Imagem retocada. Louis Léome Hily é estudado no excelente e inovador estudo de Paulo Azevedo, recentemente publicado, sendo um dos pioneiros da fotografia urbana de Lourenço Marques.
27/06/2021
26/06/2021
CASA NA AV. AFONSO DE ALBUQUERQUE EM LOURENÇO MARQUES, 1967
Imagem retocada, dos arquivos nacionais de Moçambique.
MALUDA, POR MALUDA, ANOS 70
Imagens retocadas, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
25/06/2021
O FORTE DE SÃO CAETANO DE SOFALA, INÍCIO DO SÉC. XX
Imagem retocada, postal de G. Barth, Beira, início do Século XX.
Zarina Matsinhes escreveu o seguinte sobre este monumento (editado por mim), que, por estúpido desleixo, já praticamente não existe:
O Forte de Sofala (ou mais corretamente, Forte de São Caetano de Sofala) era uma fortaleza localizada em Sofala, uma povoação costeira da actual Província de Sofala em Moçambique. A fortaleza foi mandada construir em 1505 pela coroa portuguesa, sendo a primeira fortificação de Portugal na costa oriental africana.
O forte apresentava planta quadrada, com muralhas de 22 metros de extensão, e baluartes de planta circular nos vértices. Do lado voltado para o mar, erguia-se a torre de menagem que se comunicava com a residência do capitão do forte. No vão da dita torre havia uma cisterna de grandes dimensões que fornecia água para toda a guarnição aí instalada. Pelo lado de terra, erguia-se os edifícios destinadas à feitoria. A povoação dispersava-se fora dos muros do forte.
A principal razão para a criação do forte naquele local foi o facto de ter sido identificado pelos portugueses como o porto de saída do ouro minerado na região. Ali aportavam numerosos mercadores muçulmanos para recolher o ouro que trocavam por tecidos provenientes da Índia. Ao construir aí um forte, os portugueses passavam a controlar este comércio extremamente lucrativo.
A responsabilidade pela construção do forte foi atribuída a Pêro de Anaia, que em 18 de maio de 1505 partiu de Lisboa com seis naus especificamente com esse objetivo. Chegado a Sofala, Anaia fez alguns acordos com um chefe local e deu início à construção do forte em 25 de setembro de 1505. O local escolhido para a sua edificação foi um pequeno promontório, baixo e arenoso, junto à barra e acessível ao fundeadouro. Construída inicialmente em madeira, foi sendo substituída a partir de 1507 por estruturas em pedra (incluindo as muralhas e a torre principal), mais seguras e resistentes. Dada a escassez de materiais na região, foi necessário trazê-los de locais mais distantes e até mesmo da metrópole.
Apesar da importância que lhe foi atribuída inicialmente, a manutenção desta estrutura veio a revelar-se muito cara para os benefícios que proporcionava, tendo mesmo chegado a ser arrendada a particulares. No século XVII, Sofala perdera já muita da sua importância em favor da ilha de Moçambique, que dispunha de um melhor porto e se encontrava muito melhor posicionada para atender ao comércio do vale do rio Zambeze, principal eixo de penetração para o interior do continente desde o século XV e ainda o suporte à rota marítima entre Portugal e a Índia e o Extremo Oriente. Esta perda de importância levou ao seu gradual abandono e à falta de manutenção. No século XIX já muitas das suas estruturas tinham desaparecido ou encontravam-se em estado de ruína.
Em 1900 parte da muralha entrou em derrocada e em 1903 é a vez da torre de menagem ruir parcialmente, vindo a ruir totalmente pouco depois. Em 1905, após a derrocada da torre, o Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar autorizou a entrega da fortaleza à Companhia de Moçambique, com a condição de que fosse conservada como monumento histórico. Contudo, e face aos elevados custos, o forte nunca seria recuperado, tendo grande parte das pedras usadas na sua construção levadas para a cidade da Beira e para outras cidades para a construção de edifícios.
Actualmente, o pouco que resta do forte está submerso, podendo ser visto em parte durante a maré baixa.
DIOGO E PEDRO BRINCAM NA PRAIA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
A PRAÇA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE, ANOS 60
magem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
Segundo o relógio a Sé Catedral, esta imagem foi tirada às 4:50 da manhã, donde presumo foi durante o verão, quando amanhece pouco depois das 4 da manhã e ajuda a justificar não se ver quase ninguém.
24/06/2021
O HOTEL DA INHACA, 1970
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
FERNANDO CABRAL, ANOS 60
Imagem retocada, do Museu Nacional de História Natural em Washington, DC, EUA.
Acho que o Fernando Cabral, cuja imagem segue em baixo, era irmão do Augusto Cabral do Museu Álvaro de Castro e conheci-o pois viveu durante uns anos mesmo em frente à minha casa na Rua dos Aviadores em Lourenço Marques (hoje Rua da Argélia), ao lado da casa dos donos do Lopes & Baptista. Era de poucas palavras, reservado e severo. Tinha três filhos e eu dava-me com o Zé Pedro, um deles. Brincávamos na rua invariavelmente descalços e mal vestidos. Com ele, visitei muitas vezes o Museu e o atelier do Pai, que ficava situado atrás do espaço público do Museu, do outro lado de onde esteve durante muitos anos o atelier da Reinata. Cheio de bichos empalhados e com um cheiro esquisito de químicos misturados com sal. Era no quintal da casa dele que havia a melhor mangueira de Lourenço Marques, que dava daquelas mangas pontiagudas e roxas e verdes por fora e amarelo-torrado por dentro quando maduras. Infelizmente, tinha também um jacaré no quintal, sempre a fingir que estava a dormir, o que tornava algo desafiante para mim ir lá apanhar mangas (não que fosse impeditivo. Comi as mangas que quis. O jacaré bem tentou mas nunca me apanhou). No jardim à frente, tinha uma pequena gazela a que chamávamos Bambi. Um dia no final dos anos 60 mudou de casa e nunca mais o vi. Até hoje. Creio que foram para Portugal mas não sei.
ESTRADA PERTO DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
23/06/2021
FUTEBOL DE PRAIA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
A IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA POLANA EM LOURENÇO MARQUES, FINAL DA DÉCADA DE 1960
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
RUI ABREU, 1961-2021
Hoje faz 60 anos que Rui Abreu, o melhor nadador de Moçambique de todos os tempos e um dos melhores de Portugal, nasceu em Moatize, Tete. Seria em Lourenço Marques e, mais tarde, em Coimbra, que desenvolveu os seus talentos na natação.
20/06/2021
A FACOBOL EM LOURENÇO MARQUES
Imagens retocadas.
Esta é uma achega. A Facobol iniciou a sua actividade em 1942, a sigla abreviando a sua designação – Fábrica Colonial de Borracha. Ainda existe no mesmo local, 79 anos mais tarde, tendo, em razão de o termo “Colonial” ter sido alterado logo após a independência, para “Continental”, um truque esperto para manter a sigla. Desde o seu início, a estrutura laboral da empresa espelhava o que era normal na altura e penso que ainda é: uma larga força laboral mais oiu menos indiferenciada, maioritariamente africana, que recebia pouco e meia dúzia de trabalhadores especializados e gestores, maioritariamente portugueses, que auferiam salários muito mais altos. Refiro isto porque li que este tema foi tópico das habituais críticas logo após 1975 e que foi outra das causas da épica debandada dos brancos de Moçambique no curto período que antecedeu a declaração formal de que Moçambique passaria de ditadura colonial para ditadura comunista. Mas não sei no que deu isto, sendo que, por esta altura, já houve mais que tempo para “moçambicanar” esta e outras empresas. Mais ou menos.
O Livro de Ouro de Moçambique, abundantemente copiado e circulado na internet, e que é basicamente um simpático auto-elogio do que existia na altura, descreve assim a empresa nos anos 60:
Mas um pequeno texto que apanhei na revista norte-americana Trade Weekly de 26 de Junho de 1943 diz um pouco mais sobre as origens da empresa em 1942. Estava-se em plena II Guerra Mundial e na altura a borracha ainda era primariamente feita a partir da seiva da árvore da borracha. Devido à guerra e à enorme perturbação dos mercados mundiais, a carência de borracha era mais do que muita e pelos vistos uns empresários portugueses tiveram a iniciativa de montar uma fábrica de equipamentos feitos de borracha natural. Veio o equipamento de Portugal e montou-se um esquema de recolha da seiva das árvores. E havia muitas árvores da borracha na zona de Inhambane e, refere o artigo, milhões de árvores da borracha em Manica e Sofala ainda por explorar. Em 1943 tinha 62 empregados, 8 dos quais vindos de Portugal e produzia câmaras de ar para biciletas e automóveis e ainda borrachas para recauchutar pneus:
Apesar de no início da década de 1940 já haverem variados tipos de borracha sintética (ver aqui um curto artigo sobre o surgimento da borracha sintética), o esforço de guerra consumia praticamente toda a borracha sintética e a natural, pelo que suponho que a operação em Moçambique, relativamente sofisticada, fazia sentido em termos de substituir as importações que se haviam esfumado e assim manter a economia local a funcionar. Foi após o final da guerra que a borracha sintética se tornou comum e disponível nos mercados internacionais.
MACHIMBOMBOS EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50
Imagem retocada e colorida a partir de digitalizações dos arquivos nacionais de Moçambique.
16/06/2021
LOURENÇO MARQUES, VISTA AÉREA, MEADOS DA DÉCADA DE 1960
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
IRMÃO E SOBRINHOS DO RÉGULO MAURA, 1889
Imagem retocada e pintada, dos arquivos nacionais de Portugal.
Sobre Manuel Romão Pereira
Romão Pereira, digamos que um fotógrafo tardio, é algo de uma referência nas imagens de Moçambique, especialmente por estar onde estava quando estava, e por dois trabalhos que fez. Um arquivo português descreve assim o seu percurso:
Manoel Joaquim Romão Pereira nasceu a 1 de junho de 1815, na aldeia de S. B. Messines e morreu em agosto de 1894. Filho de José Romão e Silvestra Maria, casou com Maria Júlia Pereira, em Messines, em 1849 e, após 12 anos de viuvez, casou com Maria Marcelina Pereira. Na aldeia de Messines nasceram todos os seus dez filhos, sete do primeiro casamento e três do segundo. Era proprietário e lavrador de profissão mas também, foi negociante e lojista. Começou por se interessar pela fotografia no momento em que foi fotografado na Mina de São Domingos pelo fotógrafo suiço Eduard Knopfli. Foi membro da Sociedade de Geografia de Lisboa
Em 1877, com 62 anos de idade, mudou-se para Cabo Verde, como escriturário do Governo Geral. Pouco depois mudou-se para Moçambique, fixando residência em Lourenço Marques, onde viveu durante largos anos. Aí, começou a dedicar-se mais à atividade de desenhista/ilustrador e fotógrafo, montado a sua residência e atelier, o Atelier Portuguez de Photographia, conhecida pelos locais como a casa do photographo Pereira. Inicialmente, funcionava junto ao antigo Presídio e depois mudou-se para a frente do Hospital.
Da sua atividade como fotógrafo conhecem-se encomendas do Governo português, como a reportagem da construção do Caminho de Ferro de Moçambique, obra iniciada em 1886.
Em 1888, por proposta sua, foi encarregado, pelo então ministro e conselheiro Frederico Ressano Garcia, de chefiar uma “expedição fotográfica” de toda a colónia de Moçambique “até onde se encontrasse vestígios da presença portuguesa”, tarefa que executou entre 1889 e 1891.
Parte do resultado desta expedição foi mostrado, no Porto, nas Comemorações do V Centenário nascimento do Infante D. Henrique, em março de 1894, no Palácio de Cristal, com cerca de 300 imagens.
Postumamente – Manuel Romão Pereira morreu em agosto de 1894 com 79 anos de idade – foi também exposto na “Exposição Insular e Colonial Portugueza”, de 1897.
Sobre João de Azevedo Coutinho
Um texto da Wikipédia, com uns retoques meus:
João António de Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira nasceu a 3 de Fevereiro de 1865 em Alter do Chão, filho de Manuel de Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira e de Maria Efigénia de Azevedo Coutinho da Gama Lobo Pinto Guedes, uma família com ligações aristocráticas. Assentou praça na arma de Cavalaria do Exército Português a 13 de outubro de 1880, transferindo-se para a Armada a 10 de Novembro de 1882, com o posto de aspirante.
Em 1884, com 19 anos de idade, foi promovido ao posto de guarda-marinha. Em Fevereiro de 1885 foi colocado na Divisão Naval do Índico onde cumpriu o seu tirocínio obrigatório de 3 anos. Nesse período foi enviado em comissão de serviços para Moçambique onde se destacou nas operações de ocupação colonial, distinguindo-se pela bravura e capacidade de comando de tropas.
Comandou os iates navais Tungué e Lúrio e o vapor Auxiliar, com os quais, entre 1886 e 1888, para além das operações militares em que participou, conduziu diversos trabalhos hidrográficos, entre os quais o reconhecimento da costa entre Moginquale e Ponta Bajona e o levantamento hidrográfico das barras do rio Moginquale e do rio Muite em Infusse. Os resultados dos levantamentos por ele efectuados foram publicados pela Comissão de Cartografia da Marinha Portuguesa e pelo Almirantado Britânico. Como comandante do vapor Auxiliar, coadjuvou o então capitão-tenente João Augusto Botto no levantamento da planta da Baía de Lourenço Marques e dos acessos à Baía de Tungue.
Terminado o tirocínio, em janeiro de 1889, com 24 anos de idade, regressou a Portugal, mas logo em junho daquele mesmo ano foi nomeado para nova comissão em Moçambique. Esta nomeação deveu-se à organização de um corpo expedicionário que acompanhou António Enes com o objectivo de reduzir a pressão dos povos nativos e dos britânicos sobre Lourenço Marques e o sul do território.
Nesta sua segunda comissão, entre outras ações, comandou a canhoneira Cherim quando Serpa Pinto chegou a África com a missão de manter o domínio português na região do Chire e Ruo, nas vésperas do ultimato britânico de Janeiro de 1890. Foi o comandante da rendição de Chilomo e o pacificador do régulo Gambi, tendo imposto o domínio português na zona do Ruo ao Milange.
A sua acção em Moçambique levou a que 15 de janeiro de 1891, com apenas 25 anos de idade, no seu regresso a Lisboa fosse recebido em apoteose e proclamado, por decisão unânime das Cortes, como benemérito da Pátria. Foi ajudante de campo de D. Carlos I e de D. Manuel II e por várias vezes condecorado. Em 1900 foi eleito deputado.
A 3 de Outubro de 1902 como Primeiro-Tenente da Armada e Governador da Zambézia, foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada (Diário do Governo, n.º 227, 8 de Outubro de 1902).
Nessa altura conduziu a Campanha do Barué, cujas tropas percorreram três mil quilómetros, conseguindo a (chamada) pacificação completa da região.
Foi nomeado governador-geral de Moçambique (1905-1906). A 31 de Dezembro de 1904 teve o Título de Conselho de Sua Majestade Fidelíssima como Capitão-Tenente da Armada e Governador-Geral da Província de Moçambique.
A 9 de Fevereiro de 1908, após o regicídio que pôs termo ao reinado de D. Carlos I de Portugal, e até 16 de Abril de 1909, foi nomeado 53.º Governador Civil do Distrito de Lisboa, então um cargo de grande importância face ao clima insurreccional que se vivia na cidade.
Foi, por duas vezes, Ministro da Marinha e do Ultramar (1909-1910) dos últimos governos da Monarquia Constitucional Portuguesa.
A implantação da República Portuguesa levou a que fosse reformado compulsivamente em 1910, no posto de capitão-de-fragata, já que se manteve fiel aos ideais monárquicos. Chegou a fazer parte de uma conspiração monárquica que ocorreu em diversas cidades portuguesas a 21 de Outubro de 1913, conhecida por Primeira Outubrada, dirigido por ele em Lisboa, só que o golpe foi contido porque o governo tinha um infiltrado entre os conspiradores.
Em 1919, com Aires de Ornelas, foi um dos líderes da revolta que em Lisboa apoiou a Monarquia do Norte, participando activamente na tomada de Monsanto. Pela sua acção nestes incidentes, foi preso e exilado.
Tendo beneficiado de uma das amnistias concedidas aos monárquicos pelos governos da Primeira República Portuguesa, regressou a Portugal e em 1925 foi eleito senador no Congresso da República pelo círculo eleitoral de Portalegre, integrado nas listas monárquicas.
Mais tarde, liderou a Causa Monárquica e foi lugar-tenente em Portugal do ex-rei D. Manuel II de Portugal, exilado em Londres. Após a morte de D. Manuel II, acabou por se tornar um interlocutor privilegiado do ditador António de Oliveira Salazar nas matérias respeitantes à Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha e à disposição dos seus bens em Portugal.
Em 1942 foi solenemente integrado na Armada, e promovido a vice-almirante honorário. Foi então alvo de expressivas homenagens por parte do Estado Novo, nas quais o regime exaltou a sua vida cheia de episódios onde a coragem extrema, o respeito pelos adversários, o interesse pela cultura africana, a esclarecida capacidade e, sobretudo, o inflexível cumprimento dos deveres de fidelidade e de honra, foram destacadas.
Faleceu em 7 de Dezembro de 1944.
A 7 de Março de 1970 procedeu-se ao lançamento ao mar da corveta NRP João Coutinho, da Marinha Portuguesa, assim denominada em sua homenagem.
Foi impressa uma nota de 50$00 de Moçambique com a sua imagem.
MANUEL EM STELLENBOSCH, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
Para ver a destilaria e os produtos do Die Oude Molen hoje, premir aqui.
15/06/2021
NUMA ESTRADA RURAL PERTO DE LOURENÇO MARQUES, 1962
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num arquivo.
A FÁBRICA DA REUNIDAS NO XAI-XAI, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está a constituir num registo fotográfico.
OS CEMITÉRIOS DE S.FRANCISCO XAVIER, JUDAICO, MAOMETANO E FARSI DE LOURENÇO MARQUES, 1932
Imagem retocada. As informações contidas em baixo foram muito gentilmente facultadas por Cristina Pereira de Lima, filha do historiador Alfredo Pereira de Lima, autor de, entre outras, a obra monumental sobre os Caminhos de Ferro de Moçambique, de que detém os direitos de autor, juntamente com o seu arquivo pessoal.
O arquivo de Alfredo Pereira de Lima contém os seguintes dados sobre o Cemitério S Francisco Xavier e os Cemitérios Maometano, Parse e Judaico:
“…. o seu terreno foi concedido pelo Estado em Maio de 1886, o muro e as obras foram construídas por empreitada de Pablo Perez e concluídas em 30 de Agosto de 1886; o cemitério foi inaugurado em 20 de Novembro de 1886.
Foi ampliado pela primeira vez em 1891, tendo sido prolongado no sentido NE. Foi encerrado em 20 de Novembro de 1951.”
Continua: “este cemitério tem anexos os cemitérios parse, maometano e judaico, abrange dois quarteirões quase inteiros, delimitados pelas Avenidas Manuel de Arriaga, Paiva Manso, Pinheiro Chagas, Latino Coelho e Dr. J Serrão, ocupando uma área de 60.769 metros quadrados. Muitos pioneiros encontram-se sepultados no Talhão dos Combatentes da Grande Guerra e há ainda pioneiros sepultados em jazigos de familia. No cemitério muçulmano estão sepultados muitos pioneiros maometanos…”
E ainda:
“O Cemitério Maometano foi autorizado pela Câmara em Maio de 1885.
O Cemitério Parse foi autorizado pela Câmara Municipal em 1898, a requeremiento de Homorgy Idolgy, que foi vereador e era ao tempo o chefe da comunidade parse de Lourenço Marques.
O Cemitério Israelita foi autorizado em sessao da Câmara Municipal de 24 de Janeiro de 1900 por proposta de Leão Cohen. Existe desde essa data.
Muitas religiões, creio que a maometana também, não admitem a prática de exumações, pois consideram sagrada a última jazida do fiel e perpétua a sua sepultura…”
14/06/2021
MANUELA ARRAIANO E O RÁDIO CLUBE DE MOÇAMBIQUE, 1964
Ou vice-versa. Filme da RTP, 1964.
A música que toca nos primeiros segundos penso que é de uma composição do Maestro Belo Marques de que só existe uma cópia nos arquivos da RTP e de que já pedi uma cópia há mais que um ano….e até hoje, nada.
12/06/2021
UM DIA NA PRAIA, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
RUA CONSIGLIERI PEDROSO EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
A AVENIDA ANTÓNIO ENNES E O HOTEL POLANA, INÍCIO DOS ANOS 70
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.