Reclame da Loja das Ferragens Chila, algures em Moçambique, mostrando o pintor da Pintex. Ou o Mafarrico da Pintex, como lhe chamava o seu criador, o pai do João Santos Silva, a quem ando a ver se cravo umas coisas para mostrar neste blogue.
O ANÚNCIO CANTADO (sff usar sutáqchi brásilêro)
Passeando pelas ruas da cidade
Encontrei umas casas tão belas
E os pintores que as casas pintavam
Na varanda alegremente cantavam:
Eu pinto com Pintex
Pintex é colossal
Pintex é a tinta que não tem rival
(grato ao José Coelho que tinha este anúncio, que toda a gente conhecia em Moçambique antes da Independência)
Uma das medidas comerciais de maior sucesso da Pintex era a competição que patrocinava anualmente no seu stand na FACIM, durante a feira. Toda a gente queria participar e quem participava recebia um pequeno conjunto de tintas Pintex que, no meu caso, levava para casa e prontamente borrava tudo e mais alguma coisa….
Após várias metamorfoses, a Pintex ainda existe em Moçambique, com nova gestão. Grato à Fernanda Simões por disponibilizar a cópia deste anúncio de jornal.
O que aparece no canto da Pintex no Facebook. Acho piada àquela da “fuga dos antigos proprietários” em 1982. Seguido de nacionalização, que me cheira mais a confisco, seguido de privatização dos escombros aos actuais donos, presumivelmente. Enfim.
Para quem quiser entreter-se a ler o verdadeiro filme que foi em Moçambique o negócio das tintas depois da Independência, poderá ler o trabalho de Maria Antónia Rocha Fonseca Lopes, feito em 1989 na Universidade Eduardo Mondlane, intitulado “A Evolução da Indústria de Tintas em Moçambique: Os Seus Reflexos nas Tintas Berger e Pintex“, premindo AQUI.
A secção de preparação de tintas da Pintex, antes da “fuga” dos antigos proprietários.