Ruy Roque Gameiro concebeu a estátua que constitui ainda hoje o monumento a todos os que faleceram em Moçambique durante a I Guerra Mundial quando ainda tinha cerca de 25 anos de idade. Nascido em 1906, faleceria prematuramente, num acidente de viação, com 29 anos, em 18 de Agosto de 1935.
Para consultar um esboço biográfico deste notável artista, ler aqui.
Cito, com alguma edição, do artigo de Joana Leitão Barros: “Em 1931, Roque Gameiro cria dois monumentos aos mortos da Primeira Guerra Mundial, um para Abrantes e o outro para a Cidade de Lourenço Marques. O trabalho de Abrantes é o primeiro da escultura portuguesa a ser fundido em cimento. “A ele se devem, em parte (…) os primeiros arrojos, as primeiras oposições à estátua de «pirueta», de rendilhado (…) assim como a cenografia de apoteose plástica género «mágica», — e o seu primeiro trabalho nesse sentido foi o sólido, o arrogante e sentidamente nacional monumento aos mortos da Grande Guerra, em Abrantes (…)”, afirma, em 1946, José Amaro Júnior. A escultura de Lourenço Marques, projectada em colaboração com o arquiteto Veloso Reis, foi exposta na Avenida da Liberdade, em Lisboa, em 1934, e entregue à capital moçambicana no ano seguinte.”