THE DELAGOA BAY WORLD

05/04/2023

RECIBO DE ÁGUA E ELECTRICIDADE DOS SMAE DE LOURENÇO MARQUES, FEVEREIRO DE 1969

A primeira imagem retocada, gentilmente cedida po João Gamelas, amigo de infância, colega na Rebelo da Silva e vizinho na Rua dos Aviadores (hoje, Rua da Argélia). Ele hoje vive perto de Lisboa.

Recibo de 24 de Fevereiro de 1969 dos Serviçõs Municipalizados de Água e Electricidade de Lourenço Marques. Para a água, o aluguer de contador era de 6$00/mês e a água a 3$00 o metro cúbico. Para a electricidade, o aluguer do contador era de 6$00 e o quilowatt a 97 centavos. Sem Ivas nem taxas e taxinhas. Pressupondo que isto era para um mês, o consumo de água parece uma exorbitância – quase mil litros por dia – e a electricidade uma ninharia – 8 quilowatts por dia. Uma curiosidade: Elisabeth Gamelas foi professora na General Machado.
Numa altura em que quase ninguém sabia que já se usavam computadores (enfim básicos), muito menos em Moçambique, os SMAE já processavam as facturas de água e electricidade mediante o uso de um computador UNIVAC (precursora da Unysis) que tinha mais ou menos o aspecto da imagem em cima. Um vulgar Iphone actual deve ter milhares de vezes a capacidade de processamento e de armazenagem de dados de uma máquina destas.
Cópia de um relatório interno dos SMAE, indicando a produção, o consumo, as reservas, tudo em metros cúbicos e o índice de turbidez da água, em partes por milhão, entre os dias 9 e 23 de Fevereiro de 1955. A turbidez é um dos parâmetros de qualidade para avaliar as características físicas da água bruta e da água tratada.

08/03/2021

AUTO-COLANTE DA RODÉSIA, ANOS 1960

Filed under: Auto-colante da Rodésia 1960s, João Gamelas — ABM @ 22:52

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

A Rodésia, actualmente Zimbabué,  foi uma colónia criada pelo magnata britânico Cecil Rhodes, em território parcialmente reclamado por Portugal e (tal como a Niasalândia, hoje o Malawi, e a Rodésia do Norte, hoje a Zâmbia) declarado parte do império britânico após o episódio do Ultimato de 14 de Janeiro de 1890 (na realidade, uma mensagem enviada por telegrama). A cidade da Beira foi criada basicamente para servir como porto e acesso por via férrea a este território. A Rodésia distinguiu-se mais tarde por, em Novembro de 1965, declarar-se independente da Grã-Bretanha, os brancos excluindo os negros do poder, algo que a Grã-Bretanha disputou agressivamente. Forte na agricultura e pecuária, era um país muito bonito (eu nunca o visitei a não uma breve paragem no aeroporto de Salisbùria em …7 de Setembro de 1974) mas, sem mar, os rodesianos brancos no verão invadiam a costa entre a Beira e Inhambane.

 

Auto-colante da Rodésia. Penso que representa a flor da acácia mas não sei.

AS CASCATAS DA NAMAACHA, ANOS 1960

Imagens retocadas, gentilmente cedidas por MJBNMG.

 

1 de 2.

 

2 de 2.  À direita, estão os Avós do João com amigos.

Texto da Wikipédia, editado por mim:

A Namaacha é uma vila situada no extremo Sul de Moçambique, distante 76 km a oeste da capital moçambicana, num planalto da cordilheira dos Montes Libombos, junto às fronteiras da África do Sul e do Reino da Suazilândia (agora com o nome de Essuatíni), dispondo de um posto fronteiriço rodoviário com este último país. O seu nome deriva de Lomahacha, um antigo soberano da região. A então povoação foi elevada à categoria de vila em 20 de Abril de 1964.

No tempo colonial, era um lugar de lazer conhecido para os habitantes de Lourenço Marques. Alguns tinham lá casa. Actualmente, a sua população é de cerca de 10 mil habitantes. As actividades económicas mais importantes da Namaacha são o pequeno comércio e o turismo, sendo que tem a melhor água do mundo. O seus locais de interesse são:

  1. a Cascata;
  2. o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, inaugurado a 29 de Agosto de 1944 e onde a 13 de Maio de cada ano se realiza uma peregrinação (uma vez apanhei lá um resfriado monumental por causa do frio e da procissão a meio da noite);
  3. o Reino da Suazilândia.

 

07/03/2021

DESFILE MILITAR NA AVENIDA DA REPÚBLICA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

 

Tropa desfilando junto da esquina da Avenida da República com a Avenida Dom Luis I (actualmente Avenida 25 de Setembro com Marechal Samora Machel), anos 50. Aqui pode-se ver a Simal, a loja de Marta da Cruz e Tavares e, ao fundo a fachada da Fábrica Victória.

05/03/2021

LOGOTIPO DO MOTEL DO MAR NA PONTA DO OURO, ANOS 70

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

 

O Logotipo do Motel do Mar, que na altura era a única instalação hoteleira na Praia da Ponta do Ouro, no extremo Sul de Miçambique.

JOÃO E AMIGOS NO RESTAURANTE DA COSTA DO SOL EM LOURENÇO MARQUES, 1963

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

 

O cão era o filho da Diana, dois amigos ao centro e o Joáo à direita. No átrio exterior do Restaurante da Costa do Sol. que o Joáo chama “o Grego”, pois o restaurante pertencia à Família Petrakakis. No dia 2 de Dezembro de 1963, uma segunda-feira.

04/03/2021

ESCUTEIROS À PORTA DA IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada, gentilmente cedida por MJBNMG.

 

1. Imagem original.

 

Imagem legendada: 18 – João; 3- Mãe do João, a Professora Elezabeth Pereira; 2- Avô materno do João. Se o exmo. Leitor reconhecer mais alguém, por favor escreva para aqui.

02/03/2021

JOÃO E AS AMIGAS NA RUA DOS AVIADORES EM LOURENÇO MARQUES, 1965

Imagens retocadas, gentilmente cedidas por MJBNMG.

A primeira imagem tem a particularidade de ser a única fotografia que conheço que mostra a fachada da velha casa onde vivia com a minha Família e onde cresci na Polana. A casa seria demolida no final de 1972, tendo no mesmo local o dono edificado um edifício de 4 andares que foi prontamente nacionalizado quando a Frelimo tomou conta da situação. Mostra ainda as velhas árvores que pouco depois foram cortadas e no seu lugar plantadas novas árvores (que ainda se encontram na rua, agora chamada Rua da Argélia). Naquela altura, o meu mundo era vasto mas não se prolongava muito para além de uns quarteirões em volta desta rua.

João com as amigas Sandra Paula (sua vizinha do lado) e Paulinha (Botelho de Melo, minha Irmã mais nova) no que penso ser o carro da sua Mãe, na Rua dos Aviadores em Lourenço Marques, cerca de 1965. Ver as legendas em baixo. Hoje, o João vive perto de Lisboa, a Paula no Estado da Florida, EUA e a Sandra Paula presuminos que vive algures na África do Sul.

1. Parte da fachada da casa onde viviam os Avós maternos da Sandra Paula, os sul-africanos Cowling. Era talvez a casa mais bonita de toda a Rua dos Aviadores; 2- A fachada do Nº264 (hoje Nº267), onde eu vivia com os meus Pais e Irmãos. Na casa a seguir viveram os irmãos Parcídio, Jó e Janeca, os irmãos Sónia e Eduardo (Dado) Piccolo e, depois dos Piccolo se mudarem para o Bairro do Triunfo, os Rita-Ferreira (António Rita Ferreira, um grande académico de Moçambique e a mulher e os filhos Filipe, Reinaldo e (?) . O meu quarto na casa ficava onde se vêem as duas janelas com arcos.; 3- a carrinha Peugeot 404 dos meus Pais; 4- O Núcleo de Arte de Lourenço Marques; 5- Sandra Paula Cowling Soares; 6- Paula Botelho de Melo; 7- João.

O João e a minha Irmã Paula.

O João e a minha Irmã Paula, o homem atrás é o João Evangelista, um amigo dos Avós do João.

O João posa em frente à casa dos Avós maternos na esquina da Rua dos Aviadores com a Rua Fernandes Tomás (na outra esquina ficava um Instituto de Investigação qualquer a que chamávamos Instituto dos Macacos, pois tinha lá enormes jaulas com macacos). Ao lado, a casa onde vivia no rés-do-chão a Sandra Paula com os Pais e no 1º Andar o Comandante Fortuna da DETA.

28/02/2021

PUBLICIDADE DAS TINTAS PINTEX EM MOÇAMBIQUE, ANOS 60

Imagem retocada

Imagem de João Gamelas, gentilmente cedida.

Alguns dos Exmos. Leitores porventura se recordarão do fabuloso e popular anúncio musical das Tintas Pintex, feito com sotaque do Brasil e que até se cantava nas festas de carnaval em Lourenço Marques:

                                                   ANDANDO PELAS RUAS DA CIDADE

                                                   PUDE VER TANTAS CASAS TAO BELAS

                                               E OS PINTORES QUE AS CASAS PINTAVAM

                                               NA VARANDA ALEGREMENTE CANTAVAM

                                                              EU PINTO COM PINTEX

                                                                PINTEX É COLOSSAL

                                                PINTEX É A TINTA QUE NAO TEM IGUAL

Enfim, coisas que não se esquecem.

Marca das Tintas Pintex, comercializado em Moçambique.

Para ver um outro anúncio da Pintex, ver AQUI.

Note-se que a empresa ainda existe e opera em Moçambique, usando a mesma marca.

 

Marcas e fabricante.

 

Anúncio da Pintex de Março de 1974, colocado numa edição especial da revista Notícia, dedicada a Moçambique.

ANIVERSÁRIO DO JOÃO NO RESTAURANTE ZAMBI EM LOURENÇO MARQUES, 1967

Imagens retocadas.

O João foi meu amigo, meu vizinho na Rua dos Aviadores (onde viveu durante alguns anos com os Avós maternos) e meu colega na Escola Primária Rebelo da Silva, em Lourenço Marques. Cinquenta anos depois da Debandada de Moçambique, em que quase toda a gente perdeu o contacto com quase toda a gente, por mero acaso, encontrou-me por causa deste blogue. Em baixo, imagens que ele me enviou de uma festa de aniversário, penso que em Novembro de 1967.

Foto 1 – Os Avós do João, à direita, com um amigo, o Sr. Ferreira, (dono das duas Livrarias “Moderna”, ambas na Avenida da República) em frente ao Restaurante Zambi.

 

Foto 2 – Festa de anos do João no Zambi. Ver a mesma imagem legendada em baixo.

 

Foto 2 legendada – 1- Eu; 2- ?; 3- Gita ; 4- Paula Botelho de Melo, minha irmã; 5-?, 6- ?, 7- Sandra Paula Cowling Soares (que vivia com os pais na casa ao lado do João, por baixo do Comandante Fortuna e cujos avós maternos moravam numa bela casa ao lado da minha; 8-?; 9- Mãe do João, Elizabeth Pereira, que era professora de Português e Francês na General Machado; 10-?; 11-Luis; 12-?: 13-?; 14-?; 15- João – o aniversariante; 16-?; 17-?.  Quase todos moravam na Rua dos Aviadores.

 

Foto 3 – Outra imagem da festa de anos do João no Zambi. Ver a mesma imagem legendada em baixo.

 

Foto 3 legendada – 1- Eu; 2- Sandra Paula Cowling Soares, vizinha do lado, filha de Manuel António dos Santos Soares e de Valéria Cowling Soares. O Pai era o responsável do Departamento de Mecânica da DETA (ver desenho e assinatura dele em anexo do  livro de autógrafos em baixo); a Mãe dela era de origem sul-africana e os avós, Thelma e (?) eram meus vizinhos; em 1975 foram viver para a África do Sul; 3- ?; 4- ?; 5-?, 6- ?, 7- Elizabeth Pereira, Mãe do João; 8-João; 9- ?; 10-?; 11-?; 12-?: 13-?; 14-?; 15- Paula Botelho de Melo, minha Irmã; 16-Luis

 

Foto 4.

 

Foto 4 legendada – 1- ?; 2- Luis, que era irmão da Gita e que viviam na casa em frente à do João, na outra esquina da rua. A mãe era a Dª Laura Nunes Pereira que tinha uma asma grave e tinha umas crises que ficava internada vários dias no hospital; 3- ?; 4- ?; 5-?, 6- Lena, filha do Sr. Ferreira da Livraria Moderna e da Dª Teresa, 7- Penso que o Professor Trepa Torres da General Machado; 8-?; 9- ?; 10-?; 11-Padre Américo Montes Moreira. Foi meu professor de Religião e Moral na General Machado e uma pessoa absolutamente excepcional; 12-?: 13-?; 14-?; 15- ?; 16-?; 17-Manuel Soares, pai da Sandra, que trabalhava na DETA; 18-Avô do João; 19-?; 19-Eu; 20-?; 21-?: 22-?; 23-?; 24-João; 25-Mãe do João; 26-Paula Botelho de Melo: 27-Sr. Ferreira, dono da Livraria Moderna.

Na foto 4 estão lá mas faltam identificar:

1. A mulher do João Evangelista

2. Maria Teresa Ferreira, mulher do Sr. Ferreira, dono da Livraria Moderna

3. Professora Ernestina de Sousa e Silva, directora da Escola General Machado

 

Do livro de autógrafos do João, um desenho e uma nota com dedicatória do Pai da Sandra, Manuel Soares.

A PROFESSORA ELIZABETH PEREIRA DA ESCOLA GENERAL MACHADO EM LOURENÇO MARQUES

Imagem retocada.

Esta é para quem estudou na General Machado em Lourenço Marques.

Maria Elizabeth Nunes de Carvalho Pereira.

Maria Elizabeth Nunes de Carvalho Pereira nasceu em Eixo, uma freguesia de Aveiro, em 9 de Outubro de 1935. Casou com Mário Carlos Gomes de Mourão Gamelas (militar) em 7 de Dezembro de 1959 e foi viver para Lourenço Marques em Dezembro de 1959, onde, penso, já vivam os seus Pais.

É Mãe de Mário João Baptista Nunes de Mourão Gamelas, que nasceu na capital moçambicana no dia 8 de Novembro de 1961.

Foi Professora de português e francês na Escola General Joaquim José Machado entre 1961 e 1972.

Regressou à (então chamada) Metrópole em meados de 1972 e radicou-se em Lisboa, tendo prosseguido a sua carreira como professora, na Escola Padre Bartolomeu de Gusmão, na Rua da Bela Vista à Lapa (antes Escola Paula Vicente – secção da Lapa) até se reformar.

Vive em Lisboa, mais cocuana mas sempre a bombar.

17/12/2020

ANIVERSÁRIO DO JOÃO EM LOURENÇO MARQUES, 1966

Grato ao MJBNMG, imagem retocada e pintada por mim.

Momento durante a festa do 5º aniversário do Joãozinho na casa dos seus Avós na Rua dos Aviadores em Lourenço Marques, meados da década de 1960. O João era meu amigo, meu vizinho e colega na Escola Primária Rebelo da Silva. Ele hoje é médico em Lisboa, com filhos e netos.

O João apaga as velas enquanto eu, à direita, observo.
Para além do João, que apaga as velas: 1- ?; 2- Gita; 3- Jorge Ribeiro (filho do lendário Vitorino Ribeiro, o segundo enfermeiro mais famoso de LM); 4- ?, 5- ?. 6- ?, 7- Moi même, 8 – ?

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