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15/06/2021

OS CEMITÉRIOS DE S.FRANCISCO XAVIER, JUDAICO, MAOMETANO E FARSI DE LOURENÇO MARQUES, 1932

Imagem retocada. As informações contidas em baixo foram muito gentilmente facultadas por Cristina Pereira de Lima, filha do historiador Alfredo Pereira de Lima, autor de, entre outras, a obra monumental sobre os Caminhos de Ferro de Moçambique, de que detém os direitos de autor, juntamente com o seu arquivo pessoal.

 

lm cemiterio s francisco xavier ca 1931

Lourenço Marques na zona do Alto-Maé, cerca de 1932. A- Os cemitérios Maometano, Judaico e Farsi; B- o Cemitério de São Francisco Xavier; C – a Avenida Pinheiro Chagas (hoje Dr. Eduardo Mondlane) com partes ainda com uma uma estradinha nos dois sentidos.

O arquivo de Alfredo Pereira de Lima contém os seguintes dados sobre o Cemitério S Francisco Xavier e os Cemitérios Maometano, Parse e Judaico:

“…. o seu terreno foi concedido pelo Estado em Maio de 1886, o muro e as obras foram construídas por empreitada de Pablo Perez e concluídas em 30 de Agosto de 1886; o cemitério foi inaugurado em 20 de Novembro de 1886.
Foi ampliado pela primeira vez em 1891, tendo sido prolongado no sentido NE. Foi encerrado em 20 de Novembro de 1951.”

Continua: “este cemitério tem anexos os cemitérios parse, maometano e judaico, abrange dois quarteirões quase inteiros, delimitados pelas Avenidas Manuel de Arriaga, Paiva Manso, Pinheiro Chagas, Latino Coelho e Dr. J Serrão, ocupando uma área de 60.769 metros quadrados. Muitos pioneiros encontram-se sepultados no Talhão dos Combatentes da Grande Guerra e há ainda pioneiros sepultados em jazigos de familia. No cemitério muçulmano estão sepultados muitos pioneiros maometanos…”

E ainda:

“O Cemitério Maometano foi autorizado pela Câmara em Maio de 1885.

O Cemitério Parse foi autorizado pela Câmara Municipal em 1898, a requeremiento de Homorgy Idolgy, que foi vereador e era ao tempo o chefe da comunidade parse de Lourenço Marques.

O Cemitério Israelita foi autorizado em sessao da Câmara Municipal de 24 de Janeiro de 1900 por proposta de Leão Cohen. Existe desde essa data.

Muitas religiões, creio que a maometana também, não admitem a prática de exumações, pois consideram sagrada a última jazida do fiel e perpétua a sua sepultura…”

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