O Luis Bulha, que tem um pós-doutoramento em numismática, enviou esta nota: “Não foi só em Lourenço Marques que apareceram essas notas (cédulas), mas em quase todas as principais cidades portuguesas de outrora…durante a grave crise económica que afectou Portugal no final da I Grande Guerra e, principalmente, nos anos que se seguiram, depois da referida Guerra, muitos cidadãos resolveram amealhar as moedas que se encontravam em circulação, visto que o valor do seu metal era superior ao próprio valor facial das moedas. Daí resultou, que houve uma falta significativa de moedas de valor facial mais baixo, pelo que, principalmente entre 1919 e 1922, várias instituições emitiram cédulas que vieram suprir essa escassez de trocos. Câmaras Municipais, Associações Comerciais e Industriais, Misericórdias, Mercearias, Papelarias, centenas de instituições,etc., emitiram essas cédulas, cujo valor variava, na sua maioria, entre um e vinte centavos. Basicamente era isto, num período bastante conturbado.”