Imagens retocadas.
Ricardo Chibanga (8 de Novembro de 1942 – 16 de Abril de 2019) foi uma espécie de Eusébio da tauromaquia.
A Wikipédia resume o seu percurso (editado por mim):
Ricardo Chibanga nasceu na Mafalala, um bairro modesto de Lourenço Marques. Ele é um amigo de infância de Eusébio. Desde criança mostrou paixão pelas touradas, e visitava regularmente a Praça de Touros Minumental, que ficava mesmo ao lado de onde vivia. Em 1962, mudou-se para Portugal como assistente de um famoso toureiro. Primeiro, ele completou seu serviço militar, sendo depois o seu enorme talento como toureiro reconhecido em treinos na Golegã e Badajoz.
Tendo passado pela Escola de Toureio de Coruche, dos irmãos António e Manuel Cipriano «Badajoz», e pela Escola da Golegã, sob orientação de Patrício Cecílio, Chibanga apresentou-se em praças como a Praça de Touros de Viana do Castelo em Viana do Castelo, e a Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, antes de rumar a Espanha.
Em Espanha — onde poderia exercer em pleno a função de matador, precisamente por não existir a proibição legal de matar o touro diante do público, tal como sucede em França e na América Latina — o primeiro toureiro de raça negra forjou-se como matador de sucesso, apresentando-se em praças tão importantes como a Real Maestranza de Sevilha ou Las Ventas, Madrid; bem como nas principais praças de França, como a Arena de Nimes ou o Coliseu de Arles.
Em outros países foi aclamado: no México, Reino Unido, Venezuela, Canadá, Estados Unidos, Indonésia, China, Angola e na sua terra natal, Moçambique. Várias celebridades o viram e admiraram como espectadores, incluindo Pablo Picasso, Salvador Dalí, Orson Welles e Christiaan Barnard, o mundialmente famoso cirurgião cardíaco.
Passou 20 anos a tourear, baseando a sua carreira em Portugal, Espanha e França.
Após o fim da sua carreira mudou-se para a Golegã, uma pequena localidade no Oeste português, onde viria a falecer, e onde, em sua homenagem, foi dado o seu nome a uma rua local.
Em 2 de março de 2019 sofreu em sua casa um acidente vascular cerebral. Morreu a 16 de abril de 2019, em sua casa na Golegã, na sequência desse AVC, depois de um período de internamento no Hospital de Torres Novas.