THE DELAGOA BAY WORLD

31/08/2021

BILHETE DE INGRESSO PARA TOURADA EM LOURENÇO MARQUES, 1961

Imagem retocada.

Bilhete de ingresso para uma tourada na Praça de Touros A Monumental em Lourenço Marques, 1961. 120 escudos na altura era uma pipa de massa. Por comparação, um bilhete de cinema custava para aí 4 escudos. Só fui a uma tourada uma vez na vida e jurei nunca mais. Mas era algo de peculiar na Cidade, que tinha os seus aficionados ferrenhos e bastante popular com os turistas bifes.

RÉGULOS E CHEFES EM POVOAÇÃO DE SOFALA, 1913

Imagem retocada dos arquivos da Companhia de Moçambique.

Régulos e chefes em povoação de Sofala, 1913.

MARCENEIROS NA GORONGOSA, 1930

Imagem retocada.

Marceneiros numa oficina na Gorongosa, 1930. Arquivos da Companhia de Moçambique.

CARREGADORES DA ANGÓNIA, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagem retocada.

Carregadores na Angónia, região ao Norte de Tete, Não sei bem o que estão a segurar. A Angónia tem este nome por ser o local para onde muitos colonos Ngunis foram viver durante o Século XIX, quando inavdiram o que hoje é Moçambique, vindos da actual África do Sul, pois nestas terras altas podiam fazer o pastoreio.

A folha em inglês da Wikipédia contém esta verdadeira pérola sobre a Angónia, que me dei à maçada de traduzir (e que inexiste na versão em língua portuguesa, o que é um mistério):

“O nome Angónia significa “Terra dos Angóni”. Angoni é o plural de Ngoni/Nguni, povos da África do Sul que após a desintegração do Império Zulu no século XIX invadiram [violentamente]a região. A língua falada no distrito é Chichewa, embora outros a chamem de Chingoni. Chichewa parece mais provável porque quando os Nguni chegaram à região já havia pessoas lá chamadas Achewa. Os Nguni mataram os homens Achewa e “casaram-se” com as mulheres Achewa. Como os seus filhos passavam a maior parte do tempo com as mães, acabaram por aprender a língua das suas mães (Chichewa) e não a língua dos seus pais, uma vez que os pais estavam fora a caçar ou a lutar.”

Recordo que Gungunhana era o chefe dos Nguni.

30/08/2021

PAPEL AZUL DE 25 LINHAS, INÍCIO DO SÉC. XX

Filed under: Papel azul de 25 linhas — ABM @ 11:49

Imagem retocada.

Durou décadas e décadas e era uma maneira rudimentar e rasca de forçar os cidadãos a pagarem mais um impostozinho e se colocarem de cócoras perante as instituições públicas. Para se pedir um BI, um passaporte ou interpelar um qualquer organismo público, a forma de o fazer era, obrigatoriamente, comprar um destes papéis numa tabacaria ou papelaria, e nele redigir, da forma mais formal, servil e ridícula possível (havia minutas para tudo), ao que se vinha e o que se pretendia, terminando, invariavelmente, com um humilde e solícito”pede deferimento”. Que talvez até fôsse deferido. Frequentemente, tinha ainda que se comprar, colar e assinar por cima de sêlos fiscais. Se se cometesse o lesa-pátria de escrever fora das linhas, não servia e tinha que se fazer tudo de novo. Isto era a vida portuguesa, copiada à risca em Moçambique.

O chamado papel azul de 25 linhas, início do Século XX. Aqui tem mais que 25 linhas por erro meu.

INTERIOR DE CARRUAGEM RESTAURANTE DA LINHA BEIRA-RODÉSIA, ANOS 1930

Imagem retocada.

Interior de uma carruagem restaurante da linha Beira-Rodésia, anos 30.

LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DA DÉCADA DE 1970

Imagem retocada.

Vista da Praça Mousinho de Albuquerque, Maxaquene e Polana em Lourenço Marques, início da década de 1970.

22/08/2021

HENRIQUE DE GOUVEIA E MELO, 2021

Filed under: Henrique de Gouveia e Melo Vice-almirante — ABM @ 17:50

Imagem retocada.

Tem a minha idade (nasceu a 21 de Novembro de 1960) e cresceu em Moçambique, penso que em Quelimane. O Pai foi Governador provincial de Quelimane e, depois Secretário-Geral do Governo da Província, a segunda figura da hierarquia a seguir ao Governador-Geral. Com 15 anos, como eu, veio a reboque da família na atrapalhada Grande Debandada de 74-75 e os pais levaram-no para o Brasil, pensando, em finais de 1975, que, como Moçambique, Portugal também ia para o comunismo. Isso não sucedendo por causa do golpe de 25 de Novembro de 1975, a família foi novamente para Portugal, onde ele fez carreira na marinha, especializando-se em submarinos. Por acaso e quase extemporaneamente, já graduado em vice-almirante da pindérica marinha portuguesa e em plena pandemia, “caíu” numa obscura comissão supostamente encarregada de ajudar os portugueses a vacinarem-se contra o Covid. Quando tudo parecia estar a funcionar mal, foi escolhido para gerir o processo, razão porque muitos o conhecem hoje. Basta ouvi-lo falar dez minutos para se perceber que é de Moçambique. Previsivelmente, os seus talentos e a eficácia demonstrada na sua missão já preocupam a escumalha medíocre e invejosa local.

Henrique de Gouveia e Melo.

MATATEU, ANOS 60

Filed under: Sebastião Lucas da Fonseca - Matateu — ABM @ 17:30

Imagem retocada.

Sebastião da Fonseca Lucas (Lourenço Marques, 26 de julho de 1927 – Canadá, 27 de janeiro de 2000), conhecido como Matateu, foi o primeiro grande jogador português nascido em África, antes da chegada de Eusébio.

À semelhança de Eusébio, Matateu foi um jogador de topo quer para o Belenenses quer para a Seleção Portuguesa de Futebol. Em questões de longevidade ele pode ser considerado o Stanley Matthews português devido a ter jogado até aos 50 anos.

o grande Matateu.

A EQUIPA DO BAR MARÍTIMO EM PORTO AMÉLIA, ANOS 70

Filed under: Porto Amélia - Bar Marítimo — ABM @ 17:23

Imagem retocada. Porto Amélia estes dias chama-se Pemba, o nome da enorme baía ao lado.

21/08/2021

O RÉGULO DE NHANGO E O SEU SECRETÁRIO, 1906

Imagem retocada, dos arquivos da Companhia de Moçambique,. O original está guardado nos arquivos da Torre do Tombo em Portugal. A Companhia de Moçambique foi uma empresa com poderes majestáticos baseada na Cidade da Beira, de capitais maioritariamente britânicos. Nhango é uma localidade situada a uns 100 kms a Sudoeste da Beira, pelo que não sei se é o nome próprio do régulo ou se se refere à localidade onde ele era régulo.

Suponho que o Régulo de Nhango esteja à esquerda.

ESCUTEIROS NA BEIRA, 1930

Filed under: Escuteiros na Beira 1930 — ABM @ 20:53

Imagem retocada.

A Beira comemorou ontem, 20 de Agosto de 2021, 114 anos da sua elevação a Cidade.

Os 45 jovens escuteiros posam.

TEATRO EM INHAMBANE, 1912

Filed under: Teatro em Inhambane 1912 — ABM @ 20:44

Imagem retocada.

Foto-reportagem de uma récita de teatro no Club de Inhambane, publicada na Ilustração Portuguesa, 1912. De notar que o elenco é masculino, sendo os travestidos um susto.

SERVIÇAIS NA BEIRA, 1930

Filed under: Serviçais na Beira 1930 — ABM @ 20:34

Imagens retocadas. O título não é meu, acompanhava as imagens, presumo que se refira a empregados domésticos, uma ocupação remunerada comum nas (poucas) cidades emergentes em Moçambique. Presumo ainda que estejam vestidos com a sua melhor roupa (ao estilo europeu da altura, o que incluía chapéu e bengala) e em altura de folga.

Ontem, a Beira comemorou 114 anos da sua elevação ao estatuto de Cidade.

1 de 2.

2 de 2.

20/08/2021

O OBSERVATÓRIO METEOROLÓGICO DA BEIRA, 1927

Imagem retocada.

Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.

O Observatório da Beira. Foto da Colecção Rufino.

ALUNOS DA MISSÃO DA BEIRA, 1930

Imagens retocadas.

Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.

1 de 2. Eles.

2 de 2. Elas.

A RUA CONSELHEIRO CASTILHO NA BEIRA, INÍCIO DO SÉCULO XX

Imagem retocada.

Hoje, 20 de Agosto de 2021, completam-se 114 anos desde o dia em que SAR Dom Luis Filipe de Bragança, o Príncipe da Beira, herdeiro da coroa portuguesa (o nome dele era Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) na sua única visita a Moçambique e ao local, anunciou o decreto elevando a Beira ao estatuto de Cidade.

Uma rua da Beira, início do Século XX.

O BANCO NACIONAL ULTRAMARINO EM VILA PERY, 1960

Imagem retocada.

A dependência do Banco Nacional Ultramarino em Vila Pery, 1960. Vila Pery agora dá pelo nome de Chimoio.

19/08/2021

O PAQUETE “ÁFRICA” SAI DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉCULO XX

Postal dos Irmãos Lazarus, retocado.

RÓTULO DA CERVEJA LAURENTINA, ANOS 60

Imagem retocada.

“Laurentina” significa “nascida em Lourenço Marques”. Que também poderia ser um “Coca-Cola” ou Lourenço-Marquino.

LOJA INDIANA EM CHIMOIO, 1910

Filed under: Loja Indiana em Mandegos Chimoio 1910 — ABM @ 20:44

Imagem retocada.

Loja indiana em Mandegos, Chimoio,1910.

A BAIXA DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

Lourenço Marques, segunda metade da década de 1960.

18/08/2021

O PORTO DE LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DA DÉCADA DE 1920

Filed under: LM Cais - Porto — ABM @ 19:56

Imagem retocada.

Numa louvável campanha, estes dias a empresa Portos de Maputo está a assinalar o 118º aniversário da inauguração do Porto de Lourenço Marques quando abriu o então chamado Cais Gorjão, um enorme investimento colonial. O porto e o seu movimento são uma sombra do que chegou a ser em 1975. Mas ainda está lá e para ficar.

Vista do Porto de Lourenço Marques, postal da Bayly’s Ltd, início da década de 1920.

MURALHA MARÍTIMA NA BEIRA, PRIMEIRA DÉCADA DO SÉC. XX

Filed under: Beira, Beira - muralha 1910 — ABM @ 19:45

Imagem retocada.

Já aqui referi. a Beira foi construída no sítio errado e para sobreviver até ao fim deste século o centro da Cidade terá que recuar uns quilómetros para dentro do território, sob pena de se manter exposta aos elementos e de não ter nem de perto os recursos para se aguentar ali. Sei que é uma chatice, mas mais vale tarde que nunca.

À direta, uma muralha da Beira, há 120 anos.

METANGULA E O LAGO NIASSA, PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XX

Filed under: Metangula - Lago Niassa — ABM @ 19:37

Imagens retocadas.

A pequena povoação de Metangula, na margem ocidental do Lago Niassa.

Metangula.

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