THE DELAGOA BAY WORLD

11/02/2023

VISTA DA BAIXA DA MAXAQUENE EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC.XX

Imagem dos Irmãos Joseph e Maurice Lazarus, retocada e colorida.

A imagem foi captada um pouco abaixo de onde hoje existe o Hotel Girassol. Ver em baixos a mesma imagem, legendada.
Ora vamos lá: 1- casas precárias, construídas no que é hoje a ponta norte do Jardim Botânico (actualmente, Tunduru), em frente à sede do Rádio Clube (actualmente, Rádio Moçambique) entretanto demolidas; 2- a mais tarde Rua do Rádio Clube; 3- Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Lourenço Marques. Existiu entre cerca de 1880 e 1940 e era onde todos os baptizados casamentos, dias santos e funerais católicos eram celebrados na Cidade. Foi demolida e no seu lugar foi edificado em seguida o Palácio da Rádio, sede do Rádio Clube de Moçambique. Mais abaixo, foi construída a nova Igreja de Nossa Senhora da Conceição, mais conhecida por Sé Catedral, inaugurada em Agosto de 1944; 4- a avenida que ligava a Baixa à Ponta Vermelha, em tempos a Brito Camacho (para os mais jovens e iconoclastas, a Cabrito Macho); 5- no horizonte, a Fortaleza dos Dragões no Alto do Maé, então considerada um extremo da Cidade, para a proteger contra eventuais investidas dos impíos nativos (hoje, celebrados nacionalistas resistentes) e que hoje é um quartel na 24 de Julho; 6- a residência (também já foi consulado) do cônsul-Geral da Grâ-Bretanha, hoje a embaixada do Reino Unido; 7- Torre Norte do Hospital Militar de Lourenço Marques, que foi demolido e que estava mais ou menos onde hoje está implantada a Sé Catedral; 8- Zona Central e início do Alto do Maé.

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NA NAMAACHA, ANOS 50

Filed under: Namaacha - Igreja — ABM @ 14:16

Postal da Foto Lu-Shih-Tung, retocado e colorido.

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima na Vila de Namaacha, a Sudoeste de Lourenço Marques, junto da fronteira com o Reino da Suazilândia, anos 50. Era o epicentro de uma procissão católica anual, a 13 de Maio, celebrando as aparições de Nossa Senhora de Fátima a três crianças na Cova de Iria, então um lugarejo em Portugal a uns 100 kms a Norte de Lisboa, cerca de 1917. Para quem acredita nessas coisas. Eu fui (coagidíssimo) uma vez no início dos anos 70, estava um frio de rachar, passei fome de cão, a procissão era a meio da noite e apanhei um resfriado dos antigos.

09/02/2023

VENDEDORES AMBULANTES EM LOURENÇO MARQUES, INÍCIO DO SÉC. XX

Imagens retocadas e coloridas.

Vendedores de rua.
Vendedor de fruta. Postal Lazarus.

O CLUBE DE FUTEBOL DE IMÁLIA, 1927

Imagem retocada e colorida, da colecção de álbuns de Rufino.

A frase em cima é profética. Esta imagem refere-se a uma equipa que existiu no Distrito de Moçambique, lá para a zona da Ilha de Moçambique.

07/02/2023

AS BIFAS E LOURENÇO MARQUES

Filed under: As bifas e Lourenço Marques, LM Praia da Polana — ABM @ 18:44

Imagens retocadas, uma colorida por mim.

Na década de 1960, era já tradicional a “invasão” do Sul de Moçambique por turistas sul-africanos, quase todos brancos, entre meados de Dezembro e meados de Janeiro, e que coincidia com as férias escolares de fim de ano dos aul-africanos. A Cidade, e especialmente as praias, eram tomadas por inúmeras famílias que ali rumavam para apreciar o sol, a praia e a comida. Para os jovens machos locais, era a oportunidade de perusar a jovens beldades sul-africanas, que no calão local eram chamadas “bifas” (derivado da côr do bife, que invariavelmente ficavam depois de dois dias seguidos ao sol). Ao contrário das portuguesas, na altura ainda, apesar de tudo, um pouco acanhadas e fingindo praticar as virtudes da modéstia latina, as sul-africanas seguiam as modas do mundo anglo-saxónico. Vestiam mini-saias, bikinis reduzidos e interpelavam desconhecidos informal e amigavelmente, o que, especialmente na zona da Estrada Marginal entre o Parque de Campismo e a Costa do Sol, entretia os jovens Coca-Colas. Apesar de jovem demais e relativamente alheio a essas coisas, recordo-me que a primeira vez que uma mulher me deu um beijo na boca foi uma miúda sul-africana, uma colega de escola de uma das minhas irmãs e que visitou Lourenço Marques a convite dos meus pais. Não foi para ela nada de especial: estava-se meramente a despedir de nós no dia em que regressou para a África do Sul. Mas foi totalmente inesperado e suficientemente fora do vulgar para hoje, cinquenta anos depois, ainda me lembrar do momento. Na cultura portuguesa, ainda hoje, ninguém beija ninguém na boca a não ser depois de rituais habitulmente infindáveis, habitualmente depois de um sólido namoro e eventualmente às escondidas.

Eu praticamente nunca visitei a África do Sul até 1999. Mas nos anos 80, enquanto estudava numa universidade nos Estados Unidos, o meu colega de faculdade John Kennedy Jr., que supostamente era muito viajado e conhecedor do mundo, partilhou comigo um dia, muito sério, que ele achava que as mulheres mais bonitas no mundo eram as sul-africanas.

Se isso for verdade, ajuda a compreender a impressão que elas causavam em Lourenço Marques.

Duas beldades sul-africanas posam na Praia da Polana em Lourenço Marques, capa de O Ilustrado, revista ilustrada do Notícias, 1 de Agosto de 1933.
A modelo sul-africana Genevieve Morton, posando recentemente, numa loja de quinquilharia.

WINSTON CHURCHILL EM LOURENÇO MARQUES, DEZEMBRO DE 1899

Filed under: Winston Churchill em LM 1900 — ABM @ 18:14

Imagens retocadas e coloridas.

Segundo Miguel Seabra, editado por mim,

“Winston Churchill (1874-1965) foi o líder do Reino Unido na Segunda Guerra Mundial. Político, militar e jornalista, notabilizou-se também como historiador. Em 1953, foi a este título distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.

Após ter concluído os estudos na academia militar de Sandhurst em 1894, serviu como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos, participando em expedições militares, nomeadamente na Índia e no Sudão.

Foi também correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Foi aí que, no decorrer da Segunda Guerra Anglo-Bóer (1899-1902), feito prisioneiro em Pretória, o jovem Churchill, com 25 anos de idade, veio a protagonizar uma fuga, escondido numa carruagem do caminho de ferro que ligava Pretória a Lourenço Marques, a qual terminaria na pequena capital moçambicana, e que o tornou mundialmente conhecido. Churchill recordou mais tarde: «Assim que ouvi o nome da primeira estação do lado português da fronteira, emergi dos fardos de lã onde me escondera e cantei, gritei e berrei a plenos pulmões.» «Estava tão entusiasmado de gratidão e prazer, que disparei o meu revólver duas, três vezes para o ar.». Conta o historiador Martin Gibson que, ao chegar ao depósito de mercadorias da estação de Lourenço Marques, Churchill saltou do vagão onde tinha viajado escondido, «preto como um limpa-chaminés» devido ao pó de carvão que cobria o vagão.”

Em Lourenço Marques, Churchill dirigiu-se imediatamente para a residência do cônsul britânico (Hoje a embaixada britânica em Maputo) e pediu apoio. De seguida, escreveu um longo texto que, na qualidade de correspondente de guerra, enviou por telégrafo para os jornais em Londres e, no dia seguinte, depois de adquirir um chapéu na Baixa da Cidade, embarcou num navio que se dirigia a Durban, onde mais tarde foi recebido apoteoticamente pelos residentes, entre os quais pontificava um tímido miúdo português chamado … Fernando Pessoa.

A então residência do Cônsul-Geral da Grã-Bretanha em Lourenço Marques, onde Winston Churchill se dirigiu assim que chegou fugido de Prtória, Dezembro de 1899. Hoje é a Embaixada britânica em Maputo. Postal dos irmãos Lazarus.
Numa parede do mesmo edifício, encontra-se hoje esta placa comemorativa, que diz: “Winston Churchill pediu assistência neste consulado após a sua fuga de Pretória, Dezembro de 1899”.

Winston Churchill à sua chegada ao porto de Durban, vindo de Lourenço Marques, onde comprou o chapéu que segura nas mãos.

06/02/2023

O GRUPO DESPORTIVO LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida.

O Desportivo, início da década de 1950. A estrada de acesso ao clube ainda era feita pela estrada em frente à antiga Câmara Municipal; a piscina dos Pequeninos ainda não tinha sido feita; o novo campo de hóquei ainda não tinha sido feito; à esquerda onde estão as árvores, o Sportng ainda não tinha edificado o campo de báquet coberto e mais abaixo podem-se ver parte das bancadas do seu campo de futebol.

A ASSOCIAÇÃO DOS VELHOS COLONOS E A MAXAQUENE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida.

Os Velhos Colonos e a Maxaquene, anos 50. Em baixo, a mesma imagem, indexada.
1- Avenida 24 de Julho; 2- A Igreja Episcopal Wesleyana; 3- Esquina onde ficará a Pastelaria Princesa; 3- Mansão dos Velhos Colonos; 4- piscina dos Velhos Colonos; 5- Avenida da Princesa Patricia; 6- Parque Infantil; 7- Campos de ténis; 8- Sede e Salão de Festas, na esquina da Princesa Patrícia com a Av. Pinheiro Chagas.

05/02/2023

O CLUBE NAVAL E A PONTA VERMELHA EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada e colorida.

O Clube Naval de Lourenço Marques e a Ponta Vermelha, década de 1960.

ESTRADA PARA NHAMACURRA, ZAMBÉZIA, ANOS 1930

Filed under: Estrada para Nhamacurra 1930s — ABM @ 13:19

Imagem retocada e colorida, da Photo Camacho.

A estrada para Nhamacurra.

04/02/2023

O BAZAR DE LOURENÇO MARQUES, ANOS 60

Imagem retocada.

Vista parcial do Bazar de Lourenço Marques, anos 60.

AUTOMOTORA FERROVIÁRIA EM LOURENÇO MARQUES, 1936

Imagem retocada e colorida.

Carro ferroviário estacionado na estação de Lourenço Marques, 1936.

02/02/2023

A GRANDE PALHOTA EM VILA FONTES, 1904

Filed under: A Grande Palhota em Vila Fontes 1904 — ABM @ 15:02

Imagem retocada e colorida.

Imagino que fosse a casa do Big Boss local.

CASA DE MADEIRA E ZINCO EM LOURENÇO MARQUES

Filed under: Casa de zinco em LM — ABM @ 14:56

Até aos anos 70, a Cidade estava polvilhada de casas de zinco como esta, que foram dando lugar a prédios e a moradias de cimento. Não só as achava interessantes do ponto de vista da sua arquitectura e materiais, como eram um marco da sua história e percurso.

01/02/2023

BILHETE DE PASSAGEIRO DA DETA, TETE-LOURENÇO MARQUES, 1942

Imagem retocada.

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A FROTA DA DETA NO AEROPORTO DE MAVALANE EM LOURENÇO MARQUES, ANOS 50

Imagem retocada e colorida.

Parte da frota da DETA num hangar em Mavalane, arredores de Lourenço Marques, década de 1950.

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