THE DELAGOA BAY WORLD

18/04/2019

ARMA NO MUSEU DA FORTALEZA DE LOURENÇO MARQUES, 1961

Tal como a metralhadora soviética AK47 (que figura na bandeira nacional moçambicana) e as minas terrestres contribuiram decisivamente para acelerar o fim da era colonial moderna, foram as tecnologias de guerra do final do Século XIX que permitiram o seu surgimento, nomeadamente, o controlo e o domínio de grandes territórios por um punhado de pessoas, capazes de alavancar uma resposta mortífera a quase qualquer ataque suportado por arcos e flechas e espingardas. Foi definitivamente este o caso em Moçambique, especialmente a partir do final de 1894, quando Lourenço Marques foi atacada e ameaçada pelas tribos circundantes, suscitando uma resposta concertada das autoridades portuguesas. Neste aspecto, os portugueses não foram particularmente originais: esta foi praticamente a regra seguida por todas as potências europeias (e ainda os Estados Unidos da América, que teima em ignorar a sua considerável épica colonial e colonizadora) durante o Século XIX e até à segunda década do Século XX.

Perante a extrema desigualdade em recursos militares e logística, os nativos dessas regiões praticamente não tiveram chance de resistir à ocupação europeia.

Arma então em exibição no Núcleo Museológico da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição em Lourenço Marques, 1961.

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