Na próxima terça-feira, 17 de Dezembro de 2019, pelas18 horas, vai haver uma cerimónia a assinalar a publicação de uma obra sobre a Cidade moçambicana da Beira, intitulada, somente, “Beira”, da co-autoria de Augusto Nascimento, o moçambicano Aurélio Rocha e Eugénia Rodrigues.
A cerimónia, que é aberta ao público (incluindo os exmos. Leitores que se interessem) vai ter lugar no Anfiteatro 3 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (que fica algures ao pé do Campo Grande) e inclui uma apresentação pelo Doutor Pedro Aires Oliveira, um dos nossos craques em História, sobre o seu conteúdo.
Tanto há a aprender e ainda mais a dizer sobre a cidade moçambicana da Beira, criada cerca de 1890 no lado Norte da foz do Rio Pungué, mais ou menos a meio do que hoje é Moçambique, como sede da Companhia de Moçambique, uma das entidades majestáticas que fizeram o dúbio frete de trazer o colonialismo moderno à África Oriental Portuguesa e que durou uns cinquenta anos.
A Beira, inicialmente quase só britânica, centrava-ve em administrar e explorar o território que integrava a concessão da Cia. de Moçambique e a assegurar a ligação das Rodésias britânicas ao mar. Oito décadas mais tarde, cresceu e nos anos 70 era mais “portuguesa” e surge como a segunda cidade do nascente país. E desde então decorreram quase mais cinco décadas, em que a África negra entrou naquela espécie de reduto branco, entretanto virtualmente abandonada pelos anteriores residentes. Olhando para a Beira de hoje, o seu património e o seu passado, o que dizer? Do que penso que me apercebi de uma conversa com um dos co-autores, a obra agora a publicar faz um conjunto de reflexões sobre estas e outras temáticas, usando o presente da Cidade como referência.