E pouco depois, criou-se a cerveja Laurentina.
Fonte: Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, Out-Dez de 1933, p. 45.
E pouco depois, criou-se a cerveja Laurentina.
Fonte: Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, Out-Dez de 1933, p. 45.
Fotografia cortesia de Paulo Azevedo.
Até à sua demolição cerca de 1968, o Teatro Varietá manteve este aspecto.
A segunda casa de ópera situada a Sul do Equador, a seguir à Ópera de Port Elizabeth, na África do Sul, o Teatro Varietá foi inaugurado no dia 5 de Outubro de 1912, no segundo aniversário do golpe que derrubou a Monarquia. Ficava situado em Lourenço Marques, no início da Rua Araújo, perto da Praça 7 de Março (actual Praça 25 de Junho). Previamente, aqui houve um Ringue de Patinagem e Cinematógrafo com o mesmo nome, inaugurado a 16 de Julho de 1910 e antes um campo de hockey em patins – o primeiro em todo o espaço português, em que se disputaram jogos de hóquei em patins. O Teatro foi uma iniciativa dos empresários italianos Pietro Buffa Buccellato e Angelo Brussoni. No local onde estava implantado, foram inaugurados cerca de 1970 o Cinema Dicca e o Estúdio 222.
Eu ainda frequentei o Varietá quando era muito miúdo – 5 a 8 anos de idade. Na altura esta sala parecia-me verdadeiramente gigantesca. Como os B. de Melo eram mais que muitos, o Pai Melo comprava um camarote, habitualmente o primeiro no alinhamento de camarotes situados à esquerda na fotografia. Lembro-me nitidamente de aqui ter visto o filme épico Barrabás, sobre o ladrão bíblico que terá sido (no fim) crucificado com Jesus Cristo. Só que a violência era mais que muita, sangue por todos os lados e o raio do filme nunca mais acabava.
Outro problema logístico era que os quartos de banho do Varietá ficavam do lado direito da sala, a seguir às portas que se podem ver aqui à direita (o bar ficava do lado esquerdo). Ora, se eu quisesse fazer ir chichi a meio do filme, tinha que me levantar do primeiro camarote à direita, sair da sala para um corredor escuro como breu pela porta do camarote,que se pode ver na imagem, dar a volta ao teatro todo por fora até aos lavabos, fazer o serviço, e voltar todo o caminho de volta. Qual era a então solução? saía do camarote, descia mais dois camarotes, fazia lá o chichi e voltava, aliviado, para ver se o Barrabás já tinha morrido.
Fotografia cortesia do grande Paulo Azevedo, tratada por mim.
O Teatro Varietá foi inaugurado em Lourenço Marques em finais de 1912, no início da Rua Araújo (actual Rua do Bagamoyo) na altura a principal artéria da Cidade, que ligava a Praça 7 de Março (actual Praça 25 de Junho) com a Praça Azeredo, na qual se situava a então também nova estação ferroviária. Propriedade do empresário italiano Pietro Buffa Buccelatto, foi a primeira casa de ópera a funcionar, a Sul do Equador. Anteriormente naquele espaço operara também um espaço multiusos que era simultaneamente um ringue de patinagem – o primeiro em todo o espaço imperial português – um cinematógrafo, sala de espectáculos, sala de danças e sala para reuniões.
O Varietá operou sem interrupções durante mais que cinquenta anos, como casa de ópera, de teatro, reuniões e cerimónias e ainda como um cinema, tendo sido demolido na segunda metade dos anos 60, para ser ali implantado, em parte do terreno, o Cinema Dicca e o Estúdio 222.