Joaquim Carlos Vieira é profissional de fotografia e vídeo. Cresceu em Moçambique antes e depois de 1975. O seu Pai é o fotógrafo Carlos Alberto Vieira, lendário expoente máximo da fotografia feita em Moçambique até hoje, infelizmente quase “apagado” do registo.
A credencial de repórter fotográfico de Joaquim Carlos Vieira no jornal Notícias, Abril de 1982, quando o Notícias fazia parte da máquina de propaganda do regime comunista de partido único em que o partido único era a Frelimo (as outras peças da máquina eram a Rádio Moçambique, a Televisão de Moçambique e a Agência de Informação de Moçambique). Pouco supreendentemente, o director que assina o documento em cima é nada menos que António Emílio Leite Couto, hoje mais conhecido pelo seu nom de guerre, Mia Couto. O Notícias, que nos tempos dos portugueses às tantas também se tornou um jornal oficioso do regime, também com censura e tudo, eventualmente passou a ser detido pelo Banco Nacional Ultramarino, que a seguir à independência passou a ser o banco central de Moçambique, que continuou alegremente a deter o jornal nos 40 anos seguintes. Só recentemente foi alienado para uma holding pública. A seguir levou uma vassourada mas basicamente continua a ser o que sempre foi.