THE DELAGOA BAY WORLD

25/06/2022

A ESTAÇÃO DE INCÊNDIOS DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagem retocada.

No passado de Lourenço Marques, houve alguns traumas com o fogo. Em 1875, houve um violento incêndio que queimou quase metade da Vila, a tal ponto que as autoridades locais proibiram que, a partir daquele incidente, ali se construísse em madeira e muito menos que houvessem construções de caniço ou casas com telhados de palha dentro do seu perímetro (não conheço registos que indicassem quantas havia). Tinha que se construir os edifícios em alvernaria e os telhados tinham que ser feitos de telha ou zinco. A construção de palhotas foi proibida (agora interpretada como uma medida “racista” para afastar os nativos da urbe, os quais, possivelmente ralados, supostamente, afastaram-se e foram fundar a futura Mafalala e o Alto Maé). Uns anos depois, em Julho de 1902, houve um grande incêndio na zona das estâncias de madeira do porto da Cidade, mais ou menos onde hoje a Ponte de Maputo atravessa para a Catembe; cerca de 1909, um incêndio destruiu a cobertura do ringue de patinagem construído por Pietro e Giuseppe Buccellato, após o que, no mesmo local, viria a ser edificado o Teatro Varietá, inaugurado em Outubro de 1912 (e onde hoje se encontram o Teatro Gilberto Mendes, o antigo Dicca); e o incêndio que destruiu o original Teatro Gil Vicente (na noite de 7 de Novembro de 1931) e que ficava do lado direito de quem entrava na Rua Major Joaquim da Lapa. Pouco depois, seria construído e inaugurado um outro teatro com o mesmo nome, em estilo Art Deco, a meio da então Avenida Aguiar, depois D Luis e a actual Avenida Marechal Samora Machel.

Por essa razão, a Cidade desde cedo criou e manteve dispositivos de combate aos incêndios. Até meados dos anos 60, a estação principal situava-se onde hoje fica o Prédio 33 Andares, altura em que foi edificada um nova sede dos Bombeiros na Av. Pinheiro Chagas (hoje Avenida Dr. Eduardo Mondlane) em frente ao Cemitério de São Francisco Xavier.

A então Estação de Incêndios Nº1 de Lourenço Marques, cerca de 1905, com o seu aparato à porta..

29/03/2020

A ESTAÇÃO DOS BOMBEIROS DE LOURENÇO MARQUES, 1932 E 1965

Filed under: LM Bombeiros 1932 e 1965 — Etiquetas: — ABM @ 23:31

Imagens retocadas.

A estação dos Bombeiros de Lourenço Marques em 1932. Com uma parada das suas viaturas em frente.

 

Dezembro de 1965, quando se iniciou a demolição do complexo. No final dos anos 60, começou a obra da edificação do Prédio dos 33 andares, então o mais alto de Moçambique – e de Portugal. Se me recordo, na altura fiquei com a impressão que levou mais tempo a fazer as fundações que construir o edifício em si. E quando estava quase concluído, veio a independência e o edifício foi “nacionalizado”. Ponho entre aspas pois o imóvel realmente só passou para a posse do estado moçambicano em….2020.

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