Fui esta tarde informado pelo José Manuel Catarino Soares, que ontem, 17 de Abril de 2020, faleceu em Lisboa Manuela Félix, mulher de Romão Félix há 59 anos, que, de uma presença longa no entretenimento pré e pós independência, é mais recordado pela personagem cómica do Parafuso, supostamente o africano negro periurbano de Lourenço Marques que navegava entre os dois mundos e que arranhava mal o português. que ele criou penso que no final dos anos 50, e cuja mulher imaginada era a Josefina (ouvir em baixo Domingo à Tarde).
Se me recordo de ouvir falar, a figura criada por Romão Félix foi temporariamente banida da rádio durante anos, por alguns (do lado “colonialista”) acharem que poderia ser ofensiva para com os negros de Moçambique. E se calhar para alguns era. Mas uns anos depois regressou. Eu, que o ouvia quando criança, no início dos anos 70, achava piada mas tão só (isto para aqueles que fazem destas coisas teses de doutoramento). Mas marcou a cultura popular dos brancos no final da era colonial.
Ao Romão Félix apresento as minhas sentidas condolências e celebro a memória de sua mulher, com a reprodução de Domingo à Tarde, Parafuso em Lisboa e Relator de Futebol.
Domingo à Tarde
Parafuso em Lisboa, Parte 1 de 2
Parte 2 de 2
e ainda
THE DELAGOA BAY WORLD 