THE DELAGOA BAY WORLD

16/04/2023

ALUNOS NO RECREIO NA ESCOLA INDUSTRIAL EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DOS ANOS 60

Imagens retocadas e coloridas dos arquivos nacionais portugueses.

Brincando no recreio na Escola Industrial de Lourenço Marques.
Outra imagem no recreio. Se, por um lado, era claro que o sistema educacional em Moçambique não era racialmente segregado como nas vizinhas África do Sul e Rodésia (para horror de alguns dos de lá) por outro lado havia ainda uma desproporção abissal entre o número de brancos e negros que frequentavam as escolas. Penso que não tanto em escolas como as escolas comercial e industrial. Ao longo da última década de 60 e início dos anos 70 isso mudaria muito rapidamente, até porque a economia estava a crescer a taxas de 8 por cento por ano e exigia cada vez mais mão-de-obra formada. Mas por exemplo na Rebelo da Silva, uma escola primária da Polana onde andei entre 1965-1971, lembro-me de ter apenas um colega de raça negra, e, apesar disso, ainda de uma vez o professor, Armando Lobo, ter dito numa aula que “não gostava de pretos na aula”, o que mesmo mufana, na altura registei e achei no mínimo estranho.

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