Imagem retocada.
31/08/2021
RÉGULOS E CHEFES EM POVOAÇÃO DE SOFALA, 1913
Imagem retocada dos arquivos da Companhia de Moçambique.
CARREGADORES DA ANGÓNIA, INÍCIO DO SÉC. XX
Imagem retocada.
A folha em inglês da Wikipédia contém esta verdadeira pérola sobre a Angónia, que me dei à maçada de traduzir (e que inexiste na versão em língua portuguesa, o que é um mistério):
“O nome Angónia significa “Terra dos Angóni”. Angoni é o plural de Ngoni/Nguni, povos da África do Sul que após a desintegração do Império Zulu no século XIX invadiram [violentamente]a região. A língua falada no distrito é Chichewa, embora outros a chamem de Chingoni. Chichewa parece mais provável porque quando os Nguni chegaram à região já havia pessoas lá chamadas Achewa. Os Nguni mataram os homens Achewa e “casaram-se” com as mulheres Achewa. Como os seus filhos passavam a maior parte do tempo com as mães, acabaram por aprender a língua das suas mães (Chichewa) e não a língua dos seus pais, uma vez que os pais estavam fora a caçar ou a lutar.”
Recordo que Gungunhana era o chefe dos Nguni.
30/08/2021
PAPEL AZUL DE 25 LINHAS, INÍCIO DO SÉC. XX
Imagem retocada.
Durou décadas e décadas e era uma maneira rudimentar e rasca de forçar os cidadãos a pagarem mais um impostozinho e se colocarem de cócoras perante as instituições públicas. Para se pedir um BI, um passaporte ou interpelar um qualquer organismo público, a forma de o fazer era, obrigatoriamente, comprar um destes papéis numa tabacaria ou papelaria, e nele redigir, da forma mais formal, servil e ridícula possível (havia minutas para tudo), ao que se vinha e o que se pretendia, terminando, invariavelmente, com um humilde e solícito”pede deferimento”. Que talvez até fôsse deferido. Frequentemente, tinha ainda que se comprar, colar e assinar por cima de sêlos fiscais. Se se cometesse o lesa-pátria de escrever fora das linhas, não servia e tinha que se fazer tudo de novo. Isto era a vida portuguesa, copiada à risca em Moçambique.
INTERIOR DE CARRUAGEM RESTAURANTE DA LINHA BEIRA-RODÉSIA, ANOS 1930
Imagem retocada.
22/08/2021
HENRIQUE DE GOUVEIA E MELO, 2021
Imagem retocada.
Tem a minha idade (nasceu a 21 de Novembro de 1960) e cresceu em Moçambique, penso que em Quelimane. O Pai foi Governador provincial de Quelimane e, depois Secretário-Geral do Governo da Província, a segunda figura da hierarquia a seguir ao Governador-Geral. Com 15 anos, como eu, veio a reboque da família na atrapalhada Grande Debandada de 74-75 e os pais levaram-no para o Brasil, pensando, em finais de 1975, que, como Moçambique, Portugal também ia para o comunismo. Isso não sucedendo por causa do golpe de 25 de Novembro de 1975, a família foi novamente para Portugal, onde ele fez carreira na marinha, especializando-se em submarinos. Por acaso e quase extemporaneamente, já graduado em vice-almirante da pindérica marinha portuguesa e em plena pandemia, “caíu” numa obscura comissão supostamente encarregada de ajudar os portugueses a vacinarem-se contra o Covid. Quando tudo parecia estar a funcionar mal, foi escolhido para gerir o processo, razão porque muitos o conhecem hoje. Basta ouvi-lo falar dez minutos para se perceber que é de Moçambique. Previsivelmente, os seus talentos e a eficácia demonstrada na sua missão já preocupam a escumalha medíocre e invejosa local.
MATATEU, ANOS 60
Imagem retocada.
Sebastião da Fonseca Lucas (Lourenço Marques, 26 de julho de 1927 – Canadá, 27 de janeiro de 2000), conhecido como Matateu, foi o primeiro grande jogador português nascido em África, antes da chegada de Eusébio.
À semelhança de Eusébio, Matateu foi um jogador de topo quer para o Belenenses quer para a Seleção Portuguesa de Futebol. Em questões de longevidade ele pode ser considerado o Stanley Matthews português devido a ter jogado até aos 50 anos.
21/08/2021
O RÉGULO DE NHANGO E O SEU SECRETÁRIO, 1906
Imagem retocada, dos arquivos da Companhia de Moçambique,. O original está guardado nos arquivos da Torre do Tombo em Portugal. A Companhia de Moçambique foi uma empresa com poderes majestáticos baseada na Cidade da Beira, de capitais maioritariamente britânicos. Nhango é uma localidade situada a uns 100 kms a Sudoeste da Beira, pelo que não sei se é o nome próprio do régulo ou se se refere à localidade onde ele era régulo.
ESCUTEIROS NA BEIRA, 1930
Imagem retocada.
A Beira comemorou ontem, 20 de Agosto de 2021, 114 anos da sua elevação a Cidade.
SERVIÇAIS NA BEIRA, 1930
Imagens retocadas. O título não é meu, acompanhava as imagens, presumo que se refira a empregados domésticos, uma ocupação remunerada comum nas (poucas) cidades emergentes em Moçambique. Presumo ainda que estejam vestidos com a sua melhor roupa (ao estilo europeu da altura, o que incluía chapéu e bengala) e em altura de folga.
Ontem, a Beira comemorou 114 anos da sua elevação ao estatuto de Cidade.
20/08/2021
O OBSERVATÓRIO METEOROLÓGICO DA BEIRA, 1927
Imagem retocada.
Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.
ALUNOS DA MISSÃO DA BEIRA, 1930
Imagens retocadas.
Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.
A RUA CONSELHEIRO CASTILHO NA BEIRA, INÍCIO DO SÉCULO XX
Imagem retocada.
Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.
19/08/2021
O PAQUETE “ÁFRICA” SAI DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉCULO XX
Postal dos Irmãos Lazarus, retocado.
18/08/2021
O PORTO DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DA DÉCADA DE 1920
Imagem retocada.
Numa louvável campanha, estes dias a empresa Portos de Maputo está a assinalar o 118º aniversário da inauguração do Porto de Lourenço Marques quando abriu o então chamado Cais Gorjão, um enorme investimento colonial. O porto e o seu movimento são uma sombra do que chegou a ser em 1975. Mas ainda está lá e para ficar.
MURALHA MARÍTIMA NA BEIRA, PRIMEIRA DÉCADA DO SÉC. XX
Imagem retocada.
Já aqui referi. a Beira foi construída no sítio errado e para sobreviver até ao fim deste século o centro da Cidade terá que recuar uns quilómetros para dentro do território, sob pena de se manter exposta aos elementos e de não ter nem de perto os recursos para se aguentar ali. Sei que é uma chatice, mas mais vale tarde que nunca.