Imagem retocada e colorida.
29/04/2021
17/04/2021
FRANCISCO PINTO TEIXEIRA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1920
Imagem retocada, dos arquivos de Alfredo Pereira de Lima.
A partir de um texto na Wikipédia:
Francisco dos Santos Pinto Teixeira (Lisboa, 18 de outubro de 1887 — Lisboa, 10 de maio de 1983), conhecido por Francisco Pinto Teixeira ou Pinto Teixeira, foi um engenheiro militar do Exército Português, político e empresário que se distinguiu na administração colonial de Moçambique.
Oficial da arma de Engenharia do Exército Português, onde alcançou o posto de major, prestou serviço em várias escolas de oficiais, em França, e no Sul de Angola, onde realizou vários estudos sobre os problemas ferroviários e portuários da região Sul naquela província, que foram aproveitados nas resoluções relativas aos caminhos de ferro, para um Plano de Fomento.
Fixou-se em Lourenço Marques, cidade onde desempenhou as funções de Secretário Provincial de Moçambique e Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques.
Como Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques notabilizou-se por ter contribuído, durante o seu mandato, para o desenvolvimento daquela cidade, tendo, entre outras acções, instituído um novo sistema de transporte público, construído o novo edifício da Câmara Municipal e o matadouro, melhorado o saneamento público e os serviços de fornecimento de água e electricidade, e criado vários bairros para os indígenas.
Assumiu, igualmente, a função de director nos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, órgão que criou, conseguindo unificar a administração daquelas entidades. Foi ainda director da Administração Geral da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.
Nos Caminhos de Ferro de Moçambique, ficou conhecido por ter evitado, através da reorganização das operações desta empresa, vários despedimentos durante a crise económica resultante da Segunda Guerra Mundial, protegido os funcionários contra uma redução geral de vencimentos em 1933, iniciado, em Maio de 1935, a construção da Linha do Limpopo, defendido a passagem da Beira Railways para a gestão do estado, e promovido o desenvolvimento das operações ferroviárias na Beira.
Ficou, igualmente, conhecido por ter fundado a DETA (Divisão de Exploração de Transportes Aéreos), antecessora das Linhas Aéreas de Moçambique.
Tornou-se, a 15 de Outubro de 1952, inspector superior do Fomento de Ultramar. Em 1966, já se encontrava aposentado.
10/04/2021
07/10/2020
O CAIS GORJÃO, DÉCADA DE 1920
Imagens retocadas.
O porto e a linha de caminho de ferro foram a razão de ser comercial de Lourenço Marques a partir da segunda metade do Século XIX.
03/10/2020
DUAS LOCOMOTIVAS DOS CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE NA SUAZILÂNDIA, 1970
Imagem retocada.
Sidvokodvo é uma cidadezinha no centro de Eswatini (o novo nome da Suazilândia) situada ao sul de Manzini. Para o visitante, o local digamos que é pouco atraente. Em tempos, era a base que abrigava os equipamentos ferroviários do pequeno reino suázi. Mas a tracção a vapor foi abandonada há muito tempo. A área da estação está agora totalmente vedada e é utilizada para a reparação de carruagens.
19/09/2020
LOCOMOTIVA DOS CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE EM KOMATIPOORT, 1969
Imagem retocada.
LOCOMOTIVA 704 DOS CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE NA MACHAVA, 1967
Imagem retocada.
11/09/2020
19/07/2020
125 ANOS DE CAMINHOS DE FERRO EM MOÇAMBIQUE
Imagem retocada.
Assinalo o 125º aniversário da viagem inaugural, por via férrea, entre Lourenço Marques e Pretória, ocorrida na segunda feira, dia 8 de Julho de 1895, considerado o início do que veio a ser uma organização quase dominante em Moçambique. Na altura Lourenço Marques-Pretória (e Joanesburgo) era considerada a ligação ferroviária mais estratégica e valiosa no mundo e uma verdadeira dor de cabeça para a diplomacia britânica, empenhada há décadas a tentar isolar o Transvaal de um acesso directo aos oceanos, o que incluiu de tudo um pouco, nomeadamente a reiterada tentativa de (literalmente) comprar Lourenço Marques e ficar com o Sul do que é hoje Moçambique. Se Moçambique tem hoje um Sul, deve-o em boa parte às circunstâncias de que resultou a atribulada criação deste troço. Contra tudo e todos, se em tanta coisa mais cederam, os portugueses de então simplesmente nunca cederam neste aspecto.
Seria no entanto parcial, e porventura indecente, não mencionar que, por volta da mesma altura, por imposição britânica e de Cecil Rhodes (que essencialmente eram quase a mesma coisa) se construiu uma linha de caminho de ferro entre a Beira e a Rodésia, mais curta mas se calhar mais complicada, agravado pelo factor “o barato sai caro”, pois primeiro fizeram uma linha de bitola pequena e imediatamente após a conclusão tiveram que alargar a bitola e assim refazer tudo.
21/04/2020
11/04/2020
A FACHADA DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE LOURENÇO MARQUES
Imagem com vénia a Kai Henrik Barth, a versão no topo retocada, para celebrar a Páscoa em casa por causa da Pandemia, a outra a original.
A fachada da Estação Ferroviária dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques tal como a conhecemos, só passou a ser parte da arquitectura de Lourenço Marques em 1916, vários anos após a inauguração de uma versão mais elementar, em Março de 1910.
18/09/2018
VAGÃO DOS CAMINHOS DE FERRO DE LOURENÇO MARQUES, FINAL DO SÉC. XIX
Para o eventual apreciador de coisas de comboios….
14/09/2018
10/07/2018
21/03/2018
A LINHA FÉRREA ENTRE LOURENÇO MARQUES E O TRANSVAAL, 1899
Imagem copiada do fascinante, hilariante e inenarrável, se patético, livro “The Key to South Africa: Delagoa Bay”, da autoria de Montague George Jessett, 1899. Ainda assim, e apesar da dedicatória cantante ao magnata Cecil Rhodes logo à entrada, vale a pena ler, para entender algum do pensamento imperial britânico em relação aos portugueses e ao Sul de Moçambique. Na altura em que foi publicado, a Grã-Bretanha preparava-se para mais uma vez atacar as repúblicas Boer (Transvaal e Estado Livre de Orange) e a turma de Rhodes instigava a anexação do que é hoje o Sul de Moçambique, baseado em dois factores: 1) que o porto de Lourenço Marques era mesmo muito muito bom para fazer parte da colónia sul-africana, e 2) que os portugueses enfim, digamos que não estavam à altura do desafio e que só davam chatices e que nem sequer conseguiam nem desenvolver a sua colónia nem controlar os seus nativos. Ah ah ah. Se calhar tinham razão.
21/01/2018
A ALTITUDE DO TRAÇADO DA LINHA DE CAMINHO DE FERRO ENTRE LOURENÇO MARQUES E PRETÓRIA
Este gráfico ilustra as diferentes altitudes relacionadas com o traçado da linha de caminho de ferro que passou a ligar Lourenço Marques a Pretória e que varia entre os 5 metros acima do nível do mar, e quase 2000 metros, na zona de Belfast, no então Transvaal.
14/09/2017
O ENG. ANTÓNIO DUQUE MARTINHO, 1915-1991 – UM ESBOÇO BIOGRÁFICO
Eternamente grato ao Francisco Duque Martinho, filho do Eng. Duque Martinho, que correspondeu ao meu pedido insistente de um esboço biográfico do seu Pai. Que se segue.
António Duque Martinho – Engenheiro Civil (1915-1991)
Por dois motivos acedo com enorme prazer ao pedido do António Botelho de Melo para elaborar um esboço biográfico do meu Pai, com vista à inclusão no The Delagoa Bay World: o primeiro, porque se trata do meu Pai, de quem muito me orgulho; o segundo, porque considero que da sua vida profissional ao longo de mais de 40 anos resultou importante obra feita, principalmente nas ex Províncias Ultramarinas. Escassa informação existe sobre os Homens que no Ultramar planearam, dirigiram e executaram, muitas vezes em condições que nos nossos dias seriam inaceitáveis, Obras de grande envergadura que deveriam ser motivo de orgulho para o País. Esta lacuna já não vamos a tempo de sanar – o Ultramar é para apagar da memória !
Quanto a este esboço, optei fazê-lo de uma forma “menos formal”, com alguma História através de fotos e documentos.
Posto isto, o Eng.º Duque Martinho nasceu em Torres Novas em 12 de Maio de 1915 e terminada a Escola Primária, foi para Coimbra fazer o Liceu e os Preparatórios de Engenharia (assim chamados os três primeiros anos do Curso) na Universidade da cidade.
Interessante, para quem andou no Liceu Salazar em Lourenço Marques, é que a caricatura foi feita pelo Professor e Reitor Rui Gouveia, amigo desses tempos.
Os últimos três anos da licenciatura em Engenharia Civil foram feitos na Universidade do Porto, terminando o curso com a média final de 15 valores, em 1938.
A foto seguinte é do novo Edifício da Faculdade de Engenharia, inaugurado em 1937, um ano antes de ter terminado a licenciatura.
A sua vida profissional iniciou-se em 18-2-1939, por contrato celebrado na “Direcção de Estradas do Distrito de Coimbra da Junta Autónoma de Estradas (JAE), para desempenhar as funções de engenheiro civil na Direcção dos Serviços de Melhoramentos Rurais da JAE.”
Foi publicado no “Diário do Governo de 11 de Abril de 1940, Ministério das Obras Públicas e Comunicações – Junta Autónoma de Estradas (Quadro eventual dos Serviços de Melhoramentos Rurais – Contrato visado em 15 de Março como engenheiro civil de 3ª classe).”
Nesta fase, pelo que percebo da maioria das fotos que tenho e que publico, o seu trabalho incidiu fundamentalmente na construção, manutenção e melhoramento de pontes.
Tendo resolvido ir trabalhar para Moçambique, celebrou contrato no Ministério do Ultramar em 30-7-1945, “sendo admitido para prestação de serviço no Quadro Comum do Império, no cargo de Chefe de Brigada do quadro permanente da D.E.C. (Divisão de Estudos e Construção) dos Caminhos de Ferro de Moçambique; apresentou-se e tomou posse na Direcção dos Serviços (DS) em 27-11-45 vindo da Metrópole.”
Viajou no Paquete Quanza de Lisboa para Lourenço Marques e a 11 de Novembro de 45 atravessou pela primeira vez, devidamente autorizado pelo Deus do mar Neptuno, a linha do Equador.
Em 2-1-46 na Direcção dos Serviços dos CFM em LM, foi-lhe “passada guia para o Norte, indo Chefiar a Brigada de Construção de Nacala.”
Em 13-8-47 foi colocado como Chefe de Brigada de Estudos do Caminho de Ferro de Lourenço Marques à Beira, passando a ter base em Lourenço Marques.
Em 29-12-51 foi promovido a engenheiro de 2ª classe do Quadro Comum, sendo nomeado engenheiro Chefe de Brigada de Estudos e Construção.
Estas duas Brigadas foram as que precederam, executando os estudos e os reconhecimentos necessários para o assentamento da via férrea (322 kms do Guijá à fronteira com a Rodésia do Sul, actualmente o Zimbabué, na Malvérnia), execução de terraplanagens, obras de arte, estações e casas para o pessoal, tomas de água, determinação do pessoal (cerca de 500 europeus e 5.000 indígenas), viaturas e equipamentos necessários, planeamento de toda a logística, etc, a Brigada do Caminho de Ferro do Limpopo, então constituída e que passou a Chefiar por nomeação de 13-5-52.
Em 5-7-52 foi promovido a engenheiro de 1ª classe do Quadro Comum dos Engenheiros dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes do Ultramar, mantendo a mesma colocação.
Em resultado da construção da linha de caminho de ferro do Limpopo ter “constituído um assinalado êxito”, antecipando o prazo previsto de construção e se ter ficado aquém do orçamentado, foi convidado pelo Ministro do Ultramar, Almirante Sarmento Rodrigues, para fazer em Angola um estudo de viabilidade da construção de uma linha ferroviária entre a Baía dos Tigres e a fronteira com a então Rodésia do Norte (actual Zâmbia), na extensão de mais de mil kms.
Assim, em 19-7-54 seguiu para “Angola em Comissão de Serviço, conforme telegrama do Ministério do Ultramar, sendo que em “25-7-1954 tomou posse em Luanda do cargo de Engenheiro Chefe da Brigada de Estudos do Caminho de Ferro da Baía dos Tigres.”
Terminado o objecto da Brigada e entregue o relatório dos trabalhos, em “21-3-1956 foi nomeado interinamente Engenheiro Director da Exploração do Porto e Caminho de Ferro de Luanda, tendo tomado posse em 2-7-1956”, sendo que em “10-9-1957 foi promovido a Engenheiro Chefe do Quadro Comum, mantendo a mesma colocação.”
Nestas funções dirigia o porto de Luanda, o Caminho de Ferro entre Luanda e Malange, ramais de bitola estreita ao longo da linha e transportes terrestres dos Caminhos de Ferro.
A seu pedido, em “10-10-1960 foi transferido para lugar de idêntica categoria na Província de Moçambique”, assumindo em “27-3-1961 a chefia da Direcção de Exploração de Moçambique, em Nampula”.
As funções dos Directores de Exploração eram iguais nos caminhos de ferro do Ultramar. O Director de Exploração do Caminho de Ferro de Moçambique, com sede em Nampula, dirigia os caminhos de ferro com origem em Nacala e Lumbo com destino a Nova Freixo no Km 538 (actual Cuamba), e a ponte cais de Nacala. Nesta década a linha ferroviária atinge Vila Cabral a 800 Kms da costa e constroem-se os primeiros 430 metros do cais em Nacala.
Em 13-10-1962 foi colocado como Adjunto da Direcção dos Serviços, em Lourenço Marques, assumindo funções em 11-10-1962.
Em 15-6-1963 foi “nomeado interinamente Engenheiro Director do Quadro Comum dos Engenheiros dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes do Ultramar, ocupando o lugar de Sub-Director dos SPCFT; nomeação definitiva em 17-4-1964, por portaria Ministerial e publicação no Boletim Oficial de Moçambique de 26-9-1964.”
Os Engenheiros Directores eram o topo da carreira do Quadro Comum do Ultramar, podendo exercer as seguintes funções: Sub-Director de Serviços, Director de Serviços e Inspector Provincial; esta última função era exercida na Secretaria Provincial de Comunicações, no Governo Geral.
Em 27-6-1966, “por portaria, transcrita no Boletim Oficial de 16-8-1966, foi nomeado Inspector Provincial dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, tendo tomado posse em 28-8-1966.”
Exerceu as funções de Presidente do Conselho Técnico de Obras Públicas de Moçambique durante os anos de 1967, 69 e 74 – não tenho dados entre 69 e 74, mas é possível que também tenha sido nesses anos.
A Presidência alternava entre os Inspectores Provinciais dos CFM e das Obras Públicas.
Chamado ao Governo Geral, foi convidado pelo então Governador Geral, General Costa e Almeida, para exercer as funções de Vice Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques (CMLM). Assim, em 23-2-1967 tomou posse do lugar para que tinha sido convidado.
Por inerência de funções passou a ser também Presidente da Comissão Administrativa dos Serviços Municipalizados de Água e Electricidade (SMAE).
Estas funções eram cumulativas com as de Inspector Provincial dos CFM; no que respeita a salários, recebia o dos CFM, recebendo da Câmara Municipal de Lourenço Marques apenas um valor simbólico aquando da presença ou presidência das sessões camarárias.
Foi nomeado para as funções de Vogal do Conselho Económico e Social, quadriénio 1968 – 1972.
Em 1968, tendo o Presidente da CMLM, Humberto das Neves, terminado a sua comissão de serviço, dado que estava em curso a alteração do Estatuto da Cidade de Lourenço Marques, foi nomeado pelo Governador Geral para exercer interinamente também a função de Presidente da Câmara.
As funções na CMLM cessaram em Fevereiro de 1969, por posse dos novos Presidente e Vice Presidente da Câmara, respectivamente, Eng.º Emílio Mertens e Eng.º João Delgado.
Em 1970 foi nomeado pelo Secretário Provincial de Comunicações, Eng.º Vilar Queiroz, Presidente do Conselho Provincial de Transportes.
Passou à reforma em 1975 com a categoria de Engenheiro Director do Quadro Comum dos Engenheiros dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes do Ultramar, com a função de Inspector Provincial dos Serviços.
Para seu grande desgosto regressou à Metrópole quando se aposentou. Moçambique tinha sido a sua Terra de adopção.
Por Lourenço Marques ficaram centenas de livros (era um leitor compulsivo), doados uns à Biblioteca dos Caminhos de Ferro, outros à Associação dos Velhos Colonos.
Em Portugal, passou a viver em Carcavelos, ao pé dos Maristas, numa casa arrendada.
Sei que, profissionalmente, fez parte do quadro técnico de duas empresas na Metrópole, empreiteiros de obras públicas, conforme documentos que deixou:
– G. B. Buccellato Construtores Lda, não sei desde quando (provavelmente desde 1976), até Dezembro de 1979; esta empresa pertencia à Família Buccellato de LM;
– ENGERAL – Engenheiros Construtores, Lda, de 1980 a 86.
Os empreiteiros de Obras Públicas para exercerem actividade necessitam de um alvará, o qual tem vários níveis que determinam o valor das obras a que podem concorrer.
O facto de terem nos seus quadros técnicos um Engenheiro com o seu curriculum profissional, permitia que pudessem concorrer a obras de grande envergadura – barragens, etc.
Pelo que sei, as empresas não tiveram grande actividade.
O meu Pai teve do primeiro casamento um filho (hoje Comandante de Mar e Guerra, reformado), e dois do segundo casamento, eu e uma irmã mais nova que morreu com meses no Guijá.
Morreu no dia 8 de Novembro de 1991.
(Francisco Duque Martinho, aos 13 de Setembro de 2017)
16/04/2014
09/10/2013
COMBOIO DOS CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60
Fotografia da Carla Botelho Pinhal, restaurada. O Sr. em frente ao comboio é o Pai dela, Armindo Pinhal
03/03/2013
07/10/2012
A VISITA DO PRESIDENTE HIGINO CRAVEIRO LOPES A MOÇAMBIQUE, 1956
Fotografias muito gentilmente enviadas por Paulo Azevedo e restauradas.
O Presidente português na altura era Francisco Higino Craveiro Lopes, casado com uma senhora de Lourenço Marques (D. Berta) e que participou na defesa de Moçambique contra os alemães da então África Oriental Alemã (a actual Tanzânia), com destaque para a zona junto da qual recentemente foram descobertos enormes jazigos de gás natural.
Francisco Duque Martinho, que viu estas fotografias, escreveu esta nota: “A título de curiosidade, identifico algumas pessoas nas fotos: na 5ª fotografia do lado direito (de quem olha para a foto) do Presidente está o Engº Trigo de Morais; na 9ª fotografia à esquerda do PCV está o Engº Pereira Leite, então Director dos CFM; na 10ª e última foto está do lado esquerdo o Engº Pereira Leite e do lado direito parece-me o Engº Stofell, na altura Director de Exploração dos Caminhos de Ferro da Beira. Já agora, a Brigada de Estudos, Reconhecimento e Contrução da Linha do Limpopo foi chefiada pelo meu Pai [Engº Duque Martinho]. Só a construção durou quase três anos. De acordo com documentos que tenho, a linha tinha 534 Kms até à fronteira em Pafuri e 565 na ex-Rodésia do Sul até Bulawayo. A Brigada de construção era constituída por 500 “europeus” e 5000 “indígenas”, tendo custado 860 mil contos.”