Com a entrada em funcionamento da linha férrea de Lourenço Marques para Pretória, os assuntos de Moçambique começaram a merecer um maior interesse por parte da imprensa britânica, sempre suspeita e algo displicente em relação à capacidade portuguesa de fazer seja o que for nas suas recentemente definidas colónias, especialmente no Sul de Moçambique, que os coloniais britânicos nunca realmente aceitaram não ter ficado para a então maior potência militar e económica do Mundo.
Em baixo, o The Graphic, uma revista ilustrada britânica, na sua edição de 15 de Dezembro de 1894, dá notícia do levantamento indígena que pouco antes ameaçara atacar e arrasar a pequena cidade de Lourenço Marques e das medidas já tomadas, e que incluíram a cidade se ter barricado com postos de vigia e a chegada de 550 tropas negros de Angola.
O jornal não sabia que, menos que três semanas mais tarde, chegaria a Lourenço Marques mais um navio com uma série de oficiais e armamento para proteger a cidade. No segundo dia de Fevereiro do ano seguinte, dava-se a Batalha de Marracuene, cujo objectivo principal era libertar Lourenço Marques da ameaça de um ataque.