que estivesse a caminho da Catembe. Atrás à direita, na esquina da Praça Vasco da Gama, onde se situa o Bazar, vê-se o Kiosk Olimpia, o último da Cidade, inacreditável e criminosamente demolido no final da década de 60 para ali implantar a sede do BCCI, que nunca foi inaugurada por causa da reviravolta com a independência (vinte anos mais tarde, viria a ser a sede do Banco Comercial de Moçambique e depois do Banco Internacional de Moçambique).

05/05/2020

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, PRIMEIRA DÉCADA DE 1900

Filed under: LM Bazar, LM Central Eléctrica — ABM @ 22:54

 

À direita,, o então novo Bazar de Lourenço Marques. Em primeiro plano, uma de duas torres edificadas a Poente da Praça Vasco da Gama. Mesmo atrás, a chaminé alta que se pode ver pertencia a uma central eléctrica a carvão que produzia electricidade para a Cidade.

16/09/2019

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES EM 1933

Imagem retocada.

 

A Baixa de Lourenço Marques em 1933, vista de Poente para Nascente. Em frente, o Bazar, ainda com um belo jardim ao lado. À sua direita a Avenida da República (hoje 25 de Setembro). Ao fundo, a Ponta Vermelha.

LOURENÇO MARQUES EM 1960 E EM 1887: UMA COMPARAÇÃO

Comparação feita por mim, a “olhómetro”.

 

A Baixa de Lourenço Marques cerca de 1960.

 

A- Definida pela linha cor de rosa, a antiga Enseada da Maxaquene, aterrada a partir de 1919; B – Definida pela linha a vermelho, a “ilha” que constituía o núcleo original da Cidade; C- Definido pela linha a verde, o Pântano que separava a “ilha” de (digamos) terra firme; 1- o aterro esteve quase intocado durante 40 anos, coberto por arvoredo; 2 – a antiga Câmara Municipal de Lourenço Marques em frente ao Desportivo, que originalmente ficava mesmo em frente à Praia da Câmara; 3- O Jardim Vasco da Gama, agora Tunduru, que tocava o Pântano a Sul; 4- O terreno na esquina da Avenida da República com a D. Luiz (hoje 25 Setembro com Samora Machel) onde ficava a estrada de acesso pelo Pântano ao núcleo original da Cidade; 5- O Presídio de Nossa Senhora da Concieção, que ficava directamente em frente à Baía; 6- A Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) originalmente Praça da Picota, o primeiro espaço público da Cidade; 7- A Avenida da República (hoje 25 de Setembro) coincide mais ou menos com a margem Sul do Pântano.

 

A Cidade em 1887. A verde azeitona, o Pântano. 

08/09/2019

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, PRIMEIRA DÉCADA DE 1900

Filed under: LM Baixa, LM Bazar, LM Igreja N S Conceição — ABM @ 18:57

Imagem retocada. 

 

A fachada frontal do Bazar de Lourenço Marques que ocupava o centro da então chamada Praça Vasco da Gama, pouco depois da sua inauguração em 1903. Ao fundo, vê-se a velha Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1885-1944) a Imaculada, onde hoje fica a sede do Rádio Clube. A bandeira hasteada é a da monarquia.

15/05/2019

A HISTÓRIA DO BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, CONTADA POR ANTÓNIO SOPA

O texto que segue é da autoria do grande António Sopa, aparece aqui e que foi editado por mim.

Sobre Carlos Augusto José Mendes, o arquitecto português (originário de Aveiro) que desenhou o edifício e que o Sopa esqueceu-se de mencionar (em baixo, ele refere que o projecto foi assinado por Fernando Maria Quintela), ler aqui.

O Bazar de Lourenço Marques.

História do Mercado Municipal Vasco da Gama em Lourenço Marques

Começou a falar-se na construção de um bazar para  Lourenço Marques ainda mal a povoação existia. A cidade era apenas uma visão grandiosa, esboçada no papel por vontade dos seus criadores. O percurso que levou à construção do mercado é um exemplo típico da pequena história local, onde sucessivas vereações camarárias, empenhadas em dotar a cidade de infraestruturas dignas, mas sem recursos próprios suficientes, tentaram encontrar soluções viáveis, confrontando o Governo central, em Lisboa, para que assegurasse os empréstimos necessários à sua concretização.

Interior.

A primeira notícia relacionada com a construção do mercado, ainda com carácter provisório, destinado a alojar os vendedores ambulantes de peixe, frutas e hortaliças, data de 1889, quando se pretendeu edificar a zinco um barracão, a sul da Avenida 25 de Agosto, onde se pensou erguer a Estação Naval. No entanto, os desenvolvimentos posteriores conduziram rapidamente à ideia de conceber um projeto definitivo, tendo sido apresentada uma proposta, em estrutura de ferro e aço, pelo Consultório de Engenharia Civil de Lisboa, no valor de 18.000$000 réis, a que deveria acrescer o seu assentamento, calculado em mais 6.000$000 réis, não havendo informação sobre qualquer decisão relativa a este processo. Decorridos cinco anos, em 1895, assiste-se a um confronto, entre João Evangelista Viana Rodrigues e Paulino António Fornazini, para a obtenção da concessão de construção e exploração do mercado, tendo o primeiro dos concorrentes chegado a propor à Câmara Municipal de Lourenço Marques uma licitação verbal com o segundo candidato que, entretanto, acabou por desistir.

Parte de trás.

Face à demora na resolução da questão, a Câmara regressou à proposta inicial de fazer levantar uma construção provisória, tendo aprovado a sua instalação na esquina das então Avenidas Dom Carlos e (?) (depois Avenidas da República e Manuel de Arriaga, actuais Avenidas 25 de Setembro e Karl Marx), mandado retirar os vendedores da Rua Revolução de Outubro que todas as manhãs era obstruída para que se realizasse ali o mercado. A nova estrutura foi inaugurada em 6 de setembro de 1896, tendo como fiscal o porteiro da Câmara, o Senhor Júlio Elizário Xavier de Oliveira. No mesmo mês, é apresentado um processo referente a um empréstimo, no valor de 100 contos, destinado às obras do mercado e do palácio municipal. Assim que o empréstimo foi aprovado, surgiram vários projetos mas sem consequências. Somente em 1899, perante o mau estado em que se encontrava o mercado provisório, se resolveu então construir um novo edifício que deveria preencher os seguintes requisitos: ser fundamentalmente em ferro e utilizar a madeira e outros materiais, não podendo exceder a quantia de 15 a 20 contos.

A fachada.

Em 4 de Julho de 1900, é feita a encomenda da estrutura pretendida à Fábrica Promitente de Lisboa e, simultaneamente, é dada autorização para se executarem as fundações bem como os trabalhos de canalização da obra. Perante as condições apresentadas por aquela empresa, a Câmara anula a encomenda e apresenta, por sua vez, as suas contrapropostas. Na verdade, em simultâneo, solicitava a elaboração de um projeto em alvenaria à repartição técnica municipal. O projecto, assinado por Fernando Maria Quintela, teve seguimento, tendo sido encomendadas na Bélgica as asnas para a cobertura. Entretanto, fez-se um aterro na zona antiga da Praça Vasco da Gama para nele se construir o mercado. Em 10 de julho, a empreitada é, finalmente, adjudicada a David de Carvalho, pela quantia de trinta contos de réis. A construção do mercado decorreu com normalidade, registando-se apenas a o facto de um movimento grevista que ocorria na Bélgica, por aquela altura, ter atrasado a entrega dos ferros do hangar, impedindo a conclusão da obra no prazo determinado. O empreiteiro fez um pedido de autorização para se construírem mais doze lojas nas empenas, tendo sido concedido. A instalação eléctrica foi realizada pela Compagnie Générale d’Electricité, que tinha uma central eléctrica mesmo atrás do futuro bazar, pelo valor de £ 147.

O Bazar visto de Poente, implantado na Praça Vasco da Gama. Inicialmente, a parte exposta nas traseiras era assim, mais tarde a sua área será duplicada. Ao fundo atrás, a chaminé e os edifícios da central eléctrica da Compagnie Génerále d’Electricité, de capitais franceses e concessionária do fornecimento de electricidade à Cidade. Em 2015, encontrei uma das placas a assinalar a Praça à entrada de um bar na Ponta Vermelha, cuja dona, de origem grega, não sabia a que dizia respeito. Enfim.

Já praticamente em cima do dia inaugural, o empresário Isaac J. Benoliel solicitou o arrendamento do mercado, pela quantia de 1:300$000 réis mensais, para o sublocar ao público. Em 19 de setembro, as 18 lojas do bazar foram arrematadas, tendo sido entregues a 6 talhos, 6 mercearias, 1 botequim, 3 frutarias e 2 padarias. A inauguração formal do novo espaço decorreu, com toda a solenidade, em 30 de setembro de 1903.

As primeiras tentativas no sentido da ampliação do mercado remontam a 1910, quando se pretendeu fechar todo o recinto, através de uma cobertura central, para abrigar os vendedores que se encontravam ao ar livre. A iniciativa foi retomada dois anos depois, a par com a ideia de construir um novo hangar. Apesar da empreitada ter sido publicamente anunciada, não foram apresentadas propostas para a nova obra, acabando por nunca se concretizarem. As obras realizadas posteriormente envolveram a construção de uma segunda fachada, virada para a Avenida Manuel de Arriaga (agora Karl Marx).

A partir da década de 1930, o então já considerado velho bazar começa a ser posto em causa. Inicialmente, as críticas prendiam-se apenas com a localização que, face ao desenvolvimento urbano, havia deixado de ser central; em 1937, era considerado pequeno e acanhado para responder às novas necessidades. Em razão disso, houve tentativa de realizar obras de melhoramento, no âmbito das Comemorações dos Centenários da Nacionalidade e da Independência, em 1940, onde se incluía a construção de dois frigoríficos. Pela primeira vez, ouvia-se falar na hipótese de construir um novo mercado no bairro da Malhangalene. Nos finais dos anos 40 e princípios da década seguinte, era opinião consensual afirmar que o mercado era uma relíquia pouco estética e pouco higiénica do passado, estando condenado ao desaparecimento.

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O Bazar pouco antes da Independência, foto de René Speur.

O projeto da almejada nova construção, que deveria situar-se em local acessível na parte alta da Cidade, chegou mesmo a ter verbas inscritas no orçamento. Mas permanecia uma questão central por resolver. O dilema consistia em decidir se se construiria um grande mercado central, devidamente apetrechado, acompanhado, na medidas das necessidades, por pequenos mercados de bairro ou grupos de bairros ou, se pelo contrário, se deveria apostar apenas em mercados do segundo tipo. Em 1963, no seguimento da discussão, deu-se como certa a construção de um novo edifício, num terreno localizado em plena baixa, compreendido pelas Avenidas actualmente designadas Fernão de Magalhães, Josina Machel, Karl Marx e Filipe Samuel Magaia, tendo sido deferido o empréstimo solicitado à Caixa Económica do Montepio de Moçambique.

O estudo do plano urbanístico para a zona do Mercado Municipal, assinado pelo arquiteto Alberto Soeiro, foi apresentado publicamente em 1969. A imprensa noticiava uma “verdadeira revolução”, já que a construção do novo mercado iria alterar radicalmente a configuração daquela praça. Nesse estudo foram avançadas uma série de soluções para vários problemas.

O Bazar na Baixa, anos 60.

No que diretamente dizia respeito ao mercado, foi colocada a hipótese de o substituir por um edifício, com uma estrutura moderna, erguida em altura, com uma apreciável área reservada ao comércio. Na proposta então aprovada, para além da área da zona de carga e descarga, com 1.830m2, coberta a meia cave, com capacidade para 73 automóveis, existiam ainda 963m2 livres para o comércio, ao nível da praça e da sobreloja, e 4.495 m2para mercado, nos primeiro e segundo pisos, compreendendo uma área total de 7.288 m2. Estes números ganham maior significado se soubermos que a superfície do atual mercado é de apenas 1.700 m2 de área coberta, a que acrescem 3.276 m2 de superfície descoberta, totalizando uma área de 4.976 m2.

O Bazar, desenho de Dana Michahelles, 1972.

Outro problema que ficava solucionado tinha a ver com o parqueamento automóvel, pensando-se construir um silo automóvel com sete pisos e capacidade para 950 automóveis. O aproveitamento da zona efetuar-se-ia com o encerramento da Avenida Filipe Samuel Magaia e a construção de três outros grandes imóveis. A demolição do velho quiosque Olímpia, na esquina das Avenidas 25 de Setembro e Karl Marx, e a posterior construção da sede da uma instituição bancária (o Banco de Crédito, Comercial e Industrial, ou BCCI), constituíram o início da transformação preconizada para aquela zona.

O Bazar. Em primeiro plano, o Kiosk Olympia. Na altura em que a foto foi tirada chamava-se Leão d’Ouro.

Em Outubro de 1998, já mais que vinte anos após a Independência de Moçambique, a Assembleia Municipal de Maputo cancelou o projeto da empresa Investec, um consórcio de bancos sul-africanos, que, aparentemente, pretendia retomar o plano urbanístico aprovado em 1969. Inicialmente favorecido pelo município, viria a ser preterido com base no argumento de que seria prejudicial aos interesses da edilidade. Reconsiderar-se-ia, desse modo, o programa anterior, com financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor de 20 milhões de francos franceses, para custear as despesas do plano-diretor de melhoramento dos 45 mercados da capital.

Em Junho de 2008, deu-se início à construção dum parque automóvel, uma parceria entre a municipalidade e uma empresa privada, com o objectivo de resolver o problema do estacionamento na baixa da Cidade. Com a implantação desta nova estrutura, que não deixou de criar polémica, a estrutura do mercado ficou praticamente sufocada, perdendo visibilidade para quem passa pela Avenida da República (hoje 25 de Setembro).

Em 2001, iniciaram-se as obras de reabilitação do edifício, a cargo da construtora Soares da Costa, sob a fiscalização da empresa Técnica Engenheiros e Construtores, tendo decorrido em três fases distintas, abrangendo a remodelação da parte frontal, do lado da Avenida da República (hoje 25 de Setembro); a parte traseira, compreendida pela Avenida Zedequias Manganhela; e a construção de lojas para quinquilharias, artesanato e cerca de 150 novas bancas para venda de hortaliças, fruta, flores e outro tipo de produtos, cujo custo final ficou avaliado em 116 milhões de meticais.

Os novos espaços foram inaugurados pelo Presidente do Conselho Municipal, David Simango, em Novembro de 2013.

O Bazar após a recuperação concluída em 2013.

 

 

29/04/2019

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1960

Imagem retocada.

 

Lourenço Marques em 1960, foto em zoom tirada a partir do Prédio Funchal. À esquerda, o Prédio Montepio (onde ficavam os escritórios da TAP). À direita, a torre da Sé Catedral. O telhado de zinco ao lado da torre é o Bazar na Baixa, visto de trás. Ao fundo em cima, a Catembe. Junto à Baía do lado Norte, os guindastres do Cais Gorjão.

21/04/2019

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1910

Filed under: Bazar LM, LM Bazar — ABM @ 22:30

Imagem retocada e colorida.

 

Três imagens do Bazar de Lourenço Marques.

18/04/2019

A AVENIDA DA REPÚBLICA EM LOURENÇO MARQUES, MEADOS DA DÉCADA DE 1950

Filed under: LM Av. da República, LM Bazar, LM Rua da Mesquita — ABM @ 20:30

 

A Avenida da República em frente ao Bazar e junto da esquina com a Rua Salazar (ou da Mesquita, etc) em Lourenço Marques, meados da década de 1950.

06/01/2019

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: LM Bazar — ABM @ 14:45

 

1 de 4

 

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26/08/2018

A PRAÇA VASCO DA GAMA E O EDIFÍCIO DO BCCI EM LOURENÇO MARQUES ANOS 60 A 90

 

 

O lado a Nascente da Praça Vasco da Gama, mais conhecido por no meio estar implantado o Bazar da Baixa da Cidade, tal como era até ao final da década de 60, quando a Câmara, por cretinice à prova de bala e provavelmente esquemas de imobiliário, primeiro ficou com o espaço do Kiosk Olímpia (do lado direito na esquina), o último da Cidade, e ali deixou que se construísse o mastodonte mais feio que já vi, tipo caixote, para servir de sede ao Banco de Crédito Comercial e Industrial, ou BCCI, e para escritórios. Mas Deus é Grande e castigou-os com a independência sob a Frelimo em 1974, que foi para o comunismo primário à Pol Pot e prontamente despachou quase todos os bancos (e brancos) e confiscou aquilo tudo antes de começarem os acabamentos (ver a terceira fotografia). Ainda me lembro de, em miúdo ir ao Bazar às 6 da manhã com o meu Pai e de estacionar ao pé daquelas palmeiras ao meio, fazer as compras e voltar para o carro a carregar o que pareciam toneladas de comida naqueles cestos de palha de ir ao mercado. Na esquina em cima havia um simpático velhote negro que tinha uma daquelas máquinas fotográficas antigas, de caixote de madeira com um pano preto atrás, que fazia, na hora, fotos do tipo passe. Ele era uma simpatia eu adorava vê-lo a trabalhar. Ele até tinha um pente e escova para pentear as pessoas antes de lhes captar a imagem.

 

A Praça Vasco da Gama, com o Kiosk Olímpia em primeiro plano na esquina e atrás o Bazar.

 

A ex-futura sede do BCCI, penso que mesmo antes da Independência, edificada mesmo por cima de onde ficava o velho Kiosk Olímpia, arrasando por completo a proporcionalidade e a harmonia estética da Praça e do Bazar. Em primeiro plano a parte de trás o Bazar e num canto em cima à direita vê-se parte do antigo Hotel Turismo. Com a cena toda do A Luta Continua, a obra parou em 1975, a economia deu um valente estoiro e aquilo ficou uns largos anos parado, até que um desses Parceiros da Cooperação (acho que chineses) acabou o edifício, que a seguir serviu de palco para uma fascinante obra de privatização, creio que em 1997, do braço comercial do Banco de Moçambique (criado em 1992) que passou a exercer apenas a função de banco central,  e que se chamou Banco Comercial de Moçambique, que por sua vez era controlado por António Carlos de Almeida Simões, um enigmático português (cuja empresa em 2016 devia 154 milhões de euros ao Novobanco), que prontamente o despachou para o Banco Mello em Portugal (por sua vez recentemente constituído a partir das cinzas da igualmente privatizada União de Bancos Portugueses) a quem devia umas massas valentes. Pelo meio o famoso Escândalo BCM, A seguir, por via da fusão do Banco Mello com o BCP em Portugal, o BCM “comprou” o Banco Internacional de Moçambique – e depois mudou o seu nome para BIM (a chamada fusão por incorporação). Como o accionista maioritário era o mesmo- o Banco do Senhor Engenheiro – era uma questão de detalhe.  O prédio serviu como sede do BIM até há poucos anos, quando esta instituição se mudou para um dos novos Edifícios JAT no Aterro da Maxaquene, mesmo ao lado de onde a Barreira da Maxaquene se desfez aquando do Ciclone Claude em 1966. A seguir o BIM pôs o edifício à venda e a última que ouvi é que tinha sido comprado por alguém. 

A AVENIDA PAIVA MANSO EM LOURENÇO MARQUES, VISTA DA AVENIDA DA REPÚBLICA, ANOS 1920

Fotografia copiada do Grande HoM (acho) e colorida por mim num momento de ócio acrescido.

 

Penso que esta imagem foi tirada a partir do velho edifício Bridler. À direita ficava a Praça Vasco da Gama, onde estava implantado o Bazar de Lourenço Marques, naquela altura ainda rodeado, a Poente, por um jardim, que se pode ver na fotografia, e ainda uma das “torres chinesas” que se pode ver ao fundo. O local no primeiro plano desta avenida apanha a ponta do primeiro aterro do pântano que separava a urbanização original da Povoação (e depois Vila) de Lourenço Marques com a encosta do Maé, que foi o primeiro aterro feito na futura Cidade. Só que, enquanto que o aterro, feito com terras tiradas da Encosta do maé, foram feitas adequadamente neste local, não foram feitos com o ângulo e a cotas adequadas do outro lado da Praça Vasco da Gama, no eixo da Avenida da República, até onde hoje ainda fica o Hotel Tivoli, que desde que foi feita inunda sempre que cai uma chuvada nesta zona.

13/10/2017

O PRIMEIRO BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, FINAL DO SÉC. XIX

Imagem de Joseph e Maurice Lazarus.

Não sei onde ficava, talvez o Rogério S já tenha descoberto. Mas precedeu o Bazar inaugurado em 1903 na Baixa da Cidade.

 

Pessoas à porta do primeiro bazar de Lourenço Marques. Este espaço precedue o Bazar inaugurado em 1903 na Praça Vaco da Gama na Baixa.

30/09/2017

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES E A PRAÇA VASCO DA GAMA, ANOS 1930

Filed under: LM Baixa, LM Bazar, LM Praça Vasco da Gama — ABM @ 21:48

Muita gente não sabe, ou não se lembra, que o local onde se situa o Bazar na Baixa se chamava Praça Vasco da Gama e que o local teve esse nome até 1975. E que de facto em redor do Bazar chegou a haver um lindo jardim, Penso que até aos anos 30.

 

O Bazar de Lourenço Marques e o jardim em redor.

01/09/2017

INTERIOR DO BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1910

Filed under: LM Bazar — ABM @ 01:09

 

O interior do Bazar de Lourenço Marques. Foi edificado em 1903 no centro de um praça chamada Vasco da Gama, algo que muitos desconhecem.

26/10/2013

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES E A AVENIDA DA REPÚBLICA, ANOS 1960

Fotografia de António José Silva Caetano, restaurada.

 

SSSSS

A Baixa de Lourenço Marques, anos 60. À esquerda vê-se o Bazar, a seguir o velho Kiok Olímpia em frente a Velha Mesquita, e a dominar a Avenida da República (actualmente, Avenida 25 de Setembro).

A PARTE BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960

 

 

Vista aérea da parte baixa de Lourenço Marques, anos 60.

Vista aérea da parte baixa de Lourenço Marques, anos 60. Em primeiro plano, do lado esquerdo vê-se a Avenida da República (actual Avenida 25 de Setembro) e o Bazar e mais à direita a Rua Consiglieri Pedroso e no meio a Velha Mesquita. Ao fundo vê-se o enorme eucaliptal ainda do tempo dos Aterrios dos anos 20.

10/06/2013

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: LM Baixa, LM Bazar — ABM @ 20:25

Imagem restaurada com base no postal.

O interior do Bazar de Lourenço Marques, uns anos após a sua inauguração em 1903. O Bazar está a acabar de ser restaurado e com sorte em breve poderá ser editada uma obra dedicada ao monumento.

O interior do Bazar de Lourenço Marques, uns anos após a sua inauguração em 1903. O Bazar está a acabar de ser restaurado e com sorte em breve poderá ser editada uma obra dedicada ao monumento.

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