THE DELAGOA BAY WORLD

04/04/2021

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, 1968

Imagens retocadas.

Desejo aos Exmos. Leitores cristãos uma Feliz Páscoa, fechadinhos em casa por causa da Pandemia.

Vista, presumo que fotografada em 1968 a partir do topo do Hotel Tamariz, de um dos quarteirões originais de quando Lourenço Marques era uma ilha e o epicentro da população muçulmana da urbanização original do que, quase subitamente, se tornou na capital da colónia portuguesa. Para além da então Rua Salazar, onde se pode ver a Mesquita Velha, vê-se parte da Rua da Gávea e a Travessa da Palmeira. À direita vê-se parte da Avenida da República (hoje, 25 de Setembro) do outro lado da qual está o Bazar Central.

A descer, Rua da Gávea, no meio a Travessa da Palmeira. E um mar de telhados de zinco e de telha vermelha. A grande mudança aqui ocorreu com a expansão da Mesquita, que apanhou o edifício da esquina, onde o Pai do Magid Osman e do Irmão (que eu conheci) teve durante anos e anos a Camisaria Bem-fica.

Mapa de 1929, indicando aproximadamene o que se vê na imagem de cima.

26/08/2018

A PRAÇA VASCO DA GAMA E O EDIFÍCIO DO BCCI EM LOURENÇO MARQUES ANOS 60 A 90

 

 

O lado a Nascente da Praça Vasco da Gama, mais conhecido por no meio estar implantado o Bazar da Baixa da Cidade, tal como era até ao final da década de 60, quando a Câmara, por cretinice à prova de bala e provavelmente esquemas de imobiliário, primeiro ficou com o espaço do Kiosk Olímpia (do lado direito na esquina), o último da Cidade, e ali deixou que se construísse o mastodonte mais feio que já vi, tipo caixote, para servir de sede ao Banco de Crédito Comercial e Industrial, ou BCCI, e para escritórios. Mas Deus é Grande e castigou-os com a independência sob a Frelimo em 1974, que foi para o comunismo primário à Pol Pot e prontamente despachou quase todos os bancos (e brancos) e confiscou aquilo tudo antes de começarem os acabamentos (ver a terceira fotografia). Ainda me lembro de, em miúdo ir ao Bazar às 6 da manhã com o meu Pai e de estacionar ao pé daquelas palmeiras ao meio, fazer as compras e voltar para o carro a carregar o que pareciam toneladas de comida naqueles cestos de palha de ir ao mercado. Na esquina em cima havia um simpático velhote negro que tinha uma daquelas máquinas fotográficas antigas, de caixote de madeira com um pano preto atrás, que fazia, na hora, fotos do tipo passe. Ele era uma simpatia eu adorava vê-lo a trabalhar. Ele até tinha um pente e escova para pentear as pessoas antes de lhes captar a imagem.

 

A Praça Vasco da Gama, com o Kiosk Olímpia em primeiro plano na esquina e atrás o Bazar.

 

A ex-futura sede do BCCI, penso que mesmo antes da Independência, edificada mesmo por cima de onde ficava o velho Kiosk Olímpia, arrasando por completo a proporcionalidade e a harmonia estética da Praça e do Bazar. Em primeiro plano a parte de trás o Bazar e num canto em cima à direita vê-se parte do antigo Hotel Turismo. Com a cena toda do A Luta Continua, a obra parou em 1975, a economia deu um valente estoiro e aquilo ficou uns largos anos parado, até que um desses Parceiros da Cooperação (acho que chineses) acabou o edifício, que a seguir serviu de palco para uma fascinante obra de privatização, creio que em 1997, do braço comercial do Banco de Moçambique (criado em 1992) que passou a exercer apenas a função de banco central,  e que se chamou Banco Comercial de Moçambique, que por sua vez era controlado por António Carlos de Almeida Simões, um enigmático português (cuja empresa em 2016 devia 154 milhões de euros ao Novobanco), que prontamente o despachou para o Banco Mello em Portugal (por sua vez recentemente constituído a partir das cinzas da igualmente privatizada União de Bancos Portugueses) a quem devia umas massas valentes. Pelo meio o famoso Escândalo BCM, A seguir, por via da fusão do Banco Mello com o BCP em Portugal, o BCM “comprou” o Banco Internacional de Moçambique – e depois mudou o seu nome para BIM (a chamada fusão por incorporação). Como o accionista maioritário era o mesmo- o Banco do Senhor Engenheiro – era uma questão de detalhe.  O prédio serviu como sede do BIM até há poucos anos, quando esta instituição se mudou para um dos novos Edifícios JAT no Aterro da Maxaquene, mesmo ao lado de onde a Barreira da Maxaquene se desfez aquando do Ciclone Claude em 1966. A seguir o BIM pôs o edifício à venda e a última que ouvi é que tinha sido comprado por alguém. 

A AVENIDA PAIVA MANSO EM LOURENÇO MARQUES, VISTA DA AVENIDA DA REPÚBLICA, ANOS 1920

Fotografia copiada do Grande HoM (acho) e colorida por mim num momento de ócio acrescido.

 

Penso que esta imagem foi tirada a partir do velho edifício Bridler. À direita ficava a Praça Vasco da Gama, onde estava implantado o Bazar de Lourenço Marques, naquela altura ainda rodeado, a Poente, por um jardim, que se pode ver na fotografia, e ainda uma das “torres chinesas” que se pode ver ao fundo. O local no primeiro plano desta avenida apanha a ponta do primeiro aterro do pântano que separava a urbanização original da Povoação (e depois Vila) de Lourenço Marques com a encosta do Maé, que foi o primeiro aterro feito na futura Cidade. Só que, enquanto que o aterro, feito com terras tiradas da Encosta do maé, foram feitas adequadamente neste local, não foram feitos com o ângulo e a cotas adequadas do outro lado da Praça Vasco da Gama, no eixo da Avenida da República, até onde hoje ainda fica o Hotel Tivoli, que desde que foi feita inunda sempre que cai uma chuvada nesta zona.

30/09/2017

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES E A PRAÇA VASCO DA GAMA, ANOS 1930

Filed under: LM Baixa, LM Bazar, LM Praça Vasco da Gama — ABM @ 21:48

Muita gente não sabe, ou não se lembra, que o local onde se situa o Bazar na Baixa se chamava Praça Vasco da Gama e que o local teve esse nome até 1975. E que de facto em redor do Bazar chegou a haver um lindo jardim, Penso que até aos anos 30.

 

O Bazar de Lourenço Marques e o jardim em redor.

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