THE DELAGOA BAY WORLD

04/05/2023

FESTIVAL DESPORTIVO EM LOURENÇO MARQUES, 1939

Imagens retocadas e coloridas, dos arquivos nacionais portugueses.

Três imagens duma exibição desportiva, levada a cabo no campo de futebol do Ferroviário na Baixa de Lourenço Marques, penso que ocorrida durante a visita do Presidente Óscar Carmona a Moçambique, Agosto de 1939.

Imagem 1 de 3.

Imagem 2 de 3.

Imagem 3 de 3. Ao fundo do lado direito pode-se ver a então Fábrica de Cervejas Victoria.

O MARECHAL ÓSCAR CARMONA À CHEGADA A PRETÓRIA, 1939

Imagens retocadas.

Após uma visita a Moçambique, a primeira feita por um presidente da República português à pacata colónia no Índico, Agosto de 1939, Óscar Carmona e a sua comitiva seguiram de Lourenço Marques para Pretória num “comboio presidencial”. Na então capital executiva da União Sul-Africana, Carmona, o primeiro chefe de Estado a visitar a União, foi recebido com todas as honras. De seguida, foram no White Train, o luxuoso comboio para uso exclusivo do Governador-Geral da União, até à Cidade do Cabo, onde o aguardava o navio que o traria de volta a Lisboa, onde chegou poucos dias antes de Adolf Hitler atacar a Polónia, dando início à II Guerra Mundial.

Junto ao acesso à sua carruagem, acabado de chegar a Pretória, vindo de Lourenço Marques, e segurando uma beata que ia fumando, Óscar Carmona, rodeado por membros da sua comitiva, aprecia as ovações dos seus anfitriões. 14 de Agosto de 1939. Três dias depois, seguiriam para a Cidade do Cabo.
Texto 1 de 2 de artigo publicado na revista dos Caminhos de Ferro da União Sul-Africana, edição de Outubro de 1939, alusiva à passagem de Carmona pela África do Sul.
Texto 2 de 2.

04/04/2023

O PADRÃO DE ÓSCAR CARMONA EM LOURENÇO MARQUES, JULHO DE 1939

Imagens retocadas e coloridas dos arquivos nacionais portugueses, as duas últimas imagens são de postais.

Literalmente, só reparei que isto existia não porque estava lá no meio da Cidade naquele tempo, mas com a sofreguidão com que a Frelimo do Governo de Transição o mandou demolir antes que a independência se abatesse sobre o território. E só hoje descobri que era um “padrão”. Hum, bem pensado se calhar. Lendo a inscrição, apenas assinala que Óscar Carmona, o presidente dilecto de Salazar, chegou à Cidade em 17 de Julho de 1939, trazendo a reboque o ministro das Colónias, Francisco Vieira Machado, de que pouco reza a história. Ele de seguida deu umas voltas da praxe pela colónia, foi de comboio até Pretória em visita de Estado (foi o primeiro chefe de Estado a visitar a União Sul-Africana desde a sua formação em 1910) e depois regressou a Portugal de barco via Cape Town. Chegando a Lisboa escassos dias antes de Hitler atirar os seus cães contra a Polónia, inaugurando a II Guerra Mundial.

Quando Américo Tomás visitou a Cidade em 1964, os poderes constituídos fizeram o Supositório (perdão: o obelisco evocativo) ali na Mafalala City no início da estrada para o Aeroporto, outro que nunca li. Aliás, quando era miúdo pensava que todos os obeliscos vinham do Egipto.

Curioso que quando o Príncipe D. Luis Filipe visitou em 1907, não fizeram nada a não ser um gigantesco party que durou uns dias.

O Padrão em 1939.
Para quem como eu nunca tinha lido.
A inauguração do Padrão Carmona, Julho de 1939. A senhora com as peles deve ser a Madame Carmona.
O Padrão numa praceta em frente a uma das entradas do Jardim Vasco da Gama.
A última vez que vi neste local estava uma estátua digamos que menos impressionante, evocativa de Samora Machel. A anteriormente Avenida Dom Luís, em frente, agora aporta o nome dele, com o sumptuoso título de Marechal – acho que ele é o único com este título na República. E no lugar do Mouzinho e do cavalo, está outra estátua dele, com o corpo rechonchudo do anterior líder da Coreia do Norte, que é de onde veio. Uma pena pois Samora até era um gajo elegante e bem parecido Os moçambicanos ainda não acertaram uma no que toca a monumentos, a começar pela de Eduardo Mondlane no Alto-Maé. Receio pelo dia em que erguerão uma estátua do Joaquim Chissano. De Nyusi nem quero pensar.

18/01/2023

PARADA EM LOURENÇO MARQUES, AGOSTO DE 1939

Imagem retocada e colorida.

Parte da audiência na grande parada que ocorreu durante a visita do então presidente português o Marechal Óscar Carmona a Lourenço Marques, Agosto de 1939, poucas semanas antes de começar a II Guerra Mundial. Foi a primeira de duas vezes que um chefe do Estado português visitou a Cidade. Aqui, estavam situados no passeio da Avenida da República (hoje Av. 25 de Setembro) mais ou menos em frente onde hoje fica a sede do antigo BNU e que hoje é o Banco de Moçambique. A parada, de que há registos fotográficos detalhados (de onde extraí esta imagem) foi uma enorme apoteose triunfalista do portuguesismo colonial, meio porno-chachada mas naquela altura era o que se fazia. Achei vagamente curioso a audiência ser notoriamente multiracial – e janota.

29/05/2021

A VISITA DO MARECHAL ÓSCAR CARMONA À BEIRA, 1939

Em Agosto de 1939, escassas semanas antes do início da II Guerra Mundial, o Marechal Carmona, presidente da república portuguesa (ou do então chamado Estado Novo de Salazar), fez uma visita a algumas colónias portuguesas, entre elas Moçambique. No caso da Beira, Carmona foi de barco à Beira, mas o grande encontro com a população local ocorreu no pequeno aeródromo da Cidade, onde o Presidente falou à população, seguido de um enorme batuque.

Este pequeno edifício era na altura o terminal do aeródromo da Beira, aqui fotografado em 1942.
O terminal do Aeródromo da Beira, Agosto de 1939, engalanado para receber Carmona, que nesta imagem se vê na varanda no topo do terminal, a saudar a população.
Após as exéquias, o Marechal Carmona desce do terminal.

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