Imagem retocada.
06/01/2024
05/07/2023
O SALÃO DE FESTAS DO HOTEL POLANA, CERCA DE 2012
O salão de festas do Hotel Polana existe desde a fundação do hotel em 1922. Uns anos depois da independência, quando veio a fase do capitalismo selvagem que se seguiu à fase do comunismo e do repolho e carapau, o hotel instalou aqui um casino. Uns anos mais tarde, quando os Aga Khans começaram a explorar o hotel, o casino saiu daqui (penso que foi autonomizado como negócio e vendido) e a organização restaurou o seu uso como salão de festas, redecorando o espaço um pouco ao estilo do Ali Babá e da Scheherezade mas enfim. Bem, pelo menos mantiveram as paredes pintadas num branco creme.
17/04/2023
NOITE DE FADO NO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50
Imagem retocada e colorida.
11/10/2022
FALECEU O SENHOR LUIS NHACA, TRABALHADOR DO HOTEL POLANA
Imagens retocadas.
Segundo informou ontem o Nuno Quadros via FB, faleceu esta semana o Sr. Luis Nhaca, trabalhador do Hotel Polana em Maputo. Estava na Portaria e acolhia na porta principal quem frequentava o hotel, memorável pelo seu traje formal coberto de pins, aliás uma tradição que já vinha de trás, pois eu lembro-me bem do seu predecessor, cujo nome infelizmente não recordo (mas gostaria de registar, se alguém se lembrar).
Lamento a sua morte a apresento as minhas condolências à sua Família e a todos os colaboradores do Polana. Que descanse em paz.
Quando há dias escrevi uma longa nota sobre o Polana, negligenciei incluir uma nota adicional, e aqui vai.
Apesar de ter nascido e vivido em Lourenço Marques até pouco antes da entrega à Frelimo, inaugurando um percurso então impensável, eu só frequentei o Hotel Polana muitos anos depois, no final da década de 1990 e durante uns anos, ainda andava por lá o Rui Monteiro (ambos coleccionávamos postais antigos do Polana, que trocávamos). Ia com alguma frequência ao seu Salão de Chá (a versão tradicional clássica antes da mudança hollywoodesca feita pelos arquitectos e decoradores do Serena) e mais raramente, almoçava no restaurante, aí geralmente por razões de serviço. No salão de chá a comida era muito boa e já estava pronta, a preços acessíveis e o serviço bom.
E o que de longe me tocava mais, que considerava o verdadeiro carácter e essência do Hotel, era no desempenho e personalidade dos seus empregados, que eram de uma simpatia, discrição e aquela classe e profissionalismo que só conheci ali. No Salão de Chá era recebido sempre com um sorriso, com um “como está hoje, Sôr Botelho?”, mostravam-me a mesa habitual para me sentar e em segundos já tinha uma Coca-Cola fresca na mesa. Se havia um toque moçambicano genial e inconfundível no Polana, um que não tem preço e desafia uma descrição, era naquela equipa que mantia a máquina a funcionar sem falhar.
Era – foi – um prazer conviver com eles e com elas.
Fiquei com a impressão que as mudanças da nova gestão por meados de 2000 foram algo atribuladas e alguns dos seus empregados saíram do hotel, o que para mim foi lamentável e um erro crasso. Pois esta gente para mim era o Hotel Polana, quase tanto senão mais que as suas paredes e a gestão que mantém as portas abertas. Encontrei alguns depois a trabalhar em restaurantes na Cidade, vinham-me cumprimentar e eu fazia um interrogatório cerrado sobre porque tinham saído e como estavam. Acabávamos sempre com um aperto de mão cúmplice, um tanto triste, tipo “estamos juntos”.
E portanto, nesta nota memorial sobre o Senhor Luis Nhaca, aqui lhes presto a minha homenagem. Pelo seu profissionalismo e pela impressão indelével que me deixaram.
08/10/2022
HERBERT BAKER, O HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES E O HOTEL MONTE NELSON NA CIDADE DO CABO
Imagens retocadas.
Em 1 de Julho de 2022, o Hotel Polana assinalou o centenário da sua inauguração.
Há muitos anos que oiço e leio que o Hotel Polana foi desenhado pelo arquitecto britânico Herbert Baker, que fora dos círculos especializados é pouco conhecido em Moçambique ou Portugal. De facto, o seu nome é mencionado numa memória sobre o Polana que considero credível. E as fontes que consultei também indicam que Baker esteve envolvido na edificação do Mount Nelson Hotel, que ainda hoje é a jóia da hotelaria sul-africana.
Herbert Baker ((9 de junho de 1862, Cobham, Kent, Reino Unido – 4 de fevereiro de 1946, Cobham, Kent) foi um enorme vulto da arquitectura britânica e sul-africana durante o zénite da fase imperial britânica, entre 1880 e o final da II Guerra Mundial em 1945. O conjunto da sua obra é quase incompreensivelmente vasto, diversificado e abrangente. Impressiona percorrer a longa lista de obras em que interveio ao longo das décadas e ainda o seu percurso pessoal.
Apesar disso, no caso do Hotel Polana, inaugurado a 1 de Julho de 1922, por alguma razão, a obra é praticamente omitida pelos seus biógrafos, o que não deixa de ser curioso. Pessoalmente, creio que a sua vultuosa equipa deve ter de facto desenhado o projecto do Hotel Polana e no fim veio tudo no nome de Baker, que o assinou, o que nestas coisas é comum. É um pouco como ir comer um bife grelhado a um restaurante de Gordon Ramsey em, por exemplo, Las Vegas, e depois ir dizer aos amigos que quem pessoalmente cozinhou o bife foi o popular cozinheiro e empresário britânico. Pois. Não é bem a mesma coisa.
A verdade é que, para quem conhecer o Hotel Polana e o Mount Nelson Hotel na Cidade do Cabo, é aparente que há algumas semelhanças no desenho, na proporção, no conceito inicial para o seu uso (providenciar acomodação de luxo a visitantes) e no posicionamento dos edifícios em locais privilegiados com vistas impressionantes.
Há algumas diferenças para o pesquisador que são de nota. Todo o percurso do Mount Nelson é celebrado e está abundante e carinhosamente documentado ao longo das décadas, o que, lamentavelmente não aconteceu no caso do Polana, que, neste caso, ainda por cima vem acompanhado de mitos urbanos tipo “diz que disse”, como é o caso de estar ligado à designação da capulana, ou que o régulo Pulana ali vivia (e de onde, putativamente e sem cerimónia, teria sido colonialmente corrido). Salvo melhor opinião, ou é tudo treta largamente pós-colonial ou alguém precisa de apertar os atacadores e documentar as afirmações, sem as quais não há contraditório.
Como é a afirmação, comum, de que, quando os portugueses fugiram (ou saíram aceleradamente) de Moçambique aquando da entrega de Moçambique à Frelimo, arrancaram à martelada as torneiras das suas casas (hipoteticamente, usando-as posteriormente nas suas casas lá para onde foram) ou ainda que entupiram os canos das mesmas com cimento. O conceituado académico comunista britânico Joseph Hanlon, que teve uns anos de formação pós-independência uns anos em Maputo, uma vez escreveu isso mesmo num dos seus comentários e, interpelado por mim, justificou a afirmação asnina com “bem, é o que se diz em Maputo”. Ah é o que se diz? Claro que omiti questionar-lhe se ele alguma vez tentou encher uma canalização com cimento, ou se alguma vez viu uma ou ainda se o faria sob as barbas da Frelimo, que desde 1974 estava em controlo das cidades).
O Mount Nelson, que foi inaugurado em 6 de Março de 1899 – vinte anos antes do Polana – foi mandado fazer por Sir Donald Currie, o zilionário dono da Union Castle Shipping Line, para servir os clientes da primeira classe da sua companhia marítima britânica cujos navios faziam escalas na Cidade do Cabo nas rotas “imperiais” entre a Europa e os vários pontos do (essencialmente) império britânico no ìndico e na Ásia. Como o Polana, foi o primeiro hotel a ter água quente e fria, casas de banho nos quartos e, no caso do Polana, telefones em todos os quartos e acesso ao telégrafo para todo o mundo mesmo ali ao lado. Foi construído no que era um dos mais conhecidos e bonitos jardins da Cidade do Cabo. Aspectos da sua evolução foram cuidadosamente documentados. Por exemplo, a partir de 1918 o hotel passou a ser pintado de cor de rosa por decisão do seu segundo gerente, o italiano Aldo Renato, como um sinal da paz peonosamente alcançada com o final da I Guerra Mundial. A moda pegou e inúmeros hotéis em todo o mundo usaram essa côr. Mais importante, o hotel esteve sempre na posse de donos que preservaram e ampliaram o seu carácter e que investiram milhões no seu estatuto e aura. Nada era nunca deixado ao acaso. E o hotel teve a sorte de acompanhar o surgimento e a afirmação da Cidade do Cabo como uma das principais zonas urbanas da África do Sul e mais tarde num dos destinos mundiais apetecidos e que entrou e saiu incólume das atribuladas fases da história daquele país. Os seus actuais donos, a cadeia Belmont, anteriormente a Orient-Express, são uma das mais conceituadas cadeias, especializadas em operar hotéis de luxo com história e craveira – e sabem o que estão a fazer e o que têm nas mãos.
O percurso do Hotel Polana foi completamente diferente. Talvez com a singular excepção de António Champalimaud, que toda a vida foi incompreendido, vilipendiado e assediado, e o primeiro Espírito Santo, Portugal realmente nunca teve grandes empresários milionários. Essencialmente, tinha uns gajos ricos que, com as suas famílias e mediante variados esquemas, extraíam dos subsequentes governantes, benefícios e monopólios de onde extraiam lucros. Salazar apenas institucionalizou e modernizou o que se fazia em Portugal há uns 400 anos, desde o estabelecimento dos monopólios régios comerciais com a Taprobana .
Nas colónias ainda era pior, pois aí nem isso havia.
Um bom exemplo é todo o episódio do Grande Hotel da Beira, que foi um circo desde que foi concebido até ao seu encerramento prematuro. Aquilo foi um desastre desde o primeiro momento.
No caso de Lourenço Marques, no início do Século XX a maior parte dos negócios locais eram detidos por estrangeiros que faziam os mínimos olímpicos para ganharem o seu. Quem mandava na Cidade – e na Colónia – era uma espécie de confraria entre o governo provincial, os interesses locais reunidos na Associação Comercial (que eram quase todos estrangeiros) e alguns interesses estrangeiros baseados na Europa. Um exemplo disso eram as companhias majestáticas. Em Lourenço Marques, a certo ponto, a água, a luz, os telefones e os transportes urbanos pertenciam a uma empresa sediada em…Londres.
Quando se achou que faria sentido haver um hotel de luxo em Lourenço Marques, surpresa: não havia quem o fizesse. Note-se que em 1920 Lourenço Marques já tinha uma linha ferroviária para Pretória e Johannesburgo há 25 anos, já tinha um magnífico porto com um magnífico cais há 20 anos. Portanto o trânsito na Cidade já tinha expressão. Havia vários hotéis na Baixa da Cidade, mas já estavam algo datados e o serviço era, digamos, de modesto a pelintra. Quase todos pertenciam a indivíduos com iniciativa mas que não só não estavam disponíveis para expandir os seus negócios, como ainda por cima combatiam vigorosamente a ideia de surgir um hotel – mais um hotel – que lhes iria roubar o negócio. Ainda por cima de luxo. Foi o caso do Comandante Cardoso, que tinha um hotelzinho numa colina junto à Ponta Vermelha com uma dúzia de quartos (que acabou vendido a Aida Sorgentini, uma fantástica viúva italiana).
Portanto, à boa maneira portuguesa, a decisão da sua edificação foi por decreto governamental e empréstimo público. Depois de feito, arranjava-se um dono.
O local escolhido foi uma ponta da Concessão Somershield, junto a uma das ravinas nas Barreiras da Polana, retalhando assim a sua ponta mais a Sul.
Aliás, mais ou menos o mesmo aconteceria trinta anos mais tarde em Lisboa, um pouco como o que se passa há cinquenta anos com um novo aeroporto para Lisboa. No início da década de 1950 Lisboa ainda não tinha um hotel de cinco estrelas e Salazar com um entusiasmo relutante lá se meteu no barulho autorizou que se fizesse o Ritz, maioritariamente detido pelos Queiroz Pereira e os Espírito Santo (para haver proprietários portugueses, luxo que em Moçambique não havia). O resultado foi para mim um dos mais memoráveis hoteís que já vi, que seria operado pela cadeia Ritz até 1979 (e actualmente pela cadeia Four Seasons).
Ao contrário do que muita gente refere, até aos anos 60, apesar da aura, regra geral o Polana não era frequentado pelos residentes da Cidade, que apenas iam ali para algumas funções e poucos eventos sociais (como por exemplo a festa do fim do ano). O hotel era basicamente frequentado por visitantes estrangeiros e, na época das férias na África do Sul, por um conjunto selecto de famílias sul-africanas mais endinheiradas. Só durante a década de 1960 é que se começou a formar uma (muito ténue) classe local mais endinheirada e sofisticada, que começou a frequentar os espaços públicos do hotel, que para esses, funcionava como alguns dos muitos clubes da Cidade (Grémio, Clube Militar, Clube de Pesca, Clube Marítimo, Clube de Golfe, Clube de Caça, Lions, etc). O Lourenço Marquino vulgar, branco ou (especialmente) negro, nunca meteu lá os pés no tempo colonial.
O que aconteceu depois da inauguração em 1922 ainda é um esboço para mim e é impreciso. O hotel seria adquirido pelos Schlesingers, uma família judia sul-africana. Penso que nos anos 60 foi comprado por entidade portuguesa mas não sei. Em 1975 foi nacionalizado e, entrando Moçambique na fase comunista, o hotel mal se aguentou, como aliás tudo o resto. Visitei-o em 1984 e foi confrangedor. A sua gestão eventualmente foi entregue a uma empresa portuguesa que foi gerindo e fazendo uns remendos aqui e ali.
As suas fortunas melhoraram consideravelmente quando finalmente a guerra civil foi interrompida em Outubro de 1994 e se inaugurou aquilo que eu chamo calamity tourism: sucessivas visitas de hordes de pessoas pertencendo a inúmeras organizações de apoio e assistência, públicas e privadas, iam bater à porta de Maputo com centenas de milhões de dólares de donativos e assistência caritativa, que se tornariam numa verdadeira indústria moçambicana. Sob a nova pressão, a gestão do hotel tentou adaptar o espaço como uma espécie de hotel de negócios, criando salas para negócios, alterando o bar, criando um casino no salão nobre e vastamente ampliando uma antiga varanda a Norte para uma sala de refeições maior.
Em 2002, o Aga Khan Fund for Economic Development, um braço do império ismaelita sob o controlo de Sua Alteza o Aga Khan, que tinha uma comunidade em Moçambique desde o início do Século XX (que se dava lindamente com os portugueses e moçambicanos, diga-se em abono da verdade), adquiriu o hotel ou a concessão da sua exploração (não consegui perceber ainda). Nos anos seguintes, fizeram-se diversas obras de vulto que essencialmente descaracterizaram o que era a essência do antigo Polana, no entanto procurando manter alguma ligação com o seu passado, cuidadosamente, porque o passado em Moçambique é colonial e os moçambicanos ainda lidam mal com esse assunto. Mal mexeram no Polanamar, uma adição estapafúrdia feita nos anos 60 a nascente da piscina e que é enfim, uma verdadeira piroseira. O edifício, que esteve pintado de branco desde 1922, foi pintado de creme e castanho. adicionaram-se um repuxo e mudaram-se as salas.
Uma coisa boa foi que despacharam o casino dali para fora e restauraram o salão nobre. Mas em vez de ser restaurado para a sua glória marcadamente ocidental e traça da década de 1920, aquilo parece ter sido entregue a arquitectos e decoradores do Médio Oriente, dando um pouco daquele ar de espalhafato bombástico árabe excessivo, tipo Palácio das Mil e Uma Noites da Scheherezade e – como diria Trump – com uma sensação de tudo ser mais ou menos “fake”. A que se junta uma tentativa falhada e incongruente de, ainda por cima, lhe dar um toque “africano nativo”. Agravado pelo facto de que a cadeia Serena, por muito sucesso que tenha, não tem nem de perto nem de longe o dinheiro, o apetite e o pedigree de uma cadeia Belmont, a actual dona do Mount Nelson na Cidade do Cabo.
Se o Exmo. Leitor quiser perceber o que digo, experimente visitar os dois hotéis, começando pelo Polana, e vai logo discernir, a começar pelo preço e pela decoração.
Herbert Baker quase certemente concordaria comigo.
Mas, cem anos depois, o hotel ainda está lá. Isso já é alguma coisa.
05/10/2022
A PISCINA DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, FINAL DOS ANOS 60
Imagem da incomparável colecção de Manuel Martins Gomes, com copyright, para mais detalhes ver aqui.
Em Julho deste ano o Hotel Polana celebrou o primeiro centenário da sua inauguração.
O HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DA DÉCADA DE 1970
Imagem da incomparável colecção de Manuel Martins Gomes, com copyright, para mais detalhes ver aqui.
Em Julho deste ano o Hotel Polana celebrou o primeiro centenário da sua inauguração.
06/09/2022
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, 1929
Imagem retocada, assinalando o centenário da abertura do Hotel Polana, em 1 de Julho de 1922.
23/07/2022
CHÁ DAS CINCO NO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1920
Imagem retocada.
12/07/2022
HÁ CEM ANOS O HOTEL POLANA ABRIU EM LOURENÇO MARQUES
Imagens retocadas.
O Hotel Polana abriu em Lourenço Marques no dia 1 de Julho de 1922, na altura num promontório isolado distante da Baixa da Cidade e da Ponta Vermelha, defronte da Baía e da Praia da Polana e no extremo Sul da Concessão Somershield. Era dos melhores hotéis no continente africano, servindo principalmente viajantes, turistas sul-africanos endinheirados e homens de negócios.
Nos cem anos da sua existência, foi sendo repetidamente expandido e alterado e teve vários proprietários, individuais e corporativos. Em 1975, a propriedade foi nacionalizada pelo Estado moçambicano e desde então tem sido concessionada a privados, mais recentemente a uma organização ligada à comunidade ismaelita.
Surpreendentemente, parece que ninguém assinalou esta efeméride em Moçambique.
No topo desta inserção, o Exmo. Leitor encontra ligações a vários artigos e imagens relacionadas com o hotel.
12/06/2021
A AVENIDA ANTÓNIO ENNES E O HOTEL POLANA, INÍCIO DOS ANOS 70
Imagem retocada, de Manuel Martins Gomes. Grato à sua filha Zé, que a disponibilizou em memória do seu Pai, cujo espólio fotográfico está pacientemente a começar a analisar e a constituir num registo fotográfico.
08/06/2021
07/05/2021
23/04/2021
O HOTEL POLANA, INÍCIO DA DÉCADA DE 1970
Imagem retocada e colorida. A Pandemia dá nestas coisas.
04/03/2021
O AERÓDROMO DA CARREIRA DE TIRO EM LOURENÇO MARQUES, 1937
Imagens retocadas, de uma cópia guardada nos arquivos da Universidade de Wisconsin em Milwaukee, EUA.
As três imagens em baixo são cópias de uma maior, que encontrei nos arquivos acima e que aqui dedico com prazer ao Voando em Moçambique, o maior e melhor sítio do Mundo sobre a aeronáutica de Moçambique e à Exma. Senhora Comandanta Luisa Hingá que espero copiem isto tudo.
Em baixo a seguir ao texto e às fotografias, a história de quem tirou a fotografia.
Encontrei no sítio do HPIP o seguinte texto, que tive que editar ligeiramente para o adequar ao meu gosto e que contextualiza as imagens:
(início)
A primeira infraestrutura aeronáutica construída em Lourenço Marques data de 1911. Tratava-se de uma pista provisória, aberta em terrenos da Machava, onde o pioneiro aviador sul-africano, John Weston, realizou alguns voos de demonstração.
Em 1917, perto do término da I Guerra Mundial, construiu-se um novo campo de aviação, com os respectivos hangares e edifícios de apoio, no alto da Matola. Ali se instalou a Esquadrilha de Aviação, composta pelos aviões militares que tinham operado no Niassa, no decorrer daquele conflito. Esta esquadrilha ali permaneceu até 30 de Janeiro de 1921, altura em que foi extinta.
Uma nova pista viria a ser aberta na Carreira de Tiro (Polana) em Julho de 1928. Encontrava-se instalada em terrenos da Delagoa Bay Lands Syndicate, próximo do Clube de Golfe e ao lado da actual Cadeia Civil. A construção desta pista, de areia batida, foi entregue ao tenente Luciano Granate. Ao que parece, a única estrutura de apoio existente era um velho hangar, que viria a ser demolido em 1937, tendo sido construído um outro em sua substituição. Em Outubro desse mesmo ano viria a ser iluminado, com quatro projetores. O primeiro avião a aterrar ali, foi um Moth “Slotted Wing”, do major Allister Miller, da African Airways, Ltd, em 2 de Julho de 1928. Esta companhia sul-africana pretendia estender a sua atividade a todo o sub-continente, e não estava posta de parte a hipótese de uma ligação com a capital moçambicana. Os voos de demonstração realizados por este aviador devem ter levado os entusiastas locais à fundação do Aero-Clube de Moçambique.
Após a criação do aeroporto internacional de Mavalane, em Abril de 1938, dava-se notícia que a pista da Carreira de Tiro tinha sido fechada ao público. Posteriormente, viria a ser transformado em “aeródromo particular e de turismo”, sob a responsabilidade do Clube Aeronáutico Desportivo. Após ter sofrido obras de beneficiação, viria a ser inaugurado em 7 de Julho de 1940, ficando à responsabilidade daquela colectividade. Não sobreviveu muito tempo pois o clube debatia-se com grandes dificuldades financeiras.
(fim)
Nos anos 50 e 60, ali foi edificado um conjunto de infra-estruturas, desde moradias ao Bairro Militar e outras instalações. Hoje o local está meio delapidado e inclui um conhecido centro de venda de droga para a capital moçambicana.
A imagem em baixo, desdobrada por mim em três para extrair detalhe, foi tirada obviamente a partir de um avião, na segunda-feira, dia 29 de Novembro de 1937, pela milionária norte-americana Mary Light Meader.
Rachael Mary Upjohn Light Meader (15 de Abril de 1916 – 16 de Março de 2008) foi uma fotógrafa aérea e exploradora norte-americana. Herdeira da fortuna da Upjohn Company, ela é mais conhecida em círculos aéreos pelo seu voo de 56.000 km em 1937–1938, durante o qual ela fotografou imagens sem precedentes da América do Sul e da África. As suas fotografias africanas foram posteriormente apresentadas no livro Focus on Africa. Quando passou por Lourenço Marques, no final de 1937, tirou algumas fotografias aéreas da pequena cidade moçambicana.
20/02/2021
12/04/2020
A ESPLANADA DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 1960
Imagem retocada.
Não conhecia esta versão “pop” da esplanada do hotel.
24/09/2019
08/09/2019
MERGULHANDO NA PISCINA DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50
Imagem retocada.
01/09/2019
A FACHADA NASCENTE DO HOTEL POLANA EM LOURENÇO MARQUES, DÉCADA DE 1930
Imagem retocada. Postal de A.W. Bayly.