THE DELAGOA BAY WORLD

12/05/2024

A POLANA EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 70

Imagem retocada.

A Polana, início da década de 1970.
A mesma imagem, que anotei, em que: 1- Hotel Cardoso; 2- Instituto de Investigação de qualquer coisa, na Rua dos Aviadores. Na rua chamávos àquilo Instituto dos Macacos, pois lá havia duas enormes jaulas com macacos; 3- Rua dos Aviadores (hoje da Argélia), nº264, onde cresci. É a única foto que conheço onde se vê o telhado de zinco da casa; 4- Museu Álvaro de Castro; 5- Casa Salm; 6- A Baixa da Cidade; 7- Liceu Salazar; 8- Terreno sem nada, em que uns anos depois de 75 se fez ali uma espécie de mercado tipo Xipamanine, que penso que ainda está lá; 9- Escola Comercial, novos edifícios.

29/04/2024

O VARIETÁ, O CINEMA DICCA E O ESTÚDIO 222 EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 70

Imagens retocadas.

O Dicca/Estúdio 222 foram construídos no mesmo terreno onde duante décadas esteve implantado o Teatro Varietá, que foi demolida cerca de 1967.

A fachada do Varietá na Rua Araújo, anos 60. À esquerda, uma viela que separava o cinema da então Universidade de Lourenço Marques, que passou a ser a Travessa do Varietá, em memória do venerando edifício. Também no lado esquerdo do Varietá funcionou durante alguns anos o Dancing Aquário, que com a demolição mudou de local.
O Dicca a Estúdio 222, cujas fachadas passaram para a Travessa do Varietá, ficando ainda um terreno livre na confrontação com a Rua Araújo, em mais um esquema imobiliário da altura que a Libertação deve ter estragado.
Bilhete de ingresso no Dicca, imagem de Rosália Manuel, retocada.
Bilhete de ingresso no Estúdio 222, imagem de Rosália Manuel, retocada.

12/02/2024

BARRABÁS E A DEMOLIÇÃO DO TEATRO VARIETÁ EM LOURENÇO MARQUES, 1967

Imagem retocada, da colecção de Suzana Abreu Barros, gentilmente cedida.

Esta história nem inventada.

No meu outro blogue, sobre desporto em Moçambique, num serão no passado fim de semana, tinha eu acabado de digitalizar um recorte de 21 de Abril de 1967 àcerca de umas provas de natação em Lourenço Marques, que faziam parte de um espesso maço emprestado pela nadadora Suzana Abreu (que o tinha recuperado há umas semanas dum caixote na sua arrecadação enquanto fazia umas limpezas).

Por mero acaso, virei o velho recorte (de há 57 anos), e, no verso reparei na foto que se vê em baixo, noticiando a demolição do então velho Teatro Varietá, na Rua Araújo (hoje de Bagamoyo).

O Varietá já meio demolido, Abril de 1967, foto tirada do edifício da Estatística ali ao lado. Já sem telhado, ainda se pode ver a parte da frente dos camarotes que ladeavam a sala e as paredes decoradas a Poente. Do lado direito, em frente à Rua Araújo, ficava a fachada frontal do edifício.

Até à sua demolição em meados de 1967, apesar da tenra idade (nasci em 1960), frequentei o venerando Teatro Varietá várias vezes. Na minha memória, era enorme, com uma decoração muito clássica, uma geografia esquisita (para ir ao quarto de banho perdia-me, por exemplo), muito escuro, mesmo quando tinha as luzes acesas, e no verão era um forno, pois não tinha ar-condicionado.

E lembro-me do último filme que ali assisti, por não ter percebido metade da história mas por ter ficado algo traumatizado pela sua considerável violência: o clássico Barrabás (em inglês, Barabbas, 1961, com Anthony Quinn). Na altura não percebi metade da história (ainda por cima o filme dura duas horas e um quarto) mas, para quem andou na catequese e prestou alguma atenção às matérias (que não era o meu caso), Barrabás era um pulha ladrão que por acaso vai dentro numa Jerusalém ocupada pelos romanos, precisamente na mesma altura que decorria a prisão e julgamento de Jesus Cristo. Basicamente ele é solto, enquanto Cristo é condenado, e depois, segue-se toda uma série de peripécias, retiradas não da Bíblia mas de uma novela redigida pelo escritor sueco Par Lagerkvist.

Enfim.

Nunca mais vi o filme, pois nos anos 60 levei com uma overdose de filmes épicos bíblicos que deu para duas vidas.

Entretanto o Varietá vai à vida em 1967 e é substituído pelo Dicca e o Estúdio 222. A seguir a Frelimo de braço no ar toma conta de Moçambique, eu saio de (ainda) Lourenço Marques, passam-se décadas de susto e depois das guerras e da re-distribuição do que havia e que havia antes sido nacionalizado, veio o empresário/político/artista Gilberto Mendes que, não sei bem como, ficou com aquilo e hoje está lá o que resta do Dicca que se chama Teatro Gilberto Mendes e que faz algum teatro (hoje só com a venda o terreno o Gilberto não tem que trabalhar outro dia na vida e penso que é o que vai acabar por acontecer). Enfim, digamos que é o progresso. Estas coisas acontecem.

Voltando à actualidade, depois de digitalizar a foto do recorte da Suzana em cima, fui para a cama, onde queria ver uns documentários no Youtube sobre as perpétuas peripécias do Trump, que são tantas que eu tenho que as seguir atentamente para não me perder. No computador portátil, ligo o Youtube, que me leva a uma página com os canais que costumo ver e com “sugestões”.

E o que é que me aparece na primera página? Um vídeo completo de “Barrabás”, o filme que eu vira no Varietá.

Totalmente inacreditável.

E que coloco aqui se o exmo. Leitor quiser ver.

07/01/2024

NO GABINETE DO COMANDANTE DA COMPANHIA DE TRÂNSITO DE MOÇAMBIQUE, 1970

Filed under: No gabinete do Comando Geral da PSP 1970 — ABM @ 13:54

Imagem colorida e retocada.

Eu no gabinete do Comandante Botelho de Melo na sede da PSP na Maxaquene, que liderou a primeira unidade do trânsito em Moçambique (fundada em 1968) – e meu Pai. Cerca de 1970. Atrás de mim, um mapa do Sul de Moçambique.

16/12/2023

A PISCINA DO DESPORTIVO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 70

Era um clube, mas ao mesmo tempo detinha e operava, praticamente sem custos para os atletas, quiçá a melhores instalações desportivas da capital moçambicana. A piscina, a primeira para lazer e prática de natação, salto e pólo aquático, construída no final dos anos 40 e inaugurada em 24 de Julho de 1949, usou uma engenharia especial proposta por um engenheiro alemão, “flutuava” sobre o solo, que ali tinha uma linha freática praticamente à superfície, resultando que, de outro modo, a piscina afundar-se-ia com o peso. Tinha 33.3 metros por 25 jardas, o comprimento a dimensão de uma piscina olímpica na altura, e uma parte funda com cerca de 4.5 metros, permitindo os saltos das suas pranchas com 3, 5 e 10 metros de altura. Num edifício do lado esquerdo, operava uma potente bomba, ligada a gigantescos filtros, que mantinham a água da piscina limpa (bem, de vez em quando aquilo descambava). A piscina tinha o nome formal de Paulino dos Santos Gil, então talvez o maior empresário de Moçambique, que contribuiu de forma expressiva para a sua construção.

O mesmo sucedeu com o campo de futebol, cuja construção foi uma história épica, que contei num artigo que escrevi aquando do centenário do Desportivo em 2021 e merece ser lido. Nas décadas de 1920 e 1930 o campo de futebol do Clube ficava situado directamente em frente à entrada principal, encaixado entre essa entrada (que não existia então) e a então Câmara Municipal da Cidade, que hoje é um tribunal. No final dos anos 30, a Câmara fez uma troca, em que o campo, que tinha bancadas de madeira do lado da Câmara Municipal, foi demolido e foi cedido um terreno a seguir ao campo do Sporting. Mas nada se fez até que o Benfica, com quem o Desportivo tinha uma afiliação, não só ganha o campeonato nacional como a Taça Latina, e é decidido fazer uma turnée que iria até Lourenço Marques. Para que os eventos na Cidade não se realizassem nos estádios do Sporting ou do Ferroviário, os sócios do Desportivo construiram um novo estádio em…. menos que oito semanas. O campo também tinha o nome de Paulino dos Santos Gil.

A piscina do Grupo Desportivo Lourenço Marques, anos 70.

Em frente à piscina, vê-se um edifício redondo, construído na década de 1940 antes da piscina. que, com a esplanada, coberta nos anos 60, permitia realizar eventos particulares e do clube, que permitiam angariar receitas para operar as suas instalações. Festas de fim do ano, passagens de filmes, festas de final do ano,carnaval, bingos, ocorriam ali. Do lado esquerdo, nos anos 50, foi construida uma piscina para crianças, composta por dois círculos interligados entre si. A meio, havia uma pequena carreira de tiro, que no meu tempo (anos 60 e 70 até 1975) não era assim tão utilizado, se bem que tinha uma secção activa. Esta piscina tinha o seu próprio sistema de filtragem de água. Mais à frente, junto à casa das máquinas, ficava o que foi originalmente um campo de hóquei, construída com velocidade vertiginosa quando os jogadores do Desportivo ganharam o campeonato do Mundo penso que no final dos anos 40 (quem me contou isto foi o Sr. José Craveirinha, sócio, depois conhecido pela sua poesia). Foi depois convertido para uso no basquet, depois de construído um novo estádio de hóquei na década de 1950 (na foto,do lado direito, vendo-se a bancada poente), que foi desenhado pelo Eng. Tomás Gouveia, um sócio e Pai das Irmãs Gouveia (João, Dulce, Anabela e Lídia). Ainda antes de 1975, esse espaço foi coberto e era usado também para a prática do basquet. A Norte deste estádio, havia uns campos de ténis que foram convertidos no final dos anos 60 para uso no mini-basquet.

Em 1971, ano do cinquentenário do Clube, os sócios projectaram criar um novo pavilhão desportivo, o maior que a Cidade teria, também desenhado pelo Eng. Tomás Gouveia. Até houve uma cerimónia de descerramento de uma “primeira pedra” no dia 23 de Maio desse ano. Felizmente, atrasou-se e acabou por nunca ser construído, pois digamos que a partir de 1974 as prioridades de quem veio a seguir passarm a ser outras.

Há duas semanas, foi conhecido um processo de falência, resultante da contracção de dívidas pelas sucessivas direcções, dando o seu património como garantia. O que prenuncia o fim do clube, após 102 anos de existência.

14/12/2023

A MORTE DO ANTIGO GRUPO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES

Imagem retocada e colorida. Post dedicado à grande nadadora do Desportivo, Dulce Gouveia, que ontem celebrou o seu 71º aniversário em Cascais e cujo Pai, o eng. Tomás Gouveia, gratuitamente, desenhou e dirigiu a construção, na década de 1950, do campo de basquet situado à direita de quem entra no Desportivo.

No meu blog “desportivo” The Delagoa Company, ontem, referi a publicação de um aviso judicial, há cerca de duas semanas, no Notícias de Maputo, indicando a falência do Grupo Desportivo de Maputo e a previsão da execução do seu património pelo Banco Comercial e Investimentos, SA (cujos accionistas são um instrumento da CGD e do BPI e terceiros da Insitec que nunca percebi quem são) e posterior venda, para ressarcir os seus credores.

O símbolo do Grupo Desportivo Lourenço Marques, 1921-1975.

A agonia final do Clube, fundado em 1921 com o nome do putativo e de outro modo anónimo navegador que andou por aquela zona há quinhentos anos, já era previsível nos últimos anos, por absoluta incompetência, incúria e quiçá má fé dos seus subsequentes dirigentes (um deles o advogado Michel Grispos, que discretamente vendeu o estádio de futebol do clube há menos que dez anos), uma massa associativa que obviamente estava a assobiar para o lado, e a contaminação do seu espaço com terceiros que ali fizeram um salão de festas/discoteca tipo Bollywood em Cuecas e tornaram a histórica piscina, inaugurada em 1949, num tanque para lavar os pés aos fins de semana. No fim, aposto cem Meticais que por detrás disto tudo estão interesses imobiliários, empresários “de sucesso” com rios de dinheiro cuja proveniência só eles e Deus sabem, que ali farão milhões com algum empreendimento imobiliário apetitoso.

Para criar mais uns ricos. Mais uns Florindos, que tanta falta fazem a Moçambique e aos moçambcanos.

Não descansaram enquanto não deram cabo daquilo e deliberadamente chuparam, a crédito e a prestações, pelos vistos, o valor e os recursos criados com muito sacrifício nas décadas de 1940 e 1950. Que o BCI, um banco detido maioritariamente por dois bancos com sede em Lisboa – um já é hespanhol – e supostamente com algumas credenciais lá na Praça (bem, mais ou menos) se predispusesse para fazer este frete, sabendo perfeitamente que a seguir iria ter que executar o clube para recuperar o que emprestou, é de bradar aos céus. Mas depois vem, como os outros bancos, carpir para a rua e encher as páginas dos pasquins àcerca da sua elevada responsabilidade social e da sua moçambicanidade. Pois.

E lá vão cem anos de tradição que era boa e sã tradição, ao ar. A não ser que se recorra à velha e desgastada cassette de que tudo o que foi feito antes de 1975 era para destruir.

Eu costumo pensar, e agora se torna verdadeiro, por exclusão de partes, que o Desportivo, que era os seus sócios e os seus descendentes, que fizeram o Clube, reside em Portugal e os seus membros almoçam juntos uma vez por ano na Linha do Estoril. Eu apenas guardo umas boas memórias e umas fotografias, só para lembrar como era.

O que ficou em Maputo era apenas um sítio, e pelos vistos muito mal frequentado.

Bom proveito para todos.

29/11/2023

ARTHUR BAYLY E O SACO DE DISCOS DA DISCOTECA BAYLY EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 70

Imagens retocadas.

Saco para discos LP (long play) da Discoteca Bayly, com dependências na Pinheiro Chagas e na Manuel de Arriaga em Lourenço Marques. Hoje já quase ninguém sabe o que era um LP.

As duas lojas faziam parte de Casa Bayly, com um passado ilustre na Cidade, fundada no fim do século XIX por A. W. Bayly, comerciante, proprietário de jornais e dono de publicações, incluindo vários postais.

Segundo um resumo de um descendente (e não só – ver as fontes em baixo), Arthur William Bayly era filho de William Bayly e a sua mulher Hannah (apelido de solteira Kitchner). Britânico, nasceu em 1855 e cresceu e foi educado em Southampton e em Londres, e emigrou para o que é hoje a África do Sul em 1879. Em 1883 ele casou-se com Mary Olive Hope Bodrick, com quem teve dois filhos e duas filhas. Pouco depois da descoberta de ouro em Barberton ele mudou-se para a pequena urbe perto de Nelspruit na então República do Transvaal (nome formal: República Sul-Africana) e em Abril de 1886 fundou o jornal The Barberton Herald and Mining Mail. Em Setembro de 1892 o seu jornal fundiu-se com o jornal Gold Field News, de que resultou o Gold Field News and Barberton Herald.

Em 1898 a sua empresa, A.W. Bayly & Co., abriu uma representação em Lourenço Marques e Bayly mudou-se para a pequena cidade colonial portuguesa. A sua empresa expandiu a sua actividade, vendendo discos, gramofones e partituras de música, livros, material de escritório, tipografia, mercadoria diversa. O General Directory of South Africa de 1908 refere ainda que Bayly fazia fotografia e comerciava sementes.

De facto, há notícia de ter existido uma loja de fotografia Bayly no Avenida Building, no mesmo espaço do estúdio dos Irmãos Lazarus, que cerca de 1908 mudaram-se para Lisboa. Wilberforce Bayly, que também veio de Barberton, e onde também tivera um estúdio de fotografia, era um dos irmãos mais novos de Arthur, no seu caso dez anos mais novo. Ele trabalhou durante anos com e para Arthur em Barberton, e foi ele em princípio que geriu o negócio da fotografia em Lourenço Marques durante uns anos, até ficar doente. Passou depois uns dois anos com a filha Esme em Toulon, na França, após o que voltou para a África do Sul. Morreu em Johannesburgo em 12 de Junho de 1944, com 79 anos de idade.

Para além do porto, do caminho de ferro e do crescente negócio com o Transvaal, em 1 de Dezembro de 1898, a título provisório, Lourenço Marques foi designada a capital de Moçambique (estatuto que se tornaria permanente a 23 de Maio de 1907, segundo o Boletim Oficial Nº26, de 1 de Julho de 1907). Isso significava que o Governador-Geral residiria na Cidade e toda a burocracia provincial cresceria aqui.

Em 1905 Bayly fundou o jornal Lourenço Marques Guardian (1905-1952), que substituiu o jornal diário Delagoa Gazette Shipping and Commercial Intelligence e mais tarde começou a publicar o anuário Delagoa Bay Directory, posteriormente o Anuário de Lourenço Marques, (1908-1947). Antes disso, logo após chegar, Bayly criou umas espécie de newsletter semanal em inglês, chamada The Lourenço Marques Advertiser, que ainda era imprimida em Barberton, onde estavam as máquinas tipográficas, e trazida para Lourenço Marques de comboio. Nestas actividades, Bayly foi tipógrafo, editor, publicitário e jornalista.

Entre a Praça 7 de Março ao lado da “Casa Amarela” (onde nos anos 60 surgiu o Café Nicola) e depois nos números 38-40 da Rua Consiglieri Pedroso (nº de telefone: 125) e na Avenida da República (hoje a 25 de Setembro), os Bayly mantiveram durante décadas lojas com a sua marca, A Casa Bayly, primeiro na esquina onde depois se fez o Hotel Turismo e depois na esquina com a avenida que dava acesso à Praça Mac-Mahon.

Isto para além das discotecas na Pinheiro Chagas e na Manuel de Arriaga.

Presumo que após a sua morte em Durban em Julho de 1915, com 60 anos de idade, o negócio foi continuado por familiares. Para além da mulher, Mabel, mas que morreu logo a seguir, também em Durban, em Outubro de 1917, Arthur tinha seis irmãos e ainda os filhos. Mas não sei.

Até a Frelimo chegar, havia uma rua na Polana com o seu nome. Imagino que já deve ter ido há muito tempo. Mas não faz mal. Arthur Bayly aqui fica recordado.

E uma curiosidade pessoal:

Capa de um disco LP, Hello Dolly! (1969) um dos primeiros que comprei (na vida e) na Casa Bayly depois de ver e adorar o filme no Scala em Lourenço Marques no início da década de 1970 (recebeu 3 Óscares da Academia). O álbum pode ser escutado premindo AQUI. As modernices de hoje permitem isto. Ainda tenho o disco original aqui em casa.
Barbra Streisand no seu melhor na cena principal do filme, em que canta no Restaurante Harmonia Gardens em Nova Iorque, no fim da qual canta o que então era um ídolo do jazz para mim, o superlativo Louis Armstrong. Para ver a segunda parte, premir AQUI.
O Scala, na Baixa de Lourenço Marques, uma janela para o mundo e para a imaginação e onde vi Hello Dolly! aí para 1970- com dez anos de idade, num camarote no balcão do lado direito. No intervalo, uma arrufada e uma Coca Cola na pastelaria ao lado. Digamos que….privilégios coloniais.

Fontes

https://terra-mae-amada-mozambique.blogspot.com/2020/08/edificios-na-do-do-seculo-era-o-preco.html

https://www.s2a3.org.za/bio/Biograph_final.php?serial=3409

https://www.myheritage.com.pt/names/arthur_bayly#

https://www.theheritageportal.co.za/article/where-there-was-gold-there-were-photographers-barberton-goldrush

26/11/2023

VIAJANDO PARA LOURENÇO MARQUES, 1958

Imagens coloridas e retocadas.

Açoreanos de São Miguel, uma das ilhas do Arquipélago situado a um terço do caminho entre Portugal Continental e a costa da América do Norte, os meus pais (por decisão do Pai) cedo saíram para…Macau, onde viveriam durante quase sete anos, após o que retornaram brevemente a São Miguel, para quase logo de seguida (mais uma vez por decisão do Pai), com quatro dos cinco filhos (a filha mais velha nunca sairia dos Açores – long story) viajaram no Moçambique para Lourenço Marques, onde chegariam em meados de 1958, a minha Mãe grávida do meu irmão Fernando, o primeiro a nascer em Moçambique (20 de Setembro desse ano) seguido por mim (30 de Janeiro de 1960) e mais tarde a minha irmã Paula (6 de Abril de 1962).

Em 1958 o meu Pai já conhecia Moçambique, pois passou lá umas semanas em 1950 enquanto a caminho de Macau, para recrutar nativos (na terminologia usada então) que integrariam as Tropas Landins posicionadas no pequeno enclave asiático e que ele, tenente, lideraria. Esta era uma coisa que se fazia então.

Havia muitos poucos açoreanos em Lourenço Marques e acho que se conheciam mutuamente, se bem que conto nos dedos de uma mão os que conheci. Para além do Victor Cruz, que trabalhava no Notícias, haviam as duas amigas da minha Mãe (Maiana e Conceição) que eram açoreanas e que passavam horas a conversar quando se visitavam. A Maiana era viúva e vivia num prédio na Baixa em frente à Cervejaria Nacional e a Conceição viveu primeiro numa casa no Bairro Militar atrás da Somershield e depois na Matola, quando a Matola parecia ser um exílio longínquo no outro lado do Mundo. A Mãe sempre foi uma pessoa reservada, ao contrário do meu Pai que sempre foi um homem do Mundo e dava-se literalmente com toda a gente, de todas as cores e proveniências e culturas – contexto que no tecido urbano moçambicano de então era comum. O meu Pai distinguia-se por aquele sotaque peculiar que se usava em Ponta Delgada, o que contrastava com tudo e todos, incluindo eu, que cresci a falar com o sotaque padrão continental que se falava na Cidade. Curiosamente, eu percebia perfeitamente o que os meus pais diziam, mas metade da Cidade notava esse sotaque e alguns tinham dificuldade em entender o meu Pai, o que tinha a sua piada.

Esta não era uma foto da minha família, que se pode ver do lado direito (a minha irmâ Lelé ao centro, a seguir o meu irmão Mesquita, atrás dele a minha Mãe, a seguir a Cló, e o Chico a dar a mão ao meu Pai). Na realidade, a foto foi-me enviada há pouco tempo por um membro da Família do lado esquerdo, que viajaram no Moçambique para Lourenço Marques (e pela qual estou grato) e cujo apelido perdi. Aqui, durante um exercício de segurança, vestindo coletes de salvação.
O Paquete Moçambique, em que viajaram em 1958. Até meados dos anos 60, a esmagadora maioria das pessoas e bens circulavam entre Portugal (ou a “Metrópole”) e Moçambique em navios como este. A viagem durava entre 3 e 4 semanas e dizem-me que até era agradável.

30/09/2023

OS B. DE MELO EM LOURENÇO MARQUES, MEADOS DE 1968

Filed under: A Rua dos Aviadores em LM, Os B de Melo em LM 1968 — ABM @ 12:21

Imagem retocada e colorida.

Foto tirada nas traseiras da casa alugada onde vivíamos na Rua dos Aviadores (hoje Rua da Argélia), Abril de 1968. Da esquerda: Nando, Mãe, Chico, Lelé, Cló, Avô Melo (de visita dos Açores, esta foto foi tirada no dia em que ele aterrou em LM), atrás Mesquita, Paulinha, eu e o Pai Melo, vestindo a farda de Comandante da Polícia de Trânsito de Moçambique, fundada nesse ano. O Chico, Mesquita e a Lelé estudavam na altura em colégios internos na África do Sul (Nelspruit, White River e Belfast) e viajaram até Moçambique para verem o Avô.

INAUGURAÇÃO DO LICEU ANTÓNIO ENNES EM LOURENÇO MARQUES, MAIO DE 1962

Imagem retocada e colorida.

Cerimónia inaugural no salão do Liceu António Ennes, Lourenço Marques, Maio de 1962.

22/08/2023

TRINITÁ, COM TERENCE HILL E BUD SPENCER, EM LOURENÇO MARQUES,1970

Imagem editada.

Foi dos filmes mais divertidos da minha juventude (tinha 10 anos de idade em 1970) e provavelmente o mais bem conseguido dos spaghetti westerns feitos naquela era, filmados com italianos em Espanha (!). Em baixo, a canção e o filme completo.

A capa do disco, editado em Lourenço Marques, 1970.
Vi-o mais que uma vez no Cinema Dicca em Lourenço Marques.
A canção.
O filme, completo.

15/08/2023

ENTRANDO EM CHANGARA, TETE, 1968

Imagem (toscamente) retocada e colorida..

O Tenente Botelho de Melo, nomeado penso que em Abril de 1968 Comandante da então nova Divisão de Trânsito (graduado em Adjunto do Comando Geral da PSP de Moçambique) fez uma longa volta por Moçambique que durou semanas. Nesta foto, que estava num estado miserável e que encontrei num dos álbuns de família, ele posa numa estrada de areia junto à placa que assinala a entrada no Distrito de Changara, que (fui ver no mapa) fica situado na Província de Tete, a Sul da Cidade de Tete. Eu tinha 8 anos de idade, portanto Pai em Changara, festa lá em casa em Lourenço Marques…

12/08/2023

FAMÍLIA B DE MELO NA RUA DOS AVIADORES EM LOURENÇO MARQUES, FINAL DOS ANOS 60

Filed under: Os B de Melo em LM 1968 — ABM @ 13:06

Imagem retocada e colorida.

Foto tirada à porta da casa onde viviam na altura, na Rua dos Aviadores, 264 (hoje Rua da Argélia, 267). Da esquerda: Paula (de costas em baixo), Mesquita, Chico, Mãe Melo, Cló e Nando. Atrás, a carrinha Peugeot da Família. Na realidade o Mesquita e o Chico estudavam em White River, na África do Sul, e estavam em Lourenço Marques de férias de final do ano, que na África do Sul era em Dezembro.

29/05/2023

O LICEU ANTÓNIO ENNES EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagens retocadas, dos arquivos do grupo dos antigos alunos do LAE.

1 de 4.
2 de 4.
3 de 4.
4 de 4. Por cima, o quartel militar e mais à direita na esquina com a 24 de Julho, a Escola Primária de Paiva Manso.

06/02/2023

O GRUPO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida.

O Desportivo, início da década de 1950. A estrada de acesso ao clube ainda era feita pela estrada em frente à antiga Câmara Municipal; a piscina dos Pequeninos ainda não tinha sido feita; o novo campo de hóquei ainda não tinha sido feito; à esquerda onde estão as árvores, o Sportng ainda não tinha edificado o campo de báquet coberto e mais abaixo podem-se ver parte das bancadas do seu campo de futebol.

10/09/2022

OS FINALISTAS DO LICEU ANTÓNIO ENNES EM LOURENÇO MARQUES, 1973

Imagem retocada e colorida copiada da página do Liceu no Feicebuke.

Apesar de viver apenas a um quarteirão do Liceu Salazar, a seguir à Rebelo da Silva e à General Machado, por as escolas estarem a abarrotar de estudantes, fui parar ao Liceu António Ennes no ano 1973-4, turno da tarde, e onde fiz apenas o primeiro ano do liceu (na altura, o 3º ano). Foi uma verdadeira aventura ir a correr para lá todos os dias – para mim o Alto-Maé parecia ficar literalmente no outro lado do mundo, onde só ia ao Cinema Infante na Pinheiro Chagas e mesmo assim – e depois ir a correr para a piscina do Desportivo na Baixa para os meus treinos de natação sob a tutela espartana do Sr. Eurico Perdigão.

Ter estado lá foi uma experiência assaz estranha. Pela primeira vez tive aulas numa turma mista, onde um dia vi a chefe de turma disparar subitamente para fora da sala, pingos de sangue a cair no chão, por causa do período, o que foi uma novidade que me foi explicada em detalhe clínico pelos meus colegas mais experientes. Tive o Professor João Boaventura na ginástica, onde, generoso, ele me dispensava dos exercícios físicos mas obrigava-me a ficar o tempo da aula a … jogar xadrez com ele. A Professora de inglês (foi o primeiro ano que tive aulas de inglês) estava a arrebentar de grávida e quando finalmente teve o bebé, a turma comprou rosas e fomos todos vê-la ao Dispensário de Santa Filomena num sábado de manhã. A Professora de português deu-me a única falta disciplinar que tive na vida, por, um dia, ao ela ter comentado, algo extemporaneamente, durante uma aula, que basicamente nós “em África” éramos todos uma cambada de incivilizados indisciplinados, eu ter dito à sôtôra que, se ela não gostava de estar em Moçambique, que sempre havia vôos diários da TAP para Lisboa. Fui logo para a rua com a tal de falta disciplinar. Pai Melo quando soube da história riu, perdoou e disse que fiz muito bem. A falta foi para a gaveta pois não queriam discutir com ele o que ela tinha dito e eu recusei-me a pedir desculpa à madame. Mais importante, ia chumbando a matemática (a única vez que tal me aconteceu na vida, por mero bloqueio mental, pois eu sempre fora craque a matemática e aritmética) e culpava a professora, que suspeitava que, para além de não explicar porra nenhuma durante as aulas e de ser feia com buço e de fumar nas aulas, fosse lésbica e odiava homens em geral e a mim em particular. Enfim, era a minha impressão. Mas – ao menos isso – fui salvo pelo golpe militar do 25 de Abril e toda aquela confusão que se seguiu. Assim, enquanto que Moçambique lá teve a sua independênciazita a martelo, eu alegremente passei de ano “administrativamente”, cortado a matemática. No ano seguinte, já em Coimbra, recuperei rapidamente e fui dos melhores do Liceu Infanta Dona Maria na mesma matéria.

E esta é a parte mencionável da minha experiência do Liceu António Ennes em Lourenço Marques em 1973.

Ia-me esquecendo de referir que logo a seguir ao Liceu, na parte de baixo, havia uma pastelaria numa esquina que vendia as melhores e mais frescas arrufadas do Planeta Terra. Custavam uma quinhenta cada uma.

Os 33 finalistas do Liceu António Ennes em Lourenço Marques posam para a posteridade, 1973. Os dois com a faixa são o Rei e a Rainha dos Finalistas.
A mesma imagem, indexada. Se conhecer alguèm, por favor mande para aqui uma mensagem com o nome.

10/07/2022

NADADORES DA ESCOLA DE NATAÇÃO DO GRUPO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES, 1957-58

Eternamente grato ao Mário Crespo (sim, “o” grande jornalista Mário Crespo). Imagem retocada.

Esta imagem será também reproduzida no meu blog de desporto de Moçambique, The Delagoa Bay Company, que convido o Exmo. Leitor que ainda não conhece e tenha interesse, em visitar.

Os nadadores da Escola de natação do Grupo Desportivo Lourenço Marques, 1957-1958. Em baixo, a imagem indexada.

A Imagem indexada, em que: 10- Chico Munhá; 14- Mário Crespo; 17- Tito Serras Simões; 33- Victor Fragoso Carvalho. Se o Exmo. Leitor conhecer alguma pessoa aqui, peço por favor que escreva uma nota para aqui.

06/07/2022

A CAPELA MILITAR EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 70

Filed under: LM - Capela Militar, Missa na Capela Militar de LM — ABM @ 17:09

Imagem retocada.

A Capela Militar ficava situada no extremo nascente do Bairro Militar em Lourenço Marques, junto à Somershield.

Na segunda metade da década de 1960 e até aos 12 anos, quis o destino que eu, que, literalmente, mas se calhar lamentavelmente, não tenha nem nunca tenha tido amigos imaginários, tivesse, por imposição parental, que frequentar muitas vezes a missa da sete horas da manhã aos domingos aqui, pois assim podíamos ir à praia do Dragão de Ouro ou à piscina do Desportivo em seguida, o que, decididamente, era um programa muitíssimo mais interessante. As mais burguesas Igrejas de Santo António da Polana ou a Sé Catedral, que eram as alternativas esporádicas, tinham missas às 8 e às 9, o que lixava completamente ir à praia ou para o Desportivo.

Portanto esse era o dúbio atractivo da pequena e esparsamente decorada capela militar.

Confesso que esta rotina domingueira familiar era para mim um verdadeiro suplício e pior ainda com o calor no verão, pois em dias quentes aquilo era um (vulgo) inferno escaldante. Uma vez a minha irmã Cló até desmaiou em plena missa, estatelando-se estrondosamente no chão numa daquelas fases da missa em que tínhamos que estar de pé. Ainda por cima havia lá um capelão militar daqueles severos que obviamente gostava muito de se ouvir e que quando chegava à parte da missa (católica, claro) em que pregava o sermão sobre um tema livre, ele subia ao púlpito e punha-se a berrar pelo que parecia uma eternidade, sobre assuntos mais ou menos exóticos, em que, invariavelmente, no final a conclusão, dramaticamente encenada, era sempre que a culpa de tudo o que estava errado com o mundo era absolutamente nossa porque nós nascemos pecadores incorrigíveis etc e tal. E portanto toca a confessar, a pedir perdão pelos pecados e a rezar à Entidade Superior De Tudo e Todos para que as portas do Céu se nos abrissem. O que, no meu caso, por maioria de razão, era um impossibilidade matemática.

Mas logo a seguir passávamos po casa, mudávamos da intragável roupa domingueira para um fato de banho e íamos para a piscina ou para a praia e logo (isso sim, milagrosamente) tudo se esquecia num ápice.

Até ao domingo seguinte.

Enfim.

Em primeiro plano, a Capela do Bairro Militar, entre a Somershield e a COOP.

14/09/2021

NO RESTAURANTE DA COSTA DO SOL, 2004

Com o Manuel (Manolis) Petrakakis no Restaurante da Costa do Sol em Maputo, 22 de Fevereiro de 2004, numa das (várias) vezes em que vivi na Cidade. Ambos netos de ilhéus (eu, Açores, ele, Creta) e criados na Cidade. Na altura o restaurante havia sido esplendidamente ressuscitado pelo grande Jorge e a mulher (que agora gerem o não menos mítico Zambi). O Manuel foi o último do Clã Petrakakis a deter o restaurante, que vendeu o espaço e os terrenos à volta pouco antes da verdadeira vassourada imobiliária que alterou completamente a zona (que daqui a 50 anos vai estar toda debaixo de água mas enfim). Dava-me muito bem com o Manny: sempre que eu ia lá almoçar ou jantar ao Restaurante da Costa do Sol, tipo inside joke, ele colocava no sistema de som do restaurante um CD do Frank Sinatra que começava com o New York, New York. O efeito era mágico. Consta-me que ele está bem e que anda cá e lá. África nunca sairá dele.

01/08/2021

NADADORES NOS JOGOS OLÍMPICOS EM MONTRÉÀL, 1976

Imagem retocada.

A equipa olímpica de natação que representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Montréàl, Julho de 1976. Da esquerda: eu, o Rui Abreu (ambos de Moçambique), José Gomes Pereira, Paulo Frishknecht e Henrique Vicêncio. Foto tirada junto da piscina olímpica de Montjuich, em Barcelona, pouco antes de viajarmos para o Canadá. Por estas alturas, há seis meses que eu sabia que nunca regressaria a Moçambique (ou seja, era oficialmente um “retornado”, tal como o Rui e as nossas famílias) e dentro de dias decidiria emigrar para os EUA.

EM CASA EM LOURENÇO MARQUES, 1972

Foto tirada pelo meu Pai.

Eu e o meu irmão Nando (ele vestido e sentado e eu de fato de banho como quase sempre) no nosso quarto em casa na Rua dos Aviadores em Lourenço Marques, final de 1972. Ele com 15 anos e eu quase com 13 anos. Pouco depois o Nando iria estudar para o Lowveld High School em Nelspruit.

NA RUA DOS AVIADORES EM LOURENÇO MARQUES, 1970

Foto tirada pelo meu Pai na casa que os meus Pais alugavam na Rua dos Aviadores junto ao Núcleo de Arte, uns anos antes de eu sair de Moçambique e umas boas décadas antes de ter tido a ideia peregrina de criar este blogue.

Foto tirada pelo meu Pai enquanto eu fazia os trabalhos de casa, 1970. O meu ritual diário era ir à escola (a Rebelo da Silva, na altura), depois fazer o trabalho de casa e a seguir ir a pé até à Baixa para treinar natação de competição na piscina do Desportivo.

23/06/2021

RUI ABREU, 1961-2021

Hoje faz 60 anos que Rui Abreu, o melhor nadador de Moçambique de todos os tempos e um dos melhores de Portugal, nasceu em Moatize, Tete. Seria em Lourenço Marques e, mais tarde, em Coimbra, que desenvolveu os seus talentos na natação.

O nome do Rui é o primeiro da lista dos portugueses (no nosso caso, com aspas) no mural dos participantes nos jogos da XXIª Olimpíada que existe junto do estádio olímpico de Montréàl, Quebéc, Canadá. O meu é o segundo.
No aeroporto de Lisboa, à partida para o Canadá, 1976: eu, Rui, Paulo.

22/05/2021

PAIS NO RESTAURANTE OCEÂNIA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

Os meus Pais a jantar no Restaurante Oceânia, que então funcionava no Pavilhão de Chá da Polana, junto ao Clube Naval. Penso qe a foto foi tirada por um daqueles fotógrafos que andavam pelos restaurantes a tirar fotos. Com sete filhos era raríssimo os meus pais saírem sozinhos para jantar fora.

17/12/2020

ANIVERSÁRIO DO JOÃO EM LOURENÇO MARQUES, 1966

Grato ao MJBNMG, imagem retocada e pintada por mim.

Momento durante a festa do 5º aniversário do Joãozinho na casa dos seus Avós na Rua dos Aviadores em Lourenço Marques, meados da década de 1960. O João era meu amigo, meu vizinho e colega na Escola Primária Rebelo da Silva. Ele hoje é médico em Lisboa, com filhos e netos.

O João apaga as velas enquanto eu, à direita, observo.
Para além do João, que apaga as velas: 1- ?; 2- Gita; 3- Jorge Ribeiro (filho do lendário Vitorino Ribeiro, o segundo enfermeiro mais famoso de LM); 4- ?, 5- ?. 6- ?, 7- Moi même, 8 – ?

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