THE DELAGOA BAY WORLD

17/09/2022

O FILME “O ZÉ DO BURRO” EM LOURENÇO MARQUES, 1971

Imagem retocada.

Eu vi este filme no Cinema Dicca em Lourenço Marques, pouco depois da sua pomposa estreia no dia 27 de Julho de 1971. Tinha 11 anos portanto e só fui porque aquilo foi-me vendido como uma comédia tipo filme do Cantinflas, mas feito localmente. Claro que fui mais do que enganado. Apesar da tenra idade, eu não era exactamente mentecapto e se bem que não estava dentro das tricas todas da guerra lá no Norte de Moçambique – que nem sequer era bem descrita como tal lá em casa e à minha volta (era mais uns turras que inexplicavelmente andavam a chatear não sabia bem porquê) – até um mentecapto encartado perceberia logo a peça de pseudo propaganda barata que aquilo era, uma espécie de acção psico-social em versão cinematográfica para enganar patego, disfarçada de comédia. Não sei quem é que em Lourenço Marques não percebeu a chachada que aquilo era. E que nem sequer achei assim tão engraçada como isso, os meus padrões então já elevados estratosfericamente por filmes como Trinitá, Cantinflas. Franco Franci e Tchitchio Engracia, Charlot, a Pantera Cor de Rosa, Pamplinas, etc etc etc. Para não falar de 2001 Uma Odisseia no Espaço.

Só menciono isto porque outro dia – aí sim – ri-me discreta mas vigorosamente, a ler um longo e insípido texto académico de um idiota qualquer que é professor doutorado e pesquisador de assuntos de história africana duma universidade qualquer pouco sonante, um desses que nunca conheceu nem sequer suspeita o que foi era colonial mas que por ser daquela esquerda politicamente correcta, de ter tirado uns cursozitos e lido uns livritos e depois ter ido passar três meses a Maputo, e engolido a versão “libertadora” dos factos, acha que sabe mais do que nós todos juntos. No seu paper, ele disseca e analisa detalhadamente o filme, no contexto do colonialismo português, da guerra, da opressão, da libertação e do raio que o parta. A análise pareceu-me tão senão mais ridícula, mas certamente bem mais divertida, que as cenas do Zé do Burro e o Cacilhas, a tentar vender a “missão civilizadora” e a converter um “turra” num parolo português.

Uma cena de “O Zé do Burro”, filme de Eurico Ferreira, com José Bandeira no papel do Zé do Burro e um burro com o papel do Burro Cacilhas.

16/10/2013

O PESSOAL DO CASINO COSTA NA RUA ARAÚJO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1940

Fotografia de Carla Botelho Pinhal, restaurada.

O pessoal do Casino Costa posa à porta do estabelecimento na Rua Araújo em Lourenço Marques, anos 1940. Ao centro, o Sr. Costa, proprietário do Casino. O Avô da Carla é o 4º da esquerda, na fila de trás.

O pessoal do Casino Costa posa à porta do estabelecimento na Rua Araújo em Lourenço Marques, anos 1940. Ao centro, o Sr. Costa, proprietário do Casino. O Avô da Carla, José Botelho,  é o 4º da esquerda, na fila de trás. Na fila do meio, 4º a contar da direita, o José Bandeira. Se reconhecer alguma pessoa nesta fotografia, por favor envie uma nota para aqui.

16/05/2013

ROMÃO FÉLIX E JOSÉ BANDEIRA NO RÁDIO CLUBE DE MOÇAMBIQUE, ANOS 1950

Fotografia de Romão Félix, restaurada.

 

Romão Félix actuando no papel de Parafuso,

Romão Félix actuando no papel de Parafuso, uma paródia do moçambicano negro suburbano, num programa de variedades do Rádio Clube de Moçambique. À sua direita está José Bandeira. Eles estão no Auditório do Rádio Clube de Moçambique em Lourenço Marques.

Create a free website or blog at WordPress.com.