THE DELAGOA BAY WORLD

25/04/2019

RUA PRINCIPAL DA VILA DO IBO, INÍCIO DO SÉCULO XX

Filed under: Vila do Ibo nas Quirimbas — ABM @ 21:06

Imagem retocada.

A Vila do Ibo fica situada na ilha com o mesmo nome, parte do Arquipélago das Quirimbas, um conjunto de cerca de 50 ilhas coralinas, a maior parte pequenas, que se espalha numa área que se prolonga em cerca de 200 kms ao longo da costa Norte de Moçambique, desde a foz do Rio Rovuma até uns 50 kms a Norte da Cidade nortenha de Pemba (anteriormente, Porto Amélia). É hoje um parque nacional, protegido por legislação.

Ali ao lado, estão, sob o mar, os billions and billions de gás natural.

Em todo o território que é hoje Moçambique, o Ibo teve uma ocupação portuguesa só comparável à Ilha de Moçambique, sendo a sua importância histórica (a meu ver) comparável à da ilha que deu o nome ao país mas mais comercial que administrativa e militar – se bem que uma linha num texto da Wikipédia refere que terá sido capital da colónia nalgum ponto do seu percurso . A ilha em si é muito maior que a Ilha de Moçambique: tem cerca de dez kms de comprimento e cinco kms de largura máxima.

Nunca lá fui. Dizem-me que a Ilha do Ibo é linda de morrer e que as suas gentes (hoje vivem lá cerca de 4 mil pessoas, essencialmente da pesca e do pequeno comércio) são de uma hospitalidade assinalável. Há algum turismo – boa gente, boa comida, boas praias, um calor de derreter – mas é fortemente condicionado pelo custo demasiadamente elevado de uma deslocação ao local. Uma boa parte do património edificado pelas sucessivas gerações que viveram no local, durante quase 500 anos, está (muito) degradada ou foi alvo de restauros avulsos digamos que pouco condicentes com a traça original. A sua história está quase irremediavelmente perdida, a escrita e a oral. Mas do mal o menos, algumas das lacunas podem-se corrigir, havendo vontade e algum dinheiro.

À altura em que escrevo estas linhas, deverá estar a passar por aquela zona o Ciclone Kenneth.

A rua principal na Vila do Ibo, início do Século XX. Tinha o nome da rainha portuguesa Dona Maria Pia de Sabóia, filha do primeiro rei de Itália e mulher do Rei D. Luiz I (que elevou Lourenço Marques a Vila e depois a Cidade) e que foram pais do penúltimo monarca português, D. Carlos I.

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