THE DELAGOA BAY WORLD

24/09/2023

GUNGUNHANA EM LISBOA, JANEIRO DE 1896

Imagem retocada e colorida.

Algures em Lisboa, acabados de chegar de Lourenço Marques e enfrentando um inverno europeu pela primeira vez, Zichacha, Molungo, Godide e Gungunhana posam para uma fotografia, Janeiro de 1896. Até à decisão do seu envio para os Açores, a estadia em Lisboa foi um verdadeiro acto de circo, reforçando a ideia de que o país tinha de novo um império, desta vez maioritariamente africano. Fora da imagem, as nove mulhreres que com eles foram trazidas.

31/08/2021

CARREGADORES DA ANGÓNIA, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagem retocada.

Carregadores na Angónia, região ao Norte de Tete, Não sei bem o que estão a segurar. A Angónia tem este nome por ser o local para onde muitos colonos Ngunis foram viver durante o Século XIX, quando inavdiram o que hoje é Moçambique, vindos da actual África do Sul, pois nestas terras altas podiam fazer o pastoreio.

A folha em inglês da Wikipédia contém esta verdadeira pérola sobre a Angónia, que me dei à maçada de traduzir (e que inexiste na versão em língua portuguesa, o que é um mistério):

“O nome Angónia significa “Terra dos Angóni”. Angoni é o plural de Ngoni/Nguni, povos da África do Sul que após a desintegração do Império Zulu no século XIX invadiram [violentamente]a região. A língua falada no distrito é Chichewa, embora outros a chamem de Chingoni. Chichewa parece mais provável porque quando os Nguni chegaram à região já havia pessoas lá chamadas Achewa. Os Nguni mataram os homens Achewa e “casaram-se” com as mulheres Achewa. Como os seus filhos passavam a maior parte do tempo com as mães, acabaram por aprender a língua das suas mães (Chichewa) e não a língua dos seus pais, uma vez que os pais estavam fora a caçar ou a lutar.”

Recordo que Gungunhana era o chefe dos Nguni.

17/04/2018

O KRAAL DE GUNGUNHANA EM MANGUANHANA, ESTUDADO POR FRANCISCO TOSCANO

Filed under: Gungunhana - líder tribal, Kraal de Gungunhana — ABM @ 23:46

O Ilustrado, 1 de Novembro de 1933, Nº15, página 306.

Ora eis uma excelente ideia para o turismo moçambicano: a reconstituição deste local.

(Nota oportuna do Exmo Leitor Fernando Silva Morgado, editada: “Francisco Toscano nasceu em 1873 e faleceu em 1943 (as datas de dia e meses destes eventos não consegui apurar). Combatente sob as ordens do capitão Mouzinho de Albuquerque, acabou por ser o seu biógrafo, em África, sendo um dos dois autores do livro “A Derrocada do Império Vátua” e “Mouzinho de Albuquerque”, editado pela Editora Portugal Ultramar, Ldª., salvo erro em 1930, obras de que um dos exemplares faz parte da minha pequeníssima biblioteca, e que pessoalmente considero, mesmo com bastante exagero, como a minha “Bíblia”.
Depois de terminada a campanha fixou-se em Moçambique, ocupou diversos lugares nos Serviços de Administração Civil tendo chegado a ser o Administrador da Circunscrição dos Muchopes em 1928.)

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