THE DELAGOA BAY WORLD

07/06/2012

PORTUGAL EM 1940-41

A primeira imagem é da colecção da Fundação Gulbenkian. As seguintes são da Fundação Aristides Sousa Mendes.

Calouste Gulbenkian, um milionário britânico de origem armena, estava em França quando o exército nazi invadiu aquele país. Mudou-se brevemente para Vichy e dali foi para Lisboa, onde acabou por ficar a residir. A maior parte da sua vasta fortuna, constituída numa fundação, revolucionou Portugal, especialmente nas áreas da cultura e da educação.

Aristides Sousa Mendes foi demitido do seu cargo e morreu na miséria.

O chamado império português essencialmente jazia dormente, ainda. Em Lourenço Marques, alguns sentiam os ventos da mudança e sobre eles escreviam.

Cidadãos lêem atentamente os cabeçalhos dos jornais na baixa de Lisboa, início de 1941. Os exércitos de Hitler aparentavam ser invencíveis e preparavam-se para invadir a União Soviética. No seu momento talvez mais alto como governante, Salazar inicia uma actuação febril que mantém Portugal fora do conflito, apesar de mais tarde primeiro os aliados e depois os japoneses, terem invadido um relativamente obscuro canto do então império dos portugueses, chamado Timor. Em Bordéus, na França um até então invisível funcionário público, Sousa Mendes, em meia dúzia de dias emite dezenas de milhares de vistos e assim salva milhares de judeus das câmaras de gás. Muitos anos mais tarde, foi homenageado em Israel por ter sido um “homem bom”. Portugal ainda hoje se arrasta para admitir a grandeza do gesto deste senhor.

 

O Cônsul Aristides de Sousa Mendes em 1940.

 

Annelies Kaufman, aqui com 17 anos em 1940. Estava na França quando o exército Nazi invadiu aquele país em Maio de 1940.

 

A página no passaporte de Annelies contendo o visto de entrada em Portugal emitido pelo Cônsul Aristides Sousa Mendes a 24 de Maio de 1940. Uma sexta-feira.

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