THE DELAGOA BAY WORLD

03/07/2019

O FACHO OLÍMPICO USADO NA INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO SALAZAR EM LOURENÇO MARQUES

Dedicado ao grande blog Big Slam.

Imagem retocada do então Presidente da República portuguesa, Almirante Américo Tomás, com atletas, a acender o facho olímpico que mais tarde figurou memoravelmente na inauguração solene do Estádio Salazar, em Lourenço Marques, a 30 de Junho de 1968, quando o Grande José Magalhães desfilou perante a audiência de 50 mil espectadores e com o mesmo facho acendido por Américo Tomás, acendeu a pira olímpica do novo recinto desportivo. A cerimónia do acendimento do facho decorreu durante as festas comemorativas do XI centenário da presúria de Portugale por Vímara Peres, que, creio aconteceu no Porto. Fonte: Arquivo Municipal do Porto.

Claro que isto tresandava a colonialismo e fascismo etc e tal. Mas na altura foi giro, presume-se. Eu tinha oito anos de idade mas só me lembro de ter ido de comboio para o estádio (entre a estção dos CFLM e um apeadeiro perto do estádio), da enorme confusão e pouco mais.

Nota histórica: em 868 AD, Vimara Peres, um nativo do Reino das Astúrias, foi elevado a primeiro Conde do Condado Portucalense, território então capturado (“presuriado”) aos muçulmanos locais e tornado num condado, uma unidade territorial e administrativa medieval, que era regida pelo conde e que por sua vez reconhecia a ascendência do rei – e que eram cristãos. Vimara Peres logo fundou um lugarejo de onde governava o seu Condado, a que chamou Vimaranis – que eventualmente se tornou na actual Cidade de Guimarães. Morreu em 873. Os seus descendentes seriam condes de Portucale até 1071, quando Nuno Mendes, o último conde, morreu numa batalha contra uns galegos.  Tudo isto bem antes de Afonso Henriques e os seus Pais.

Agora, o que tem Vimara Peres a ver com o estádio Salazar….pois. Não percebo.

 

Américo Tomás entrega a um atleta o facho que seria usado na inauguração do Estádio Salazar em Lourenço Marques, no outro lado do mundo.

 

José Magalhães entra e percorre o Estádio Salazar segurando o facho acendido por Américo Tomás, até subir à pira olímpica, que acende exactamente às 15 horas e 15 minutos daquele domingo, 30 de Junho de 1968. Imagino que, subsequentemente, o José nunca mais ouviu o fim da história da parte dos frelos que se seguiram – e que usaram o mesmo estádio – cujo nome foi mudado imediatamente – para proclamar a independência formal da colónia, sete anos mais tarde, no início do dia 25 de Junho de 1975.

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