THE DELAGOA BAY WORLD

24/06/2022

PLANO DE VILA TRIGO DE MORAIS, ANOS 50

A Vila Trigo de Morais, parte da obra apaixonada e algo faraónica, da iniciativa do Eng. António Trigo de Morais, é hoje chamada Chókwé. Fica situada no vasto Vale do Rio Limpopo, perto do rio, no epicentro de um grande complexo agrícola e numa zona considerada poder vir a ser um dos principais pólos agrícolas de Moçambique. Pretendeu ser ainda um experimento social, misturando agricultores europeus (maioritariamente açorianos, a maior parte analfabetos) com africanos locais, dando a ambos condições ímpares para o exercício da agricultura. O Eng. Trigo de Morais faleceria uns anos depois, sepultado junto à Barragem e consta que ainda hoje é respeitado por algum povo, pouco usual num país que ainda hoje rotineira e desportivamente demoniza tudo o que antecedeu a data mágica da tomada do poder pelos Libertadores. Naturalmente, o projecto desabou por completo quando a Frelimo tomou conta daquilo tudo em 1974. Posteriormente, houve tentativas de ali fazer alguma agricultura mas sem grandes sucessos. Entretanto a Vila ficou e hoje é uma municipalidade local de referência.

Parte do problema é que o Limpopo é um monstro caprichoso e difícil de controlar.

Ali perto, congeladas no tempo, estão umas palhotas onde os Machel viveram e onde penso que Samora nasceu no penúltimo dia de Setembro de 1933, uma espécie de museu ao ar livre (mas a família tem ao lado um considerávrel palacete à sul-africana que é onde ficam quando passam por lá), integrando a triangulação do chamado Frelimistão do Sul.

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