THE DELAGOA BAY WORLD

18/03/2021

O KIOSK CENTRAL NA PRAÇA 7 DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES

Imagem retocada.

Os Sorgentini. italianos de origem, foram uma família que teve impacto na vida empresarial de Lourenço Marques, em duas fases. A primeira foi a dos Irmãos Sorgentini, que abriram negócios na Cidade – um hotel e o Kiosk referido em baixo, que ficava num canto da Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho), na esquina mesmo em frente à mais antiga casa feita de alvernaria na então pequena povoação (hoje a Casa Amarela) – o Kiosk Central.

Na altura, a Praça estava disposta de forma diferente, em três rectângulos.

Após a morte de um dos Sorgentini, a víuva de um deles, Aida Sorgentini, aproveitou um aluguer do então Hotel Cardoso, ficou com o negócio e nas décadas seguintes foi edificando o que é hoje o Hotel Cardoso, no topo das barreiras, encaixado entre a Polana e a Ponta Vermelha.

Para ler a história do Hotel Cardoso, ler aqui.

Anúncio do Kiosk Central na Praça 7 de Março. Atrás, pode-se ver parcialmente a fachada do que é hoje a Casa Amarela. Note-se na publicidade que na altura o Kiosk explorava também o bar do então original Teatro Gil Vicente, que ficava situado no lado da Rua da Lapa do Prédio Fonte Azul. e que ardeu em 1931, tendo o seu promotor e dono, Manuel Rodrigues, construído o ainda existente Cinema Gil Vicente na Avenida D. Luis I (actualmente, Avenida Marechal Samora Machel) em frente ao Jardim Vasco da Gama (hoje Tunduru), inaugurado em 1932.

12/05/2018

O MIRADOURO DE LISBOA E A PRAÇA 7 DE MARÇO EM lOURENÇO MARQUES, 1950

Grato ao Paulo Azevedo.

O Miradouro de Lisboa na Avenida dos Duques de Connaught em Lourenço Marques (actualmente Avenida Friedrich Engels, memorializando o pouco nefático inglês amigo e patrocinador de Karl Marx).

O longo processo de “monumentalização” da Baixa de Lourenço Marques na sua zona fundacional em redor da Praça 7 de Março (actualmente, designada como Praça 25 de Junho, memorializando a data que a Frelimo escolheu para formalizar a independência da colónia em relação a Portugal em 1975) a partir dos anos 40, e que arrancou com o projecto do Arquitecto Pancho Guedes para a criação dum núcleo museológico a partir das ruínas do antigo Presídio de Lourenço Marques, teve como consequência directa uma reconfiguração a meu ver algo infeliz no tecido social e comercial de então, pela gradual retirada do local de quase todos os restaurantes e kiosks que ali existiam e onde a população da cidade e visitantes conviviam. Mas as sucessivas vereações camarárias caminharam inexoravelmente nesse sentido, provocando, entre outras, a reacção que se pode ler em baixo, assinada por “Sócrates” e publicada no Lourenço Marques Guardian em 12 de Janeiro de 1950.

 

A Praça 7 de Março, durante a segunda década do Século XX, quando ainda se chamava Praça Mouzinho de Albuquerque. Era uma espécie de feira popular, cheia de restaurantes e kiosks, um coreto onde tocavam bandas aos sábados, dum lado o velho Teatro Gil Vicente, do outro o Varietá, hotéis, casinos, o porto e a estação de caminhos de ferro, uma considerável praça de táxis e quase todas as lojas da Cidade, tudo a menos de cinco minutos de distância a pé.

 

A Praça no início dos anos 1960, depois da Fase 1 da espectacular vassourada municipal. A seguir ainda viriam a descaracterização do edifício ainda chamado Casa Amarela, a alteração do que veio depois a ser a chancelaria da futura Universidade de Lourenço Marques, a demolição do Capitania Building (expondo a obra evocativa de Pancho Guedes) e, ao lado, a demolição do Varietá e da velha filial do Banco Nacional Ultramarino. Enfim.

 

O artigo de opinião publicado a 12 de Janeiro de 1950, reclamando a falta do convívio da antiga Praça 7 de Março e a necessidade de espaços alternativos para a Cidade. Numa profecia malograda, antecipava que, à falta de acomodação administrativa no Jardim Vasco da Gama (hoje Tunduru) o Miradouro de Lisboa seria uma alternativa para esse convívio, o que só parcialmente se concretizou. Muitas destas questões confrontam os actuais residentes, sendo que as actuais vereações em Maputo se têm entretido a “povoar” alegremente quase todos os espaços públicos de lazer da Cidade com restaurantes e lojas e lojinhas (para não mencionar a insólita implantação de nada menos que um balcão do Banco Standard em pleno Parque José Cabral, hoje designado “Parque dos Continuadores”, referindo-se não sei bem a quem) a meu ver destruindo quase por completo o seu propósito. 

04/03/2017

A RUA CONSIGLIERI PEDROSO EM LOURENÇO MARQUES, 1910

 

praca-mousinho-lm

A fotografia mostra onde a Rua Consiglieri Pedroso desemboca na Praça 7 de Março em Lourenço Marques, que se vê à esquerda, vendo-se o passeio e dois quiosques. A seguir ao quiosque mais distante pode-se ver a primeira construção de argamassa da Cidade, mais tarde a Casa Amarela e actualmente o Museu da Moeda. O segundo edifício à direita, com a varanda superior, na altura era o consulado britânico. Note-se neste postal a designação da Praça como “Praça Mousinho de Albuquerque”. Posteriormente a Praça alterou a designação para 7 de Março e após a Independência foi novamente alterado para Praça 25 de Junho.

09/09/2012

O CAFÉ NICOLA E A CASA AMARELA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960

Uma pequena rua da velha Lourenço Marques, anos 1960. À esquerda o Café Nicola, e à direita creio que é a antiga Casa Amarela, Vistas da Praça 7 de Março.

20/06/2012

A RUA CONSIGLIERI PEDROSO JUNTO DA PRAÇA SETE DE MARÇO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1900

Fotografia restaurada.

 

A Rua Consiglieri Pedroso junto da Praça 7 de Março (hoje 25 de Junho) em Lourenço Marques. O edifício directamente em frente é o actual Museu Nacional da Moeda (anteriormente Casa Amarela).

07/06/2012

A CASA AMARELA EM LOURENÇO MARQUES, 1975

Filed under: LM Casa Amarela — ABM @ 18:36

A Casa Amarela, já nos tempos em que fora convertida no museu nacional de numismática, após a Independência. Fica numa esquina da Rua Consiglieri Pedroso com a Praça 7 de Março (agora 25 de Junho). Anteriormente fora convertida num centro de exposições, muitas das quais visitei como parte dos “passeios dos tristes” aos sábados à noite.

27/03/2012

A CASA AMARELA EM LOURENÇO MARQUES 1787-2012

Filed under: LM Casa Amarela — ABM @ 01:16

Grato ao Paulo Pires Teixeira pela disponibilização de duas das fotografias em baixo exibidas.

Em meados dos anos 1920 aqui funcionava a Secretaria Geral do Governo. A casa pintada por mim com um daqueles programas de colorir (ando em testes). Este edifício, localizado na baixa de Maputo na esquina da Rua Consiglieri Pedroso (que me dizem ter mudado de designação para José Stovo ou coisa parecida - não sei quem é o senhor) mesmo em frente à sede do Banco Standard, já foi tudo. Hoje é o Museu Nacional da Moeda. Antes disso foi a Casa Amarela e era um centro de exposições.

 

Nos primórdios: aqui em 1886. Em frente ao edifício, a praça ainda era essencialmente mato.

 

O edifício durante grandes obras (foto tirada no dia 28 de Abril de 1970). A seguir viria a fase em que era um centro de exposições chamado Casa Amarela.

 

A Casa Amarela poucos depois da sua inaugurações após o enorme restauro de que foi alvo.

 

Só para chatear, pintaram a Casa Amarela de castanho. Só pode.

 

 

23/03/2012

A RUA CONSIGLIERI PEDROSO EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉCULO XX

A Rua Dom Luiz em Lourenço Marques, vista de nascente para poente. Mais tarde chamou-se Rua Consiglieri Pedroso. Não confundir com a "outra" Avenida D. Luiz neste blogue, que hoje é a Av. Samora Machel. Início do Séc. XX. À esquerda pode-se ver um "tramway". Se não me engano à esquerda fica a Praça 7 de Março (agora 25 de Junho) e aquele edifício na esquina é a Casa Amarela (hoje Museu Nacional da Moeda).

Site no WordPress.com.